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18:58 da noite.

» Sana's pov.

Minha mãe e meu pai acabaram de subir, passamos o dia conversando sobre como as vendas de café aumentaram desde que meu pai começou a empreender na área. Ultimamente meu pai vem pensando em parar com a venda de cavalos, e focar somente na área do café, e eu o incentivei, já que meu pai trabalhava o dobro quando o assunto era venda de cavalos.
A única coisa a qual ele mencionou que me deixou com um pé atrás, foi sua menção sobre dispensar os serviços formais do pai de Jihyo, ele mencionou que não deixaria de pagá-lo, mas explicou que o salário do veterinário iria cair, já que seu trabalho e esforço seriam reduzidos também.
Me preocupei com senhor Park, ele é um ótimo profissional, mas num interior como esse, muitas vezes é difícil encontrar uma área confortável pra ele, que é veterinário.

Meu pai mencionou que iria indicá-lo para o senhor Kim, o homem que comprou uma égua de meu pai, e também trabalhava com gado, então seria justo em ter um veterinário profissional. Eu indaguei se o homem já não tinha um veterinário ou uma equipe profissional para cuidar de seu gado, mas meu pai disse que o Kim normalmente contrata quem quer, precisando ou não.

— Hey, tudo bem com você? — Minha linha de raciocínio foi quebrada pela filha do veterinário, Park Jihyo entrou pela porta da cozinha e a fechou logo atrás de si. Me olhava fixamente, parecia analisar minha expressão e de algum modo, tentava ler meus pensamentos.

— Estou bem, só estive pensando sobre umas coisas. Trabalho. — Eu pontuei, e ela pareceu aceitar a resposta, balançou a cabeça positivamente e se afastou da porta, encostando-se no armário da cozinha, ao lado da mesa aonde eu me encontrava sentada com uma xícara de chá ainda quente, eu mordi meu lábio inferior ao pensar no assunto anterior.

— Trabalho. — Ela repetiu a palavra, parecia pensativa com alguma coisa, mas logo sorriu e sacudiu a cabeça, tirando um boné que usava desde cedo, desatou o laço de fita que prendia seu cabelo, e passou a mão nos fios que caíam em seu rosto.
Jihyo era uma mulher extremamente atraente, devo admitir. Qualquer um não hesitaria em afirmar isso.

— Amanhã eu vou até a fazenda do senhor Kim com o seu pai. —Ela começou, enquanto colocava o laço no bolso da calça cargo.

— Ele me contou que estava pensando em investir mais no café, e abandonar a venda de cavalos. — Jihyo dizia enquanto alternava entre olhar pra mim, e para o boné preto com a sigla de Los Angeles.

— Ele vai dispensar o meu pai, e indicá-lo para o senhor Kim. — Ela finalizou, parecia esperar um comentário meu, com suas mãos tremendo, ela deixou o boné de lado e novamente colocou o cabelo para trás.

Eu abaixei a cabeça para a xícara de chá em minhas mãos, e tomei um gole, eu senti um aperto no peito ao sentir o tom de voz que Jihyo falava sobre o assunto.

— Eu realmente gosto de trabalhar aqui, Satang. — Ela afirmou, e seu tom de voz era firme.

— Não só pelos seus pais, porque eles são como família pra mim...— A coreana começou, enquanto virava de costas pra mim, olhando em direção a porta da cozinha, que com a tela transparente, dava visão para o estábulo dos cavalos, e a luz da lua.

Ela encarou a vista, e logo os meus olhos seguiram os seus. Ela fitava a luz da lua, seu olhar amendoado que a minutos atrás era otimista, parecia tomado por uma melancolia repentina.

— Vem cá, Satang. — A Park se virou bruscamente, estendendo sua mão até mim, esperando que eu aceitasse seu convite repentino. Eu me levantei, e segurei na mão estendida. Ela sorriu, e seus olhos se iluminaram novamente. Eu olhava para Park Jihyo como se fosse alguém inalcansável pra mim. Jihyo era um ser humano bom demais pra mim, ela não parece fazer questão de esconder o que sente, não se incomoda em dizer que gosta de estar ao meu lado.

Sunsetz 『SAHYO』Onde histórias criam vida. Descubra agora