3 - Mine

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Lauren Point Of View

Fui acordada com um barulho vindo da porta, eu já sabia que era Camila. Rapidamente vi que ela estava completamente alterada, seus passos eram lentos e desajeitados.

— Camila?.- Perguntei mesmo sabendo que era ela, queria chamar a sua atenção.

— Laurrrr? Você tá aqui?.- As frases saiam embrulhadas, a mulher chegou toda desajeitada, mas ainda sim estava linda.— Pensei que ia voltar pra casa.

— Eu pensei nisso, mas sabia o estado que você ia voltar.- Segurei nos braços de Camila, a ajudando a ir para o quarto.— Fiquei pra te ajudar.

— Não era necessário, podia ter ficado com a Anna.

O que? Do que você tá falando Karla?.- Bufei irritada, eu não costumava a me irritar assim. Mas Camila tinha me tirado do sério.— Da pra calar a boca?

Sentei ela na cama, começando a tirar seu sapato, assim como o resto da roupa. Aquilo não seria um problema, já que eu já havia visto tudo.

— Isso mesmo, vá lá com ela.- Levei Camila até o banheiro, e a coloquei dentro do box.

— Consegue banhar sozinha?

— Consigo.- Concordei e logo liguei o chuveiro, Camila resmungou na mesma hora, acredito que a água esteja gelada mesmo.— Hummm, essa água tá muito gelada Laur, venha me esquentar.

— Não estou de graça Cabello, tome seu banho e depois vá pra cozinha.- Dei um sabonete pra ela e fechei o box.— Vou fazer algo pra você comer.

Nem esperei ela me responder, apenas saí do quarto e segui até a cozinha. Iria fazer um misto de queijo e chocolate quente, era a comida favorita dela quando chegava de ressaca. Mesmo ela sendo uma idiota, eu sempre me deixava levar por aqueles olhos de chocolate.
Igual com Valentina, essas duas conseguiam tudo que queriam de mim.

(...)

Eu estava tão concentrada que nem percebi quando Camila se aproximou, apenas senti ela me abraçando por trás.

— A água estava um gelo, seu corpinho quente fez muita falta.- Eu não podia me deixar levar, ainda estava com raiva. Foco Lauren!

— Me solte Cabello, eu já disse que não estou com garça.- tentei tirar seus braços de mim, mas ela só me virou para ela, me pressionando ainda mais contra o balcão, me fazendo soltar um gemido involuntário.

— Quem não está com graça sou eu.- Franzi o cenho, o que diabos eu tinha feito.— Você só fica de gracinha com a Anna não é?

— O que? Do que você está falando Camila.- Novamente tentei me livrar do aperto dela, mas seus dedos afundaram a carne de minha cintura, me fazendo morder o lábio inferior. Ela sabia que eu gostava disso. Que desgraçada!

Não se faça de desentendida Jauregui.

— Quem deve dizer isso sou eu.- Elevei um pouco minha voz, apontando o dedo em direção ao seu peito.— Nos estávamos de boa, até uma hora que você surtou, me tratou mal, falou coisas horríveis, disse que ia sair sem mais nem menos, e chega uma hora dessa bebada.

— A culpa disso é sua.- Ela soltou uma lufada de ar quente, que me fez perceber que ela escovou os dentes.

— Minha? Me diga o que diabos eu fiz.

— Ficou com a Anna, ou pelo menos dando moral a ela?

— O que? Você está ficando louca?.- Nesse momentos, estávamos com os rostos quase colados, minha voz não passava de um sussurro.— Anna é apenas uma amiga, que eu considero muito. Ela tem 21 anos e é a porra da baba da sua filha.

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