lugar distante.

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No dia seguinte, como de costume, me arrumei para voltar ao labirinto, depois desses dias afastadas, não quis enrolar muito.
Logo me encontrei com Thomas e Minho e então entramos.
Thomas : o que vocês acham sobre aquela seringa?
Minho : eu não acho essa história nada boa..
s/n : as coisas andam muito estranhas, não sei o que pensar
Thomas : mas a seringa ajudou o Alby
s/n : não 100%, ele ainda está bem estranho.
Minho : è..
Thomas parecia discordar
Thomas : eu acho que a garota poderia ajudar
s/n : fala sério thomas, até agora ela só atrapalhou, sem contar o fato de ela supostamente te conhecer
o garoto me encara em silêncio, então eu apenas acelerei um pouco o passo para andar mais à frente deles.
Minho : será que dá pra esperar s/n?
o garoto afirma de longe, logo me virei para ele, andando de costas
s/n : desculpe, não vou andar com um cara suspeito como o thomas.
afirmei e vi eles arregalarem os olhos, de momento achei que tinha arrasado na resposta, mas logo senti um grande impacto em meu quadril, era um verdugo, ele avia me capturado e começado a me arrastar pelo labirinto, vi Minho tentando se aproximar com lágrimas nos olhos, enquanto thomas o segurava.
Thomas : eu não vou deixar você se matar junto, eu lamento muito!
ouvia ele gritar de longe

Sou arrastada até um lugar que nunca havia ido antes, estava muito nervosa com tudo aquilo, então apenas fechei meus olhos esperando minha morte.
Logo abri meus olhos novamente quando reparei que o verdugo simplesmente havia me soltado, em frente uma porta, na qual digitou uma senha e me deixou lá.
Eu extremamente confusa apenas segui o caminho, me deparei com uma sala, cheia de cadáveres espalhados pelo chão, fico aterrorizada, até que algo è transmitido através de um telão.

?? : olá, s/n, imagino que deve estar se perguntando o que aconteceu, a única explicação è que você foi escolhida para ser salva, você suportou muita coisa lá dentro, acho que merece um descanso. Me chamo Ava Paige, responsável por estar a procura de uma cura de um vírus terrível que há aqui fora, tudo o que acontecer de agora em diante, è para achar a cura.
Logo a animação se desliga, eu não sabia o que pensar, tentei voltar para trás, mas a porta estava trancada, apenas me sentei e comecei a chorar, porque eu? Eu não mereço ser salva, tem tanta gente a mais tempo que eu.. e meus amigos, como eles vão ficar?

Outra porta è aberta, dando vista a um longo deserto, e um helicóptero um pouco a frente, logo um homem alto e mascarado vem em minha direção
?? : vem, vamos, iremos te tirar desse caos todo.
sem que eu respondesse ele me puxa, me guiando até o helicóptero, eu entro e me sento lá.
Não demora muito para o helicóptero decolar, eu apenas analiso o afastamento da clareira, com meu coração a mil por não saber o que iria acontecer com eles...

foi uma viagem longa, acabei adormecendo durante o percurso.
Ao chegar um homem me recepcionou, dado o nome de Janson, ele disse que eu poderia ficar a vontade para tomar um banho, e que logo providenciava roupas para mim.
Ao entrar no banho e sentir a água cair sob meu corpo respiro fundo, eu não podia acreditar no que estava acontecendo, só sabia pensar na clareira, como Alby está? O que aconteceu com a garota nova? Thomas è realmente de confiança? Minho vai sempre achar que estou morta? e enquanto a newt... nunca terei a oportunidade de o beijar? eram muitas perguntas em minha cabeça, não ter as respostas era agonizante...

Após o banho me vesti com um short jeans claro e um moletom preto, depois fui direcionada até o refeitório, tinham várias crianças lá, e eu não fazia ideia de onde elas vieram
?? : oi, tudo bem?
uma garota de cabelo curto pergunta ao meu lado
s/n : ah, estou indo
digo curto
?? : onde estão seus companheiros
s/n : eu não tenho companheiros, quem è você?
?? : ah desculpe, sou Violet, apenas eu e mais 3 garotas conseguimos sair do labirinto
s/n : espera aí, vocês também estavam em um labirinto?
Violet me explica tudo, ali estavam crianças que haviam passado pela mesma experiência que eu, mas eu não entendo, porque eu fui forçada a sair de lá?

