02:31 da manhã.
— Santang? — Eu a chamei, mas ela não parecia me ouvir, nem sequer olhava para trás.
— Sana! — Eu berrei, na esperança da japonesa poder me ouvir, mas Sana entrou em seu carro e fechou a porta com força, acenando para o senhor e a senhora Minatozaki.
— Até mais, Sana-jjang! — Eu olhei para a minha esquerda, e a mãe acenava para a mulher dentro do carro.
— Espere! Sana! — Eu tentei correr, mas duas mãos fortes me prendiam dentro da varanda, não me deixavam ao menos pisar na escada.
— Me solta! Eu preciso falar com a Sana! — Eu berrava em desespero, as mãos me prenderam com força contra o corpo alto e forte, agarrando o meu corpo com os braços.
Eu esperniava, batia e arranhava os braços que me rodeavam, mas não conseguia sair de jeito nenhum.— Ela não quer falar com você, Jihyo. — Eu ouvi a voz de meu pai, e me senti fraca. Parei de bater em seus braços e senti meu rosto úmido com as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas.
— Ela quer, sim! Sana me ama! — Eu implorei, mas o abraço do homem me envolveu, e seus dedos começaram a fazer carinho no meu cabelo.
— Ela vai embora, Jihyo. Se ela te amasse, não acha que ficaria com você? — Sua voz disse, mas era distorcida, era uma voz menos grave, uma voz familiar.
— Eu vou estar aqui, Jihyo. Eu estou aqui. — Os braços diminuíram, como se o corpo se transformasse no de outra pessoa. Eu levantei o rosto, e me deparei com um rosto magro e uma feição maligna.
— Jungho.. Seu.. — Eu murmurei entre os dentes. Os braços dele pareciam mais fortes do que o normal, me senti presa, acorrentada ao seu corpo. Eu olhei para trás, e o carro de Sana deixava a fazenda, passando pela porteira e seguindo a estrada.
Minhas pernas tremiam, mas não conseguia fazê-las se mexerem.Jihyo's pov
Eu acordei ofegante, senti meu corpo frio e trêmulo, toquei meu rosto e tentei me levantar da cama, precisava olhar o quarto dela. Precisava ver se ela foi embora.
Eu corri pelo corredor, minhas mãos ainda tremiam, e eu sentia o suor frio escorrer pela minha testa junto das lágrimas, que umideciam mais ainda o meu rosto.Eu olhei para a porta fechada do quarto de Sana, e por alguns segundos, eu torci com toda a fé que tinha, para que a mulher estivesse lá.
Estendi minha mão até a maçaneta da porta, e com hesitação, eu a virei. A porta se abriu imediatamente. Fiquei paralisada em frente a porta entreaberta do quarto, e senti meu corpo tremer dos pés até o último fio de cabelo.
Abri a porta, suspirando de alívio ao ver o corpo da japonesa deitado sobre sua cama, com o lençol cobrindo seus pés até seu ombro.Me aproximei de sua cama e fiquei de joelhos em frente ao seu rosto, apenas observando de perto a tranquilidade que permanecia enquanto eu afastava os fios de cabelo de seu rosto.
Pensei nos palavras ditas pelo embuste do Jungho, palavras que ele facilmente diria na vida real.
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Sunsetz 『SAHYO』
FanficMinatozaki Sana era uma renomada advogada que morava na cidade movimentada de Seul, na Coreia. Porém, Sana estava cansada de tanto trabalhar, cansou da movimentação da cidade e gostaria de aproveitar as férias de verão na fazenda dos pais. A fazenda...