Estávamos esgotados, já não conseguíamos procurar mais...começava a perder a esperança á cerca da minha mãe!
-Parei- olhei para o pôr do sol e isso fez-me esquecer tudo aquilo, fez-me pensar nos dias em que eu estava em casa á lareira a ver o mesmo pôr do sol que estava a ver naquele momento.
A paisagem que se via naquele momento eram árvores caídas, só árvores caídas e...um corpo no chão!
-Mafalda?!- disse eu.
-Diz Adriana!- respondeu-me.
-Aquilo não é um corpo, ali, deitado no chão?- disse eu começando a ficar assustada.
É, acho que é!- disse ela começando a ficar pálida, parecendo querer vomitar.
Fomos até ao local do corpo, eu e a Mafalda. Pedi ao meu pai para tomar conta do meu irmão e do Bolt, para nós podermos ir lá!
Uma palmeira esmagava o corpo e tinha caido mesmo no meio dele, como se fosse um eixo a atravessar uma figura.
-É a minha irmã! - disse a Mafalda.
-Oh meu deus!- disse eu apavorada!
Eu e a Mafalda estavamos do lado oposto uma da outra.
-Parece estar bem!- disse a Mafalda.
-Mafalda?-disse-lhe eu.
-Diz!- respondeu-me ela.
-Vem para o meu lado!
-Ela veio-
Do lado da Mafalda, a Raquel, irmã dela estava bem, mas do meu lado via-se a cabeça dela furada, e tudo o que nela continha espalhado pelo chão.
Mafalda ficou em choque com o que viu, ela adorava a sua irmã, era quase como a sua melhor amiga, vê-la naquele estado, morta, afetou-a muito e...ela desmaiou!
Mal vi que ela tinha desmaiado, fui a correr, a tentar encontrar um balde, ou algum recipiente para pôr água dentro.
Água não faltava, mas nunca mais conseguia encontrar aquele tal recipiente que andava á procura e tinha medo que passado tanto tempo, Mafalda piorasse.
-Adriana, Adriana!- gritou o meu irmão.
Dei um salto de susto e disse:
-Diz.
-Nós vimos tudo, a irmã dela, a Mafalda a desmaiar e... encontramos um balde!-Fui a correr até eles a sorrir, pois eles ajudava-me sempre afinal, era também por isso que eu os adorava!
Enchi o balde com água, ( que era o que não faltava), e a água em cima da Mafalda e ela deu um salto de desespero e acordou.
Depois de lhe ter explicado o que tinha acontecido, sentamo-nos numa rocha e ela disse:
-Adriana, achas que eu algum dia posso recuperar a minha esperança para tudo?
Eu disse:
-Claro que sim, tudo o que tens de fazer é seguir em frente.
Ela levantou-se, olhou para o horizonte e disse:
-Vamos continuar o caminho, mas sempre em frente.
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