Suguru geto -

20

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Cheguei no apartamento que dividia com Shoko, sentindo o cansaço da missão e o conforto de estar em casa. Ao entrar, vi Shoko se arrumando rapidamente. Ela estava de rolo com uma mulher, mas nunca quis me contar muitos detalhes sobre isso.

"Robin? Estou saindo, não voltarei para casa!" disse Shoko com um tom de malícia.

"Ok, só não faça filhos," respondi em um tom divertido, rindo enquanto ela me mostrava o dedo do meio.

Ainda era oito da noite quando recebi uma ligação inesperada de Nanami. Atendi o telefone e ouvi sua voz cansada do outro lado da linha.

"Robin? Por favor, venha a este endereço," disse ele, parecendo abatido.

"Está tudo bem, Kento?" perguntei, preocupada.

"Eu tô sangrando, se puder vir," respondeu ele, com um toque de ironia na voz.

"Estou indo," respondi, já pegando minhas coisas.

Saí do apartamento rapidamente, pegando um táxi para o endereço que Nanami me havia passado. O caminho parecia mais longo do que de costume, e minha mente estava cheia de preocupações. Nanami era um dos mais fortes e experientes feiticeiros, então algo sério devia ter acontecido para ele estar assim.

Chegando ao local, uma área deserta e mal iluminada, vi Nanami encostado em um muro, com uma expressão de dor e sangue escorrendo de um ferimento no abdômen.

"Kento!" corri até ele, ajudando-o a se sentar de maneira mais confortável. "O que aconteceu?"

"Fui pego de surpresa por uma maldição enquanto investigava um caso," ele explicou, apertando o ferimento com uma mão. "Preciso de sua ajuda para terminar isso."

"Você deveria estar no hospital, não aqui," murmurei, tentando manter a calma enquanto examinava o ferimento.

"Não há tempo para isso, Robin," disse ele, com um olhar determinado. "A maldição ainda está por aí. Precisamos acabar com ela antes que cause mais problemas."

"Está bem," concordei, vendo a seriedade em seus olhos. "Me dê um minuto para tratar seu ferimento rapidamente."

Usei minhas habilidades de manipulação de sombras para criar uma bandagem temporária, ajudando a estancar o sangramento. Nanami se levantou com dificuldade.

"Vamos acabar com isso," disse ele, sua voz firme apesar da dor.

Seguimos juntos, entrando em um prédio abandonado onde a presença da maldição era palpável. A energia negativa era quase sufocante, e as sombras dançavam nas paredes, como se nos observassem.

"Fique atrás de mim, Kento," ordenei, preparando-me para usar minhas ilusões e sombras para proteger nós dois.

De repente, a maldição surgiu, uma criatura grotesca com olhos brilhando em vermelho e garras afiadas. Ela soltou um rugido ensurdecedor, avançando contra nós com uma velocidade surpreendente.

"Agora, Robin!" gritou Nanami, segurando sua posição apesar da dor.

Concentrei-me, deixando as sombras ao meu redor crescerem e se moldarem em lâminas afiadas. Lancei as sombras contra a maldição, tentando cortá-la em várias partes. A criatura desviou de alguns ataques, mas fui persistente, mantendo a pressão.

Nanami, usando sua última força, lançou um poderoso ataque com sua técnica de desestruturação, atingindo a maldição em cheio e a enfraquecendo consideravelmente.

Aproveitando a oportunidade, concentrei todas as minhas forças restantes em um único ataque. "Sombras Consagradas!" gritei, liberando uma onda massiva de energia sombria que envolveu a maldição, destruindo-a completamente.

Com a maldição exorcizada, o silêncio caiu sobre o local. Senti minhas pernas fraquejarem e desabei, exausta e sem forças. Nanami, apesar de ferido, veio ao meu lado, segurando minha mão.

"Você foi incrível, Robin," disse ele, sua voz suave e reconfortante.

"Obrigada, Kento," murmurei, sentindo meus olhos se fecharem. "Vamos... para casa..."

E então, tudo ficou escuro.