Capítulo 34

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Desculpe-me Senhor Nilzette, ainda não terminei, mas só faltam uma ou duas para finalizar, se o senhor não se incomodar, posso terminar agora mesmo e o já lhe entrego. - disse pegando o bloco que havia largado antes.
- Não, não é necessário correr com isso agora, contudo, gostaria que pudesse me entregar essa noite no restaurante onde vamos jantar, lhe buscarei às 19 hs esteja pronta - ordenou o homem antes de caminhar para a porta saindo sem ao menos olhar para trás, deixando Elisandra petrificada no mesmo lugar, pois com certeza não esperava que seu supervisor fosse tão intimidador a ponto de deixá-la sem chance de contestar.
De onde estava Denis apertou seus punhos, e no momento que Rafael fechou a porta, ele saiu de detrás da parede onde se manteve mesmo que inquieto, só para não a prejudicar, já que sua vontade era de socar a cara do indivíduo e deixar claro que a mulher a qual ele estava admirando com aqueles olhos famintos, era sua mulher, e que ninguém iria tirar proveito dela porque ele não iria deixar.
- Então com esse homem, você vai jantar? Quanto comigo, você nem cogitou em rejeitar, era esse seu plano? Era por isso que não queria que ele me encontrasse aqui? Elisandra Hocks, o que afinal você tem com esse homem? - perguntou deixando claro seu descontentamento.
Pega de surpresa tanto pela aparição dele, como a pergunta fora de hora acompanhada de seu nome todo sendo pronunciado naquele tom, Elisandra, o olhou com olhar de fúria.
- Bom, senhor Denis Gonzalez, não que eu lhe deva alguma satisfação da minha vida e com quem me relaciono, mas não existe nada entre eu e esse senhor, o senhor Nilzette, é só meu supervisor. - Afirmou sentando-se na confortável poltrona.
- Não tem porque você nunca quis né minha querida - disse Rafael sem pensar.
- Rafael!... - repreendeu ela.
- O que vai dizer que estou vendo coisa? Eli, desde o primeiro dia que ele a viu, te olha como um cachorro olha para aqueles frangos na frangueira, sabe, aquelas que ficam do lado de fora de um estabelecimento assando naquelas máquinas? - falou Rafael rindo.
- Rafael, por acaso você está comparando-me a um frango? - proferiu Elisandra mostrando-se descontente.
- Não, não amiga, só foi um modo de fazer você perceber que ele a olha diferente do normal, ou você não percebeu...
- Não, parecesse que a sua amiga ai, continua desatenta com as pessoais que a cerca. - interrompeu Denis declarando-se insatisfeito.
- Ah, olha só quem está falando, não fui eu que caí em uma arapuca, não é senhor Gonzalez? - falou ela com sarcasmo o olhando com desdém.
- E por falar nisso, já não era para o senhor ter ido embora? - perguntou olhando tanto para Denis como para Rafael que tinha permitido a entrada da indesejável visita e ainda por cima parecendo apoiá-lo.
- O que?! Você acha mesmo que eu vou embora e lhe deixar a mercê desse abutre? Não, não mesmo, se pretende ir jantar com ele, vai me levar e me apresentar como seu namorado, se você não quiser que eu apareça no meio do jantar e acabe com aquele coroa assanhado. - determinou.
- O que?! Não, eu não vou fazer nada disso, afinal não somos namorados, não somos sequer amigos! Então acho melhor você retornar a sua cidade e tomar conta de seus negócios...
- Eli, já falei, e repito, eu não vou arredar o pé desse lugar sem ser com você ao meu lado, e se realmente você não estiver disposta a ir comigo, eu não vou pensar duas vezes em ficar aqui se preciso, não vou pensar duas vezes em transfira minha empresa para cá só para estar ao seu lado para o resto de nossas vidas, pode ficar certa que farei isso sem hesitação, como já te falei, e do seu lado que quero e vou ficar, estou disposto lhe seguir onde quer que vá. Então de agora em diante, pode se acostumar com a minha presença, que quando você menos esperar lá estarei eu pronto para afastar quem quer que esteja pensando em lhe tomar de mim. - falou concludente.
