Ele tentava se mexer, gritar, procurar por alguém mas tudo isso era simplesmente impossível.
Kenai, um garoto de 15 anos se encontrava cercado com por uma escuridão fria e gélida. Seu corpo estava deitado sobre uma superfície líquida e pegajosa. Sua pele branca se destacava em meio às sombras que combinavam com a cor de seus olhos e seus longos cabelos igualmente escuros, que se estendiam até sua cintura. Em sua garganta um profundo e real desejo de romper o silêncio frio com sua voz tomava conta, porém nada saía, sua boca nem mesmo se movia para iniciar a sentença de socorro.O desespero ascendente em seu interior atingia graus cada vez mais difíceis de suportar, Kenai sentia em sua pele como se sua alma tivesse despedaçada e seus cacos tentassem atravessar sua pele sem cessar.
Sua respiração pesava e acelerava, seu pulmão estaria disposto a explodir para se libertar daquela prisão e de fato iria, porém antes que chegasse a esse ponto o garoto pode ouvir uma voz onipresente, vindo tanto de seu interior quanto do ambiente exterior, era uma voz quase que sussurrada, sua pronuncia era como a de uma criança que está aprendendo a falar ainda.
"Acorda, Kenai."
Ao mesmo momento em que as palavras eram captadas pelo garoto, seus olhos apreciavam a cena de uma fenda se abrindo em meio a todo aquele breu.
Era como um vidro se rachando, a fenda se entendia verticalmente por todo o campo de visão do garoto, por meio da fresta a luz do sol invadia a escuridão causando ardência aos olhos de Kenai, que rapidamente os fecha reflexo à iluminação repentina.
O garoto sente gradativamente a capacidade de mover seus músculos retornando, desesperado ele se levanta e avança violentamente contra a fenda, juntando as pontas dos dedos em cada um dos lados da mesma ele força uma abertura. A luz do sol então invade completamente aquele ambiente, desintegrando de vez todas as sombras.Após alguns segundos da overdose luminosa que acabara de experimentar, lentamente os olhos de Kenai se adaptam ao ambiente. Suas narinas sentiam ar puro, não um ar poluído e pesado que inalava a pouco, sua pele começava a se aquecer com a luz do sol que batia contra ele.
A visão do garoto finalmente se estabiliza e então pôde desfrutar de uma vista que para ele era novidade. Árvores grandes e verdes o cercavam, estava em pé em meio a um vilarejo situado em um vale. Haviam pequenas casas e lojas espalhadas ali, podia ouvir sons das mais aleatórias origens, desde o canto dos pássaros até a voz de pessoas gritando de dor.
Nem aproveitara tanto sua nova descoberta, pois a voz de homens agonizando ao fundo acertou sua mente o desestabilizando, seus olhos fitam o solo ladrilhado do vilarejo e se deparam com sangue ao seu redor, porém além do sangue não havia nenhum outro resquício de morte ali.
Seus pés se movem tentando andar, porém no primeiro passo que dá, Kenai tropeça e cai em algo pegajoso e fedido.
Embaixo dele estava nada mais nada menos que a capa preta que agora pouco o mantinha preso, era menor do que ele imaginava e simulava uma espécie de casulo, o suficiente somente para o manter preso lá dentro. No meio do "tecido" pôde ver um brilho, o objeto qual o derrubou.Rasgando os tecidos que a envolviam, Kenai pode encontrar uma espada longa. Era quase completamente coberta por uma espécie de casca violeta escura, com exceção de algumas áreas que davam visão ao aço da arma.
Cuidadosamente ele empunha a arma porém sem conseguir a levantar, era como se estivesse grudada ao solo, ele continua em tentativas frustradas usando suas duas mãos para levantar a espada, porém todas foram frustradas.
Foi quando em meio a isso, Kenai ouve um som similar a um coaxar de um sapo, porém também similar ao rugido de um leão vindo do norte do vilarejo, sua cabeça se vira em direção ao grunhido desesperadamente, seus olhos se arregalam ao ver o que em sua direção caminhava.
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A Sexta Profecia
Fantasy" Na primeira profecia, que Dalibor encontrou em forma de conto nascida na folha de uma bananeira, falava-se sobre o futuro nascimento da carniceira e caótica raça dos Vultros. Não demorou muito para que, de fato, acontecesse. Na segunda profecia...