{capítulo 1} "Sussuros de Desespero"

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"O perfil da minha co-autora é XDressa_rayX."

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Amy tinha total consciência de como tudo começou. O seu corpo apresentava lesões e marcas, espelhando a angústia emocional que a consumia. Cada suspiro seu se mesclava ao som delicado da brisa que corria entre as árvores de Mystic Ruins. Apoiada em uma rocha coberta de musgo e flores selvagens que brotavam indiferentes à sua angústia, a luz solar deslizava suavemente sobre seu rosto, como se buscasse proporcionar um conforto que ela já não experimentava.

As suas vestimentas, rasgadas e sujas de terra e sangue, demonstravam sua exaustão e dor. Com a mão apertada contra o olho esquerdo, sangrando por causa de um "indivíduo desconhecido", Amy tentava se recuperar. No entanto, a dor interna se misturava a uma série de emoções, tornando tudo mais difícil de suportar.

Ao elevar os olhos ao céu, Amy percebeu um pequeno Chao que a encarava com curiosidade, seus olhos cintilavam com uma pureza quase tangível. O esplendor descontraído daquele ser contrastava fortemente com a escuridão que ocupava seu coração. O Chao, hesitante, se aproximou lentamente, como se conseguisse sentir a angústia que a envolvia. Ao acolher sua pequena cabeça em seus braços, Amy foi inundada por um turbilhão de emoções que quase a fez sucumbir. Ela gentilmente afagou a cabeça do Chao com a mão direita, porém, ao invés de conforto, lágrimas quentes começaram a escorrer pelo seu rosto, formando trilhas salgadas em suas bochechas.

Cada toque na cabeça do Chao ecoava sua própria solidão, um lembrete angustiante de que, mesmo diante de um ser tão puro, a tristeza persistia como uma sombra persistente. O pequeno ser, que desconhecia o fardo do mundo que Amy carregava, fez sons delicados, como se buscasse confortá-la. No entanto, ela tinha consciência de que nada poderia realmente aliviar a dor que a sufocava. O Chao era uma luz sutil em um abismo profundo e sem fim. Ali, naquela solidão compartilhada, Amy teve a liberdade de derramar lágrimas, tendo o Chao como seu único suporte enquanto seu coração se desintegrava.

- Pequeno, que agonia... Como eles foram capazes de fazer isso comigo?!... - Amy exclamou: - "Waah!" -, com a voz tremendo e embargada, enquanto as lágrimas se misturavam ao tocar o chão. Cada frase era como um peso, um rasgo em seu coração, e ela sentia a pressão aumentando em seu peito. Porém, já não tinha mais tempo para se preocupar com isso...

Porém, algo despertou o interesse de Amy. Uma luz tênue, que batia como um coração remoto, iluminou o horizonte da floresta espessa. O brilho delicado se opunha à escuridão que a envolvia, funcionando como um farol de esperança em meio à aflição. Com esforço, ela tentou se erguer, seu corpo debilitado pelos ferimentos que a deixavam exausta. A perna dela estava lesionada, e uma dor intensa vinha do seu olho esquerdo, parcialmente fechado, o que complicava a sua visão. Sempre ao seu lado, o pequeno Chao voava em círculos ao seu redor, emitindo um som suave de incentivo, como se afirmasse que tudo se resolveria.

Com cada passo que dava, Amy experimentava uma dor latente em seu corpo, contudo, a luz aumentava em intensidade, impulsionando-a para a frente como um campo magnético. Mesmo tropeçando, sua resolução ultrapassava a dor. A floresta circundante parecia murmurar segredos antigos, contudo, ela não se deixava levar por distrações; seu pensamento estava exclusivamente voltado para a luz, seu único farol na escuridão.

À medida que se aproximava, a vegetação começou a se transformar. As árvores começaram a se dispersar, expondo uma clareira. Então, ao passar pelos últimos arbustos, Amy respirava profundamente. Diante dela, um cenário futurista, uma estrutura metálica que parecia ter sido moldada diretamente do coração da terra. Os ruídos de máquinas ressoavam no ar, enquanto torres altas e obscuras se elevavam em direção ao céu, com suas superfícies brilhantes refletindo a luz lunar.

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