Quando acabei de comer uma enfermeira me chamou para fazer alguns exames, tirei sangue e fiz alguns testes estranhos que ela me passou, parecia que ela queria me testar ou algo do tipo, isso era muito estranho.
Passei algumas horas lá, logo depois Janson me apresentou meu quarto, tinham algumas camas beliche
Janson : como se comportou bem, terá esse quarto só para você!
ele diz sorridente e logo sai do local

Eu vesti outra roupa mais confortável e me deitei em uma das camas, resolvi evitar pensar nos garotos para não chorar novamente e conseguir dormir, e por incrível que pareça funcionou, mesmo que ao fechar os olhos a voz de newt vinha em minha mente.. era algo incontrolável.

No dia seguinte um alarme tocou, indicando o café da manhã, logo depois de comer eu já tinha que ir fazer exames, aquele lugar era estranho, mas resolvi não fazer nada por enquanto, apenas estudar a área pra ver se descobria algo, ou pra onde aquelas pessoas que Janson chamava no refeitório iam parar.
Em cerca de 2 dias, reparei que eu passava mais tempo fazendo exames do que os outros jovens, eu não entendia o motivo, até ouvir esse diálogo por trás de um corredor que estava passando.

Janson : a garota anda muito comportada, não acha estranho?
Ava : isso não è bom?
Janson : você acha mesmo que s/n não investigaria nada? Nem se questionaria o porquê de estar aqui?
Ava : ela não está questionando, isso é o que importa.
Janson suspirou
Ava : temos planos pra ela, não há tempo de preocupar se anda planejando algo ou não.
Janson : certo, eu já entendi.
Eles então encerram a chamada através do telão, fiquei totalmente apreensiva sobre isso, até que esbarrei alguém
?? : você também acha que há algo errado aqui? era um garoto de moletom com capuz, olhos azuis e os dentes da frente levemente separados, eu já havia o visto antes no refeitório comendo sozinho.
s/n : acho.. porque?
?? : sou Aris, a noite conversamos, agora è arriscado, no meio do corredor
concordo com a cabeça e nos afastamos, indo em direções opostas, eu estava a caminho de uma nova sala, onde faria mais e mais exames.

Ao anoitecer estava em meu quarto, logo ouvi um barulho da ventilação e acabei me assustando
Aris : calma, sou eu
ele diz em um sussurro
Aris : vem, me segue
ele afirma entrando aos dutos novamente, sigo ele , não tinha nada a perder mesmo,
paramos em um duto que ficava em cima de um corredor conectado a uma sala
Aris : presta atenção agora
ele sussurra apontando pra lá, logo passam com uma maca com corpos cobertos
s/n : são os corpos das crianças que ele chamou?
pergunto assustada e ele concorda com a cabeça
Aris : ele diz que elas vão a um lugar melhor, mas na verdade elas entram aí e nunca mais saem.
nos entreolhamos e decidimos voltar, pois o duto era apertado e desconfortável.

s/n : porque me mostrou isso?
digo assim que chegamos em meu quarto
Aris : porque senti que confiaria em mim
apenas o olho e sorrio fraco
Aris : bom, eu vou voltar antes que percebam que eu sai, boa noite!
s/n : boa noite!
ele volta aos dutos o fechando.

Me deitei enquanto encarava o teto, estava preocupada, eu já não confiava neste lugar, principalmente agora, Janson è um enorme babaca, ele forja abrigos e enche as pessoas de expectativas, pra no fim matar elas? Esse cara me dá nojo, não sei se vou conseguir disfarçar meu ódio por ele de agora em diante.

Na manhã seguinte foi a mesma rotina, e na outra manhã, e na outra..
já havia se passado uma semana que eu estava lá, eu e Aris viramos amigos, não como eu era com o pessoal da clareira, mas conversávamos bastante, principalmente bolando hipóteses sobre o plano de Janson e Ava para mim, eu contei a ele o que havia acontecido e ele ficou inacreditado.

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Aviso : comecei a fic nova, se possível deem uma passadinha lá 🫶🏻

Contagem de palavras : 1405

Confusão sem fim.Onde histórias criam vida. Descubra agora