Capítulo 2 O crescimento de blair

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Já haviam se passado três anos e o casal vivia nas melhores condições. A casa era uma maravilha e havia tudo de bom.

Elizabeth se tornou uma mulher fria e cruel. Seu marido achava que ela estava assim pela perda da mãe, mas mal sabia ele que Elizabeth só pensava nela mesma.

Elizabeth estava grávida de três meses, mas não ligava para a gravidez e já estava à procura de um convento para mandar a criança assim que nascesse!

(NOVE MESES DEPOIS)

Era dia 24 de maio de 1994. Em um quarto, ouvia-se o choro de uma bebê linda... uma garotinha com os olhos azuis, os cabelos negros e a pele branquinha como a neve.

Elizabeth olhou para a bebê com desgosto, então Peter chamou a atenção de Elizabeth.

— Ela pode se chamar Blair?

— Tá, tanto faz. — disse, revirando os olhos.

Peter então pegou Blair no colo, já com raiva.

— Como você pode ser assim, Elizabeth? — disse o homem, furioso.

— Do que está falando?

— Sua filha acabou de nascer e você nem liga! Quer saber? Eu vou levar ela para longe de você, sua interesseira.

— Quer saber? Leva essa merdinha junto também.

— Eu quero a metade do dinheiro!

— Leva, mas nunca mais apareça na minha vida!

Ela disse e se virou na cama. A enfermeira então falou:

— Senhor, por favor, ela acabou de ter um parto! Dê um tempo para ela.

O homem, ainda com Blair em seu colo, saiu.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, a gente vai cuidar de você!

Algumas enfermeiras ajudaram o homem a cuidar da bebê.

(SEIS ANOS SE PASSAM)

Blair já estava crescidinha. Ela morava com seu pai em Paris e já fazia seis anos que eles estavam lá.

Blair estava tendo aulas em casa; seu pai a treinava para ser uma garotinha forte e corajosa.

E Blair era uma garotinha que não tinha medo de nada. Às vezes, até seu pai tinha um pouco de medo, porque Blair falava com várias pessoas imaginárias. Isso era até normal para uma criança, mas Blair falava com elas em línguas estranhas e desconhecidas... e isso assustava muita gente.

(16 ANOS)

Blair já estava fazendo 16 anos. Seu pai estava preparando uma linda festa. Blair tinha uma vida de princesa; seu pai fez muito sucesso em Paris e se tornou um homem muito importante!

Mas Blair não ligava. Ela gostava de ir à floresta à noite e dançar até cair no chão sorrindo. Nunca parou de falar com criaturas sobrenaturais. Já havia ido a vários psicólogos, mas nada adiantou.

Blair estava se tornando uma moça muito bela: seus cabelos escuros, seus olhos azuis cada vez mais claros, e sua pele ficava branca, mas também pálida como um corpo morto. Ela passou a odiar as pessoas e a querer fugir todas as noites para experimentar coisas malucas e desafiar a morte. Às vezes, passava dias sem comer e sem falar, mas quando falava, só saíam palavras diabólicas. Seu pai achava que era apenas uma fase como qualquer outra, então apenas ignorava.

Até que, em uma noite, tudo mudou. Blair simplesmente deixou de falar com pessoas mortas e se tornou uma garota doce e gentil. Ela dizia ao pai que os demônios mandavam que ela ficasse quietinha e fosse uma boa garota (dizia ela, chorando todas as vezes).

Meu doce demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora