Legacy of the Ice Dragons

Aegon

Minhas pernas se moviam rápido em direção aos aposentos do rei. Meu peito queimava pelo esforço de correr tão rápido e minha cabeça dava pontadas.

Eu rompi pelo quarto do meu pai e a primeira coisa que vejo é ele sentado ao lado de sua maquete da Antiga Valiria.

Minhas mãos estavam suadas e eu precisei me apoiar em uma cômoda para permanecer em pé enquanto tentava puxar o ar para os meus pulmões.

Meu pai se levanta devagar e vem em minha direção. - Aegon. - ele me olha apreensivo. - o que aconteceu?

- É a rainha , vossa graça. - digo ofegante enquanto recupero meu fôlego. - Ela entrou em trabalho de parto. É cedo demais para isso e os meistres não tem certeza da sobrevivência de nenhum dos dois. - minha voz falha no final , entregando minha preocupação com meu irmãozinho ou irmãzinha.

O rei suspira pesaroso. Pega meu braço e gentilmente me senta em uma poltrona ao lado de sua preciosa maquete. Ele puxa outra poltrona e se senta em minha frente.

- Tenho que te contar uma coisa , Aegon. - ele me olha aflito e eu estreito os olhos para sua demonstração de insegurança. - É sobre o reino. Sobre sua mãe. E sobre nossa família.

- Por que isso agora , meu rei? - pergunto impaciente. - Tenho certeza de que você pode me contar o que quer que queira me contar , a qualquer hora. Mas precisa ser agora?

- Sim , ômega. - ele diz e eu tenciono. Meus olhos se arregalam e suor frio escorre de minha testa. Ele sabia. - Precisa ser agora. Otto está muito ocupado prestando atenção no parto da própria filha para perceber que você não está por perto. Eu sei que você é um ômega do mesmo jeito que sei que sua irmã é uma sonhadora. E eu estou mais lúcido do que Otto acha que estou.

Eu olho para ele com estranheza. Seu comportamento esquisito me incomoda e me contorso desconfortável na poltrona.

- E o que isso quer dizer , pai? O que você precisa tanto falar comigo. - eu indago no final.

- Existe uma maldição que todo rei deve carregar consigo. Uma maldição que foi lançada a Aegon , o conquistador pela sua esposa Visenya. - ele se levanta e pega um pequeno livro debaixo de sua cama. - A maldição diz. Que o reino permanecerá separado , até que as ramificações vermelhas se tornem uma. Para garantir um verdadeiro legado. - ele faz uma pausa antes de retornar a falar. - Todos sabemos que Rhaenys e Visenya se amavam e que Aegon as amava igualmente. Mas , ele se casou com Rhaenys por escolha e com Visenya por obrigação. E ele encarava seus filhos com ela da mesma forma. Como uma obrigação. E então , quando ela percebeu isso. Ela foi até uma bruxa e pediu que ela lançasse uma maldição no próprio marido e depois de lançada , Visenya matou a bruxa , impedindo que qualquer um tentasse reverter a situação. - ele me olha de novo , e seu olhar brilha em um sentimento esquisito. - A maldição fazia com que os filhos de Aegon se voltassem uns contra os outros. - ele suspira. - A maldição seria interrompida se os filhos do rei Aegon se unissem , mesmo com as diferenças  que o pai fazia entre eles. Anos se passaram , a rainha Visenya faleceu. E a maldição foi esquecida. Até que Aenys foi coroado e colocou Maegor como seu lorde mão. E essa é a verdadeira doença. A mão do rei. - meu pai olha para mim com olhos sábios e eu começo a entender o que ele queria dizer com essa história. - ambos sabemos o desfecho dessa história não é?

- Então , de certa forma , a maldição acabou acertando o cargo de lorde mão e não de rei. Então por que está me contando isso , pai? - os olhos de viserys brilham quando o chamo de pai e eu coro brevemente , solto um leve tossida e me corrijo. - Quer dizer , vossa graça.

- Não. Não faça isso. Por favor. Me chame de pai. - ele sorri e eu aceno brevemente. - Estou te contando isso , por que quero sua ajuda. Alguns meses atrás , Helaena veio atrás de mim. Ela tinha tido um sonho e chegou ao meu quarto pela passagem secreta. - ele se inclina sobre a cadeira antes de voltar a falar. - Sua irmã possuia um olhar meio sombrio e veio até mim em passos pesados. E quando chegou perto , ela começou a ressoar um canto em linguagem Valiriana. Eu fiquei meio assustado , mas me forcei a ouvir o que a música dizia.