Momentos, memórias... Introspeções

6 0 0
                                    


Não consigo ser indiferente, não consigo deixar de pensar, não consigo deixar de querer-te ... mesmo que o que mais queria era controlar esse querer dentro de mim.

Na minha consciência estava tudo claro. Nunca menti, era a minha verdade quando dizia que nunca mais amararia. Era a minha certeza quando dizia que já tinha tudo tentado e que coração aposentara de vez e só queria paz.

Era também verdade quando dizia que já não buscava amor e nem amar ninguém. A primeira vez que te vi, meu corpo e minha mente negaram-te ter visto. A alma transcende e, eu simplesmente não te vi diante dos meus olhos. De nada valeu porque estou presa a ti e não consigo mais parar de te querer.

Dizer que seremos apenas uma lembrança, e que nós duas apenas ficaremos tatuadas na nossa memória?... vai custar-me, porque eu já tatuei na minha alma, descrevi e imprimi em detalhes dos nossos momentos em mim... lembro como um perfume a nossa primeira noite, lembro-me daquele escuro e como não via claro o que sentias e era completamente incerto o que fazer. A nossa respiração se misturando e o palpitar do nosso coração debaixo do peito. Batiam como um, e cada vez mais fortes com o aproximar dos nossos lábios.

Lembro que eu estava inebriada com o cheiro da tua pele, embriagada com a tua respiração cada vez mais perto, se misturando com o meu e a vontade torturante de sentir o gosto da tua boca exasperava-me.

Não me falha a memória, quando finalmente, lentos e sem certezas, por fim tocamo-nos e os seus lábios entreabertos deram espaço para que os meus se encaixassem perfeitamente, fogos de artifícios romperam dentro do meu peito e senti como que os nossos corpos estavam repletos de eletricidade percorrendo pelas veias. A sensação de beijar-te foi inesperada e distinta... o gosto, a textura da tua boca, o teu beijar era diferente de tudo, de todas... e, quando mais nos aprofundávamos no beijo, por mais contacto os nossos corpos ansiavam.

Lembro bem como a tua boca era suave, seus lábios tenros, tua língua doce e macia, que me fizeram rapidamente estremecer e perder a noção do tempo e do espaço. Toquei o teu corpo, ele naturalmente se encaixou no meu. A tua pele suave e quente, colada na minha, fez aflorar ainda mais o desejo de te sentir mais perto, de ter-te. Não restavam dúvidas, estava completamente entregue a ti e não valia a pena fingir que não. Queria-te e queria, queria muito que me quisesses da mesma maneira.

Quando permitiste que tocasse o teu corpo, a cada parte que avançava, mais o desejo se apoderava mim. Beijei o teu pescoço e quando inalei o teu cheiro com o corpo quente de desejo transbordei-me de prazer. Anseie por me desfazer de toda a roupa que me separava da tua pele. Fui-me a desfazer da tua blusa que me separavam dos teus seios. No escuro não os vi, mas os imaginei e ao os tocar apenas, o prazer de novo inundou o meu corpo, queria tanto os ter na minha boca e assim fiz.

Recordo-me com clareza de sentidos, quando debrucei sobre o teu corpo seminu e a minha língua passou suave pelos seus mamilos duros de prazer, senti o meu corpo estremecer, toquei, chupei e lambi uma de cada vez, e outra vez... com uma calma que contrariava o fervor do tesão que percorria sem travão dentro de mim.

Não aguentaria muito tempo ali, ansiava por te sentir mais. Fiz o caminho com beijos, pela sua barriga, passei pelo teu umbigo... continuei e beijei o teu ventre até chegar aonde o short impedia-me de seguir.

Lembro-me bem do receio que senti caso não me deixasses continuar, estava prestes a implorar-te quando deslizei para baixo aquela última peça de roupa, as retirei e não me detivestes. Sentir que te entregavas a mim aumentou a vontade de te ter e tudo que queria era-te merecer. Inclinei e instalei-me confortável entre as tuas pernas, já nada me separava da tua intimidade. Estava insana para te provar, morrendo de vontade de te sentir.

Causa-me arrepios ainda lembrar o ardor do prazer que sentia. Com calma beijei uma e a outra coxa e devagar passei a língua, sem nenhum pudor e sem nenhuma pressa, entre as tuas pernas. Senti-te estremecer com a sensação do toque. Continuei e deliciei-me com cheiro e com o teu gosto e senti o quando me querias pela humidade que se fazia sentir e que me enlouquecia de prazer a cada beijo que ali deixava.

Lembro que os teus ruídos abafados faziam o meu deleite. Sentia o teu corpo se contorcer de aprazer. A onda de gozo invadiu-te com força, com a mão preza na boca tentava sem sucesso abafar os teus gemidos, contorcias-te como podias para te soltares de mim. Não larguei até sentir o teu corpo voltar para o meus os braços, mais calmo, mas mais quente do que nunca, a respiração completamente ofegante.... Rastreei até os teus lábios, beijei-te e deixei-me deitar no teu peito. Amei-te...

Então não... não vou e não quero deixar de lembrar que para amar não tem hora, nem lugar e nem a pessoa certa e muito menos motivo.

És uma mulher incrível e é indiscutível o quanto eu te quero. Não iria desistir assim...

Véu de tormentoOnde histórias criam vida. Descubra agora