27 Solidão e luta

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Piticos!
Queria entregar os últimos capítulos juntos, mas não resisti, kkk. Então, aí vai mais um.

- Adhran, onde ele está? Onde está Jungkook?O Rei olhou para o neto, pés descalços, pálido, olheiras

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- Adhran, onde ele está? Onde está Jungkook?
O Rei olhou para o neto, pés descalços, pálido, olheiras. Por todos os deuses, Jimin estava frágil demais. Estavam no meio de um corredor
onde ficavam os quartos reais. E aquele pequeno dragão, com suas asas pousadas suavemente sobre as costas e os cornos mais lindos de Altéia, estava sensível demais, e bravo também. Como dizer a ele, que Ziah, em um rompante de fúria e ciúmes, jogou Jungkook de volta para a Terra. Adhran olhou Jimin e sentiu que, na verdade, não precisava dizer nada, pois a conexão de Jimin com Jungkook já mostrava os fatos, o pequeno dragão queria apenas uma confirmação. Talvez uma pequena esperança de que sua visão estivesse errada ou distorcida.
- Avô!! - sua voz era uma súplica.
- Jimin, por favor!
Jimin arregalou os olhos. - Então é verdade o que minha mente viu? Meu marido não está mais aqui?
- Sinto muito, pequeno.
- Eu quero ir com ele, vovô. Por favor, abra o portal para que eu possa seguir meu marido.
- Não é tão simples assim, pequeno.
- Como não, senhor! Se Ziah o fez. Você é o Rei.
- Sim, e por isso mesmo obedeço as normas de Altéia. Ninguém deve abrir o portal sorrateiramente e sair, ou mandar outro. Tudo deve ser discutido junto ao Conselho.
- Mas Ziah abriu e mandou Jungkook contra a vontade dele.
- Eu sei, pequeno e ele sofrerá as sansões necessárias.
- Como se ele se importasse, não é! Acho que prefere passar cem anos na cadeia a me ver feliz com Jungkook. Meu pai me odeia.
- Não é verdade, Jimin. Seu pai o ama, só não sabe medir o ciúmes.
- Está brincando comigo, Adhran!Eu quero meu marido de volta, ou eu mesmo vou explodir esse maldito portal e voltar para casa.
- Sua casa é aqui, Jimin, em Altéia.
Jimin o encarou furioso. - Minha casa é onde meu marido e minha família estão. Minha casa se chama Terra e é para lá que eu vou, queiram vocês ou não.
Jimin se virou e correu, correu por salas e mais salas em busca do pai, e quando o encontrou na ala de trabalho, se avançou contra ele, como um legítimo dragão enfurecido. Derrubou Ziah no chão, sentou em seu corpo e lhe deu um soco.
- Seu dragão, desgraçado, o que fez com meu marido, gritou.
Ziah foi pego de surpresa e no início não teve reação nenhuma. Aquele dragãozinho estava bem treinado e tinha um soco forte.
- Jimin, se acalme!!!
- Me acalmar, um cacete, seu desgraçado. Eu estou cansado de você, de seu ódio, de sua loucura. Me deixe em paz, me deixe viver minha vida em paz, ele gritou surtado. Ziah podia empurrá-lo, derrubá-lo, o pai era dez vezes mais forte que o filho, mas não o faria, jamais o machucaria.
- Jimin, se acalme!
- Não quero me acalmar. Quero minha vida de volta!!! - gritou e bateu no pai até sentir os nós dos dedos doerem até ser erguido por braços gigantes. Ele virou e viu o avô o tirando de cima do pai. - Me largue, me deixe, eu vou matar Ziah. Vou matar você, Ziah . Jimin se debatia nos braços do avô.
- Jimin, se acalme, o bebê. Vai machucar o bebê. - Adhran falou.
Imediatamente Jimin parou, como em choque. - O bebê, pensou. Como pode ser tão egoísta e esquecer o próprio filho, ele pensou, e um sentimento de culpa se apossou dele.
- Me solte! - falou firme.
- Jimin, eu...
- Me solte, avô. - Adhran obedeceu.
Jimin arrumou a camisa do pijama, que ainda vestia, passou a mão pelos cabelos e olhou firme para os dois.
- Eu odeio vocês, odeio esse lugar. Eu quero minha vida de volta. Vocês não tem o direito de me manter aqui como um prisioneiro, ele falou. Suas bochechas estavam tão vermelhas e ele sentia como se tivesse uma bola trancando sua garganta. Sentia que a qualquer momento ia se debulhar em lágrimas ou desmaiar, mas não na frente daqueles dois. Nunca mais seria fraco, nunca mais. Chorar só em seu quarto e sozinho. Prometeu ali, olhando para eles, que a partir daquele dia Ziah e Adhran conheceriam outro Jimin.
Jimin saiu correndo de volta para o quarto. Trancou a porta e se jogou na cama chorando. Sim agora podia chorar, podia ser fraco e por para fora aquela sensação horrível que tomava conta de si. Ódio, ódio. Nunca tinha sentido algo tão ruim. Ele não era uma pessoa ruim. Sempre foi um bom garoto, sempre respeitou os pais. Por que? Por que a vida lhe tirava tudo. Só queria ter uma vida simples ao lado de Jin e Namjoon, de Taemin e Taehyung. Só queria amar seu Haru. Queria o pai de seu filho ali o acariciando, o amando. Jimin gritou, e chorou até seu corpo se entregar ao sono outra vez.
Do outro lado do castelo Ziah sentiu a força da mão do próprio pai, em uma bofetada que o fez cair sentado no chão de pedra.
- O que pensa que está fazendo? O que há de errado com você? Como ousou desobedecer a lei maior. Como ousou abrir o portal sem autorização! Eu lhe dei a honra de ter as chaves. Depois de tantos anos confiei de novo em você!
Ziah se ergueu, limpou a roupa. - Aquele lobo é o desgraçado do filho do Haru que matou Jihoon!!! gritou. Ele matou a única criatura que dava sentido a minha vida, a única criatura que eu amei.
- Jihoon está morto, Ziah. E você mesmo matou o Haru! Esqueça!! Você tem um filho que precisa de ajuda. Olhe para ele! Está arrasado! Ele carrega um filho daquele lobo. Esqueça o passado! Não consegue amar seu próprio filho. Está colocando seu ódio sobre o Amor que deveria estar dedicando para Jimin.
- Um alfa dos infernos, que destruiu nossa vida.
- Ele não destruiu nada. Ele só tem olhos para Jimin. Ele o ama do jeito que você amou Jihoon! Pode ler isso nos olhos de Jungkook. - Adhran segurou o filho pela camisa. - Você sabe disso, dragão. Sabe que aquele Lúpus ama Jimin. Sabe que aquele Lúpus agora tem uma parte de nós dentro dele. Ele não é mais só um Lopo, ele tem uma parte de Altéia dentro de si
- Porque o defende tanto! Me deixou preso aqui por anos, sem poder voltar ao Recanto, sem poder resgatar meu filho. - Ziah afastou as mãos do pai de si. - Pensa que não amo meu filho?! Eu lutei por ele desde o primeiro dia que o segurei nos braços, desde que vi Jihoon lhe dar um nome. Se você pudesse sentir a dor que sinto eu meu coração, jamais diria que eu não amo meu filho.
- Então prove para ele. Prove que seu amor está acima de sua própria dor, Ziah.
- E como farei isso?! Ele nem me ouve. Desde que chegou aqui nunca se aproximou de mim! Acho até que me odeia.
- Abra mão dele, Ziah. O mande de volta para a Terra. Deixe Jimin livre para viver a vida que ele quer, ao lado de quem ele ama. Deixe ele viver com Jeon Jungkook.
- Não acredito que está me dizendo isso, pai. Ele é tudo o que tenho! - e nesse momento o grande dragão encheu os olhos de lágrimas. - Ele é a única lembrança que tenho de Jihoon. Cada vez que olho Jimin é como se Jihoon estivesse diante de mim. Eles são tão semelhantes. Eu amo meu filho, Adhran. Não não posso viver longe dele.
- Se o ama de verdade, dará a ele a liberdade que ele tanto almeja.
E Adhran saiu, deixando Ziah atordoado. E o dragão rugiu e abriu sua bocarra e despejou fogo por tudo. Saiu, deixando a sala em chamas. Enquanto o alarme tocava e um grupo de bombeiros entrava para apagar as chamas, já estavam acostumados com os rompantes do príncipe.

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