Alif em Taboão das Trevas

CAP 3 - Meu nome é Alif

Os jovens  trolls foram conduzidos através de uma porta escondida nos bastidores do palco, levando-os a descer uma escadaria estreita que os levou ao porão. Ao entrar, Zack ficou impressionado com a amplitude do cômodo. Metade dele estava ocupada por uma série de celas dispostas em fileiras, com grades de ferro pesado separando cada uma. A outra metade do cômodo era um espaço aberto, onde o chão de mármore estava manchado e desgastado, com partes quebradas e faltantes, revelando a terra molhada por baixo. Fragmentos de jornais, restos de comida e outros detritos estavam espalhados pelo chão, dando ao ambiente uma atmosfera de abandono e negligência. 

- Não me diga que é aqui que você comete seus crimes sexuais, Chefe. Disse Zack antes de jogarem ele e Umbreon no chão da cela.

 - Vocês dois são uma dor de cabeça para mim. Disse o Chefe, forçando os dedos entre os olhos. Para um garoto de aparência mais jovem que Zack e Umbreon, parecendo até um garoto. Um dos capangas pegará uma cedeira para o jovem chefe,  o garoto senta de forma tão formal, mas impetuosa.

 - É aqui que eu espanco minha dor de cabeça. Zack e Umbreon se olharam. A luz fraca que entrava pelas pequenas janelas no alto do porão mal iluminava o espaço, criando sombras dançantes que pareciam se mover ao ritmo do ar frio que soprava lá fora. O ar estava impregnado com um cheiro de mofo e umidade, misturado com o odor metálico de sangue seco e a fragrância amarga de desinfetante barato.

 - Já acabou o draminha? - disse Umbreon indiferente. Por alguns momentos ninguém disse nada, pareceu que até os capangas do Chefe estavam abismados com a audácia do jovem aquariano. 

- Rapaz... - começou o Chefe apontando um o dedo para Umbreon - Se eu fosse você escolheria muito melhor as palavras... - Você não vai matar a gente - disse Umbreon levemente como se estivesse falando com uma criança. 

O Chefe riu - Não vou? e porq -- Porquê matar a gente agora aqui, não daria nenhum lucro - interrompeu Umbreon. - Você é um troll-de-capricornio, você entende que estamos em dívida com você, e matar agente aqui e agora não é um bom investimento. Agora se deixar a gente ir, para ganharmos o prêmio na Corrida Maluca amanhã... Com isso o Chefe se aproximou, ficando face a face com Umbreon. Quebrando o silencio uma gargalhada do velho preenche o cômodo. O Chefe respondeu de imediato, ele apenas encarou  os dois com a mesma exmpressão irritadiça. Para alguém de aparecia tão jovem, todas suas expressões e gestos diziam o contrario. Algo comum para um troll de capriconio como chefe que vivia para negociações e trabalho.  Até que enfim, ele riu, uma risada estrondosa e infatil, até seus capangas pareciam confusos.

 - Você é um sabichão não é aquario? - disse o Chefe. - Mas sabe... eu nunca gostei muito de sabichões, nem  de aquarios. Veja bem, a verdade é que eu posso facilmente quitar a divida de vocês vendendo tudo que tiver na casa, e jogar vocês no primeiro buraco que eu encontrar. Com isso Zack levantou Intrepidamente

 - OPA OPA OPA - disse Zack se aproximando do poderoso Troll, assustando os capangas que deviam estar se perguntando se deviam deixar um prisioneiro tão a vontade perto, colocando o braço em volta do Chefe. - Chefinho, meu caro Chefe, quê isso, não precisamos disso. Você nos conhece a anos já. O garoto troll encarou Zack e sua mão em seu ombro com as sobrancelhas erguidas e um olhar cansado 

 - Não exagera, rosinha. Eu simplesmente cedi um dos meus lotes para dois sem moleques sem teto com muita sorte para sair das ruas, mas só porque meu primo Valquiria disse,  mas negócios são negócios. E vocês não tem honrado isso. - disse o Chefe tirando a mão de Zack do seu ombro com a ponta dos dedos como se fosse sujeira. -Se você quer minha afeição, me paguem. Zack ponderou por um momento, sentindo a gravidade da situação.