- Denis, você não acha que está exagerando com essa sua obsessão? Olha para você, como um homem com a posição que você exerce, possa está aqui em um dia como esse, e despreocupadamente, dizendo que vai ficar até sei lá quando me seguindo? Eu te peço carecidamente, faz um favor pra nós dois, principalmente para você mesmo, vai cuidar da sua vida que da minha eu sei muito bem cuidar, afinal faço isso desde os meus quase dezoito anos, e como você pode ver, estou de pé e bem, então isso prova que sei me cuidar, não é? Pois nem você nem ninguém ouviu falar de mim por anos, tudo bem que nem bem, entretanto, nem mal o que é muito bom, não é?
- Tudo bem - disse levantando os braços em rendição.
- Eli, você tem razão em uma coisa, eu realmente não lhe procurei antes, mas isso já foi explicado a você, mas agora que sei que você ficou me esperando assim como eu a você, chega de ficarmos alheio um ao outro, eu não estou disposto deixá-la ir, e se isso for realmente um problema para você, é só me ignorar, mas certa de que estarei lá de algum modo lhe observando e peço que não me provoque, se não quiser ver um Denis, mal, que vive adormecido dentro de mim, e que está disposto quebrar a cara de quem tentar lhe conquistar. Agora estou indo, mas estarei de volta para o nosso encontro com seu chefe. - disse curvando-se e beijando-a na testa como se fossem um casal, antes de seguir para a porta. Elisandra deixou-se jogar no encosto da poltrona suspirando, sentindo-se infeliz com toda aquela situação.
- Amiga...
- Não diz nada Rafael, olha a enrascada que você dando um de cupido me enfiou! - disse em desgaste.
- E-Eu?! - falou apontando o próprio dedo indicador para ele mesmo.
- Não amiga, eu sou o único aqui que não tenho nada com tudo isso, ele me obrigou, quando cheguei e abri a porta lá de baixo, já te falei isso, mas se você quer saber minha opinião...
- Não, não quero! - rugiu furiosa.
- Tá, mas eu vou falar assim mesmo, amiga analise o lado bom disso, se você apresentá-lo como seu homem, aquele ridículo do senhor Nilzette que acha que vai conseguir te levar para a cama, vai se afastar e te deixar em paz de uma vez por todas, ou você prefere ter sua primeira vez com um velho babão e ainda por cima rabugento, do que o lindo do Denis, que além do mais é o amor de sua vida? Amiga, acaba logo com esse tormento, cai de cabeça, ou melhor, de boca, não foi você que jurou tomar uma atitude sobre seu futuro! Então, olha aí a oportunidade, parece que o destino não lhe quer nos braços de outro que não seja o seu amorzinho, huh. - disse sentando-se ao lado da amigo que o olhou séria de cabo de olho.
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Ao sair do prédio que, Elisandra marova, Denis atravessou a rua em passos largos sentindo-se revoltado com a audácia do homem que estava desejando sua amada, entrou em seu carro e seguiu para um hotel da região, ao chegar, fez o check-in, e logo que recebeu a chave do quarto, seguiu para o elevador, ao adentrar, jogou-se na cama de barriga para cima, e ali ficou lembrando do seu encontro e analisando toda sua convença com Elisandra que ao seu parecer, ela correspondeu seu beijo com fervor, ao lembrar-se do beijo, Denis sentiu seu corpo esquentar em desejo. Levou a mão ao seu órgão que já tinha despertado como uma mágica só em pensar na sua linda e doce, Eli, mas logo sentiu-se envergonhado por não estar agindo diferente do homem que viu na sala dela a pouco tempo, ao pensar naquilo sentiu-se sujo, levantou-se e em passos rápido seguiu para o banheiro, se despiu e entrou embaixo do cheveiro, ficando por muito tempo, ao sair ligou para a recepção pedindo que ligasse para algum lugar e providenciasse um terno, disse a marca e o tamanho desejado.
Vestido com apenas um roupão, sentou-se na cadeira, abrindo seu notebook na mesa e procurou focar no trabalho mesmo que à distância.

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