The Awakening Of The Black Rose

{capítulo 3} "Raízes da Fúria"

"O perfil da minha co-autora é XDressa_rayX."

---

Cinco dias depois...

Amy abriu os olhos lentamente. Sua visão estava turva, como se estivesse mergulhada em um sonho nebuloso. Conforme piscava para ajustar-se à luz esverdeada ao seu redor, percebeu algo estranho: estava submersa em um líquido viscoso, que a envolvia completamente. Sentiu o peso de algo em seu rosto e, instintivamente, levou as mãos até ali. Seus dedos delicados, cobertos por pelos cor-de-rosa, tocaram uma máscara de metal ajustada sobre seu focinho, com tubos conectados a ambos os lados.

A máscara emitia um leve som rítmico, como se estivesse bombeando ar diretamente para seus pulmões. Apesar de não entender como, Amy percebeu que era graças àquele dispositivo que ela conseguia respirar.

Mais abaixo, tubos grossos saíam de seus braços e pernas, conectando-se a pontos específicos de seu corpo. Um deles estava preso em sua cintura, outros se enrolavam em seus ombros, e um último descia até a base de sua coluna, causando uma sensação estranha e incômoda. Eles pulsavam suavemente, emitindo um brilho pálido, como se estivessem monitorando ou drenando algo de dentro dela. O toque desses dispositivos era gelado e invasivo, deixando-a ainda mais assustada.

Amy se viu presa em um tubo cilíndrico de vidro reforçado, alto o suficiente para fazê-la sentir-se minúscula. O líquido verde-esmeralda que preenchia o tubo parecia denso e luminoso, e ela notou bolhas subindo lentamente até a superfície, onde se dissipavam em pequenos estalos. Tentou se mover, mas os canos a restringiam, e o líquido dificultava qualquer tentativa de resistência.

A sala ao redor era uma prisão opressiva de metal e escuridão. Luzes vermelhas pulsavam intermitentemente, projetando sombras dançantes nas paredes. Outras máquinas zumbiam e chiavam, um som constante que enchia o ambiente de uma tensão sufocante. Tubos semelhantes ao dela alinhavam-se ao longo da sala, cada um contendo algo dentro — figuras distorcidas pela névoa e pelo líquido. Alguns pareciam corpos Mobianos como o dela; outros, formas completamente alienígenas, impossíveis de identificar.

Amy olhou ao redor, tentando entender sua situação. A base de Eggman era tão sinistra quanto ela lembrava, mas agora parecia ainda mais perturbadora. As paredes de metal estavam cobertas por vigas expostas e cabos que serpenteavam como nervos de uma criatura viva. O teto era baixo e preenchido por canos grossos que liberavam vapor a intervalos regulares, criando um som que mais parecia um suspiro mecânico.

Na frente dela, havia uma série de mesas de metal. Braços robóticos pendiam acima das bancadas, carregando agulhas, seringas e lâminas cirúrgicas. Telas holográficas projetavam diagramas detalhados de corpos — alguns claramente Mobianos, e outros de humanos. Linhas de código corriam pelas telas, acompanhadas por gráficos que Amy não conseguia entender. Tudo ali parecia frio, calculado, e feito para experimentos que desafiavam qualquer ética.

Sentiu uma pontada de pânico ao olhar para seu reflexo distorcido no vidro do tubo. Lá estava ela, nua, seu corpo de ouriça antropomórfica exposto e vulnerável. As orelhas inclinadas para trás em um sinal de medo, a cauda curta balançando lentamente, e os olhos verdes brilhando com desespero.

De repente, um som agudo ecoou pela sala. O zumbido das máquinas ficou mais intenso, e as luzes vermelhas começaram a piscar com maior frequência. O líquido ao seu redor borbulhou levemente, e os tubos conectados ao seu corpo emitiram um som abafado, como se estivessem ajustando algo. Amy tentou gritar, mas a máscara em seu rosto abafou qualquer som.

Foi então que ela ouviu passos — pesados, metálicos, ressoando no corredor próximo. Seu coração disparou, e ela virou a cabeça na direção do som. A sombra que emergiu sob a luz trêmula era inconfundível. Primeiro, os longos bigodes se tornaram visíveis, seguidos pela silhueta robusta de um homem baixo, vestido de vermelho.