♦️THIRTY-ONE♦️

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#eletemdualidade

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Park Jimin

― E o casamento, quando vai ser?

Seokjin me perguntou, enquanto eu finalizava a arrumação da mesa de jantar.

― Não falamos sobre isso.

Ele me olhou com desprezo.

Normal.

― Não tivemos tempo para isso, Jinie. Pensa comigo: ficamos meses separados, nos reencontramos de repente e voltamos. Depois, já estávamos morando juntos de novo. Eu dei a ideia de voltarmos a ser como antes, de um novo casamento. Ele até comprou alianças e fez um pedido, que foi lindo por sinal. Só que depois veio o assunto do pai dele, o julgamento. Depois teve aquele assunto na oficina, que tirou boa parte da nossa paz. Só agora conseguimos sentar e relaxar. Então, o que menos tivemos foi tempo para pensar na data.

Jungkook vinha lutando contra um cliente há um tempo por conta de uma compra e venda de um carro. O cliente estava acusando Jungkook de irregularidade nos documentos, e o advogado que Jungkook contratou para ajudá-lo nesse caso ― já que na época estávamos separados e nem nos falávamos ― foi comprado para prejudicar Jungkook. 

Mas agora que estamos juntos outra vez, eu mesmo tomei as dores dele para mim. O que o “advogado” não fez em quatro meses, eu fiz em apenas um. Os carros que Jungkook vendia e revendia eram todos regularizados, com documentação, emplacamento e pagamento em dia. Não foi difícil mostrar onde estava o erro.

O cliente em questão modificou a documentação para conseguir lucrar em cima da venda, mas como Jungkook tinha cópias de todos os documentos dos carros que ele possuía, tanto os que já havia vendido quanto os que ainda estavam em sua multimarca, foi fácil provar sua inocência.

E o “cliente” teve que pagar uma indenização para ele. Ele tentou rejeitar, mas eu não deixei.

― Pois é bom que conversem logo. Já faz muito tempo que não vou a um casamento, e no primeiro de vocês eu não estava. Sem contar que eu… b-bem, e-eu…

Ele começou a gaguejar, e quando isso acontecia, eu sabia que ele estava nervoso, ou por esconder algo, ou por não ter coragem de pedir algo.

― Desembucha.

Pedi.

Eu quero ser o padrinho, é isso!

Ele falou quase gritando e saiu em direção à cozinha.

Eu o segui e, quando adentrei o recinto, ele estava em frente à geladeira, com ela aberta, mas sem se mover.

Cheguei por trás e o abracei, ficando na ponta dos pés para apoiar meu queixo em seu ombro.

― Eu já escolhi meu padrinho.

Sussurrei e o soltei e ele virou para mim, fechando a geladeira com o pé.

― Quem é o felizardo?

Ele perguntou, enervado.

― Os felizardos, você quis dizer.

Citei, e seus olhos ganharam uma coloração brilhante no mesmo momento.

― Então, eu pensei no Namjoon, no Taemin, no J-Hope ― ia citando enquanto contava nos dedos ― acho que é isso, porque tem as escolhas de Jungkook também e não podemos exagerar.

Ele abaixou a cabeça e assentiu.

― Verdade, não pode exagerar. Para que tantos, né? Você vai casar apenas com Jungkook, ele é o essencial lá. Aliás, o juiz tem que ser um cara que não seja homofóbico. Seu pai vai? Do Jungkook acho que não depois de tudo…

ℂ𝕠𝕟𝕥𝕣𝕒𝕥𝕠 (𝕚𝕟)𝕔𝕠𝕟𝕧𝕖𝕟𝕚𝕖𝕟𝕥𝕖  - 𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜  [♦️]Onde histórias criam vida. Descubra agora