{capítulo 2} "Entre Sombras e Aço"

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"O perfil da minha co-autora é XDressa_rayX."

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Amy se encontrava contra a parede fria de metal, respirando com dificuldade, cada movimento intensificava a dor na perna lesionada e no olho esquerdo inchado. O pequeno Chao tremia ao seu lado, demonstrando claramente um sentimento de medo. Amy tinha consciência de que se encontrava numa situação delicada, porém, não era a primeira vez que lidava com desafios, e certamente não era a primeira vez que lidava com isso. Um ruído metálico reverberou pelo corredor, uma melodia conhecida que fazia Amy revirar os olhos internamente. Ela já tinha consciência de quem se aproximava antes mesmo dele se pronunciar. Então, a voz fria e repleta de sarcasmo ressoou, uma conhecida irritante.

— Veja só o que encontramos aqui! — A voz de Orbot rompeu o silêncio, mantendo o tom de desdém habitual. — Nossa querida ouriça Amy Rose. — Amy soltou um suspiro desesperado, incapaz de esconder o cansaço em seu semblante. Ela já estava ciente do que estava por vir. Orbot era previsível, seu humor ácido era uma constante incômