WIPE OUT - VALU ADAPTAÇÃO.

CAPÍTULO 9.

Curar a mão de Valentina não demorou muito. Bom, talvez tenha demorado um pouco mais do que deveria, já que Luiza se viu esticando um pouco porque amava muito as mãos de Valentina. Limpar e embrulhar a palma de uma delas deu-lhe a oportunidade de admirá-la com energia dedicada e não foi estranho. Ele não pôde deixar de notar como Valentina mal se encolheu com os toques de limpeza, obviamente tendo um alto limiar de dor. Ou talvez ele estivesse apenas se exibindo. De qualquer forma, enquanto Luiza trabalhava para curá-la, ela sentiu o olhar inabalável de Valentina sobre ela, observando-a, aqueles profundos olhos verdes examinando constantemente seu rosto e observando silenciosamente os toques carinhosos de Luiza.

Agora que estavam juntos no chuveiro do quarto de hotel de Luiza, Valentina se pressionou contra Luiza por trás, a mão traçando carícias na pele úmida de Luiza.

Eles acariciam as costas, os quadris e a barriga um do outro com movimentos exploratórios que confortam um ao outro. Eles ensaboam suavemente e depois deixam a água morna ajudar a enxaguar. Valentina finalmente se vira e Luiza se posiciona atrás dela, passando as mãos pelas costas musculosas de Valentina, roçando cada pequeno arranhão e cicatriz, uma vida inteira nervosa diante dela, mais visível do que nunca sob a luz branca brilhante.

A proximidade é suave, pura e maravilhosa. Até que as mãos de Luiza permaneçam na cicatriz mais profunda que ela agora conhece, Valentina se vira e beija Luiza com suave intensidade, depois lambe o interior da boca e morde o lábio, algo muda para ambas, e finalmente termina com Valentina sentada. no chão do chuveiro, com as costas apoiadas na parede, Luiza escarranchada no colo, a cabeça inclinada para trás em êxtase e os quadris ondulando desesperadamente enquanto ela cavalga os dedos fortes da mão da Saudável Valentina.

Não muito depois -

Valentina e Luiza estavam deitadas juntas na cama, de lado, uma de frente para a outra, a poucos centímetros de distância. Eles estavam imóveis, em silêncio. Agora ambos estavam limpos, com os cabelos levemente úmidos e os corpos completamente nus, cobertos por lençóis brancos e rígidos.

Verde e marrom permanecem unidos.

O único movimento que se percebe é o toque suave do polegar de Valentina no quadril de Luiza. Eles simplesmente existem ali por muito tempo, perdidos no silêncio pacífico de olhares profundos e inabaláveis. Nenhum de nós jamais conheceu uma intimidade como essa.

Depois de um silêncio sem fim e imóvel, Valentina se aproxima um pouco e beija Luiza suavemente.

Valentina não consegue parar de beijar Luiza. De certa forma, agora rivaliza com o surf em sua atividade favorita no mundo. Como não, já que o rosto e os lábios da Luiza eram absolutamente perfeitos? Ela sabia o quanto Luiza a queria e até murmurou sem fôlego o quão “perfeita pra caralho” ela era, como se estivesse em choque ao ver Valentina enquanto ela passava as mãos por seu abdômen e por todo seu corpo durante seus encontros mais recentes. Mas a ironia é que, para Valentina, Luiza era uma obra de arte. Seus olhos castanhos perfuraram a alma de Valentina... quer ela quisesse ou não.

Em troca, Valentina poderia ler Luiza como um livro só de olhar para ela. Havia uma profunda falta de incerteza sobre isso que era ao mesmo tempo reconfortante e surpreendente. Porque é como se ele nunca tivesse que se perguntar o que Luiza estava pensando. Ele nunca teria que duvidar dela ou questioná-la. Eu sabia que Luiza adorava que Valentina pudesse lê-la. Cada um dos seus desejos, cada uma das suas necessidades. E muito mais. Mas Valentina adorou poder fazer isso, porque era... seguro. Foi fácil. Embora Valentina assumisse riscos na maioria dos aspectos de sua vida, ela nunca havia percebido até agora o quanto queria algo tão... seguro.

Segurança era exatamente o que Luiza também sentia naquele momento, enquanto o peso da mão enfaixada de Valentina repousava sobre seu quadril. Ele adorou a forma como Valentina abriu portas para ele. Ele a envolveu em toalhas. Ele a cercou com seus braços fortes. Ele a pegou pela mão para guiá-la. Ele ficou por perto o tempo todo. Quando ela se mudou, Valentina se mudou. E quando Valentina se mudou, não pude deixar de segui-la. Ela sentiu que nunca se sentiria tão protegida e amada como na presença de Valentina Albuquerque. Valentina Albuquerque, que conhecia há poucos dias e que de alguma forma sabia tudo sobre ela com apenas um olhar. Ele sabia o que precisava, a qualquer momento e em todos os níveis. Ninguém jamais lhe demonstrou tanta paciência, cuidado e carinho inabalável. Foi inebriante. Viciante. Mais do que isso, foi gratificante de uma forma que ele nunca percebeu que desejava tão desesperadamente.