Only The Brave - Jegulus Fic

Capítulo 20: Murta que geme

Regulus deveria parar enquanto está ganhando. Honestamente. Ele deveria. Ele conseguiu o que queria. Ele sabe como é beijar James Potter. Sabe os sons que ele faz quando Regulus roça a parte inferior de sua mandíbula com os dentes.

Ele sabe como os músculos de James se sentem sob suas mãos, mesmo que sempre haja muita roupa entre eles. Regulus sabe como James soa quando está gozando, e a onda de poder e puro êxtase que é saber que ele é quem causou isso. Que ele pode fazer isso acontecer.

Impressionante, sinceramente.

Regulus deveria desistir agora, porque ele está em alta. Ele deveria desistir agora porque há três pessoas que sabem, e isso é três pessoas a mais. Sirius. Lupin. Dorcas. Dorcas não teve isso confirmado, mas ela é muito esperta e percebeu. Também porque aparentemente James é óbvio quando olha para Regulus, o que, tipo, tudo bem. Regulus gosta, porque quem não gosta? Mas é estúpido e perigoso.

Se Dorcas perguntar novamente, Regulus não conseguirá mentir na cara dela.

Regulus deveria deixar James agora. É a coisa mais segura a se fazer. A coisa mais inteligente a se fazer. Vai poupá-lo de problemas e possíveis complicações.

Mas ele não vai, porque ele é viciado em James. Ele é viciado em como ele o faz sentir. Na maneira como ele olha para ele. No gosto de sua língua e na maneira como seus lábios se moldam a ele. Regulus não se cansa, e ele não sabe como parar. Parte dele realmente não quer. Assim como suas poções para dormir, ele continuará tomando o máximo que puder. Até que algo ou alguém venha e as arranque de suas mãos frias.

Cinco meses não é muito tempo. É o que Regulus diz a si mesmo. Ele pode ter cinco meses. Ele ganhou cinco meses. Não ganhou?

A biblioteca está deserta hoje, porque é domingo e o dia depois do Halloween, então todo mundo está dormindo para curar a ressaca. Hora perfeita para sua pesquisa. Ninguém virá incomodá-lo, e é assim que Regulus gosta.

Regulus vira a esquina e encontra a prateleira que está procurando. Ele empilha o livro de volta onde ele pertence e suspira. Esse Tom Riddle é difícil de encontrar. Ele está irritado com isso, porque quão difícil poderia ser? Regulus encontrou o registro de sua frequência em Hogwarts, mas era apenas a entrada no registro, ao lado dos anos em que ele frequentou.

Não é o suficiente, e até agora ele não encontrou muito mais.

Mas Regulus não desiste. Ele está passando por árvores genealógicas e outros registros históricos, esperando encontrar o nome Riddle em algum lugar.

Ele verifica seu relógio de bolso e suspira novamente. Ele tem uma hora antes de ir ao telhado para encontrar James. Ele deveria comer alguma coisa, mas não pode se incomodar com a ida até a cozinha e definitivamente não vai jantar porque então terá que mentir para seus amigos sobre onde vai depois.

Regulus decide ficar e ler um pouco mais. Ele está colocando um alfinete na pesquisa de Tom Riddle por enquanto porque ele está francamente cansado de fracasso. Em vez disso, ele procura obituários dos anos em que Riddle estava na escola. Se ele não consegue encontrá-lo, talvez ele possa encontrar a garota que morreu. A família dela, pelo menos.

E depois de um breve momento de leitura, sua sorte começa a mudar.

Murta Warren.

Regulus a conhece. Ele pensa. O nome. Isso lhe faz lembrar de algo. Ele se senta, escreve em um pedaço de papel e pensa. E pensa. Ele não consegue lembrar por que isso lhe parece familiar, mas parece. Parece.

Murta Warren.

Uma menina assassinada na escola.

Por que ela? Regulus começa ali, esperando que isso acenda alguma coisa. Uma lembrança, talvez. Qualquer coisa. Ele está um pouco desesperado, porque não está acostumado a encontrar apenas becos sem saída. 1943, uma garota morta, Myrtle Warren. Tem que haver algo sobre isso em algum lugar. Mesmo que varressem para debaixo do tapete, algo sempre escapa pelas rachaduras e Regulus vai encontrar.