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⋆˚࿔ Jihyo's pov. ~𓆝 𓆞 𓆝 ⋆

Eu me levantei do chão, com as costas rígidas e doloridas.
Sana não poderia dormir sozinha, tive medo de deixá-la passar mal novamente, então peguei um lençol e um travesseiro e dormi ao lado de sua cama, no chão.

Peguei as coisas e me dirigi até a porta, que começou a ranger assim que tentei abrir.

— Jihyo...? — Sua voz sonolenta me causou um arrepio atrás da orelha. Eu me virei em sua direção, e a japonesa estava sentada na cama, com um olhar cansado e sonolento.

— Bom dia, Senhorita Minatozaki. — Eu sorri, e suspirei ao ver Sana coçar os seus olhos e me olhar com uma expressão confusa.

— O enterro do meu pai vai ser hoje... Né? — Ela disse com uma voz chorosa, o que me fez apertar os lábios e cerrar o punho.

— Sim... Sim, senhorita Minato..— A Japonesa me interrompeu, batendo com o pé no chão e vindo em minha direção.

— Não me chame assim, Park! Não finja que não me conhece..— Ela pediu, e me abraçou. Seu abraço era forte, eu pude sentir seus dedos agarrando minha blusa, como se não quisesse que eu saísse.

— Desculpe, Sana. —Eu a abracei, e ficamos alguns segundos ali. Senti suas lágrimas caírem pelo seu rosto e molharem meu ombro, o que não me incomodava. Ser um apoio para Sana sempre será algo que irá me fazer bem.
Eu estou bem, se ela estiver bem.

— Precisamos ir, eu... tenho que cuidar de tudo para comunicar aos funcionários, os trabalhadores do plantio e sócios da fazenda de café. — Ela logo enxugou as lágrimas, e seu semblante pareceu mudar completamente, junto de sua postura. Rapidamente deixou de ser a Sana, e quis transparecer a força da nova Senhorita Minatozaki.

Não vou negar, ver Sana se esforçar para ser forte naquele momento me deixou genuinamente orgulhosa. Infelizmente ela precisava ser forte nesse momento, precisava colocar a cabeça no lugar e seguir em frente. E, se algo acontecer, eu quero estar aqui para apoiá-la.

Minatozaki Sana é como o pôr do sol.
Ela brilha entre as nuvens e me cativa com o olhar.
Sempre consegue me prender e me fazer pensar;
Valeu a pena esperar.

— Você... Estará do meu lado, não é, Jihyo? — Ela me perguntou, virando na minha direção novamente, e me lançando um olhar esperançoso e lacrimenjante.

— Sim, Satang. — Tentei conter o meu sorriso, mas meu rosto pareceu não me obedecer enquanto eu estava com Sana.

Ela me olhou por alguns segundos antes de virar o rosto de volta para o guarda-roupas, suspirou e fungou, mas não a vi chorar.
Eu me inclinei para ver seu rosto, que estava limpo de lágrimas, mas cheio de tristeza.

— Vai ficar tudo bem, Sana. Eu prometo. — Sorri e apoiei minha mão livre em seu ombro, e ela levantou a mão, encostando na minha.

— Obrigado, Jihyo. — Ainda sem virar o rosto, Sana acariciava a minha mão e pareceu soltar um ar pelas narinas.

Após alguns segundos, resolvi deixá-la em paz. Deixei a mesma no quarto enquanto fui até o sótão arrumar algumas coisas que havia levado para dormir no quarto de Sana, como o meu travesseiro e minha coberta.
Eu coloquei as mãos em minhas costas me alonguei, colocando meu quadril para frente e meus ombros para trás.

— Ah, isso foi bom. — Eu disse em alívio assim que consegui destravar minhas costas, aliviando a dor por momento.

— Nunca mais durmo nesse chão de novo! — Eu bravejei, batendo com o pé no chão e bufando.

...

Eu desci as escadas, me deparando com a senhora Minatozaki, que estava sentada numa cadeira da sala, a cadeira que ficava bem no canto, quase ao lado da televisão. Aquela cadeira pertencia ao antigo dono da fazenda, senhor Takeshi Minatozaki.

Sunsetz 『SAHYO』Onde histórias criam vida. Descubra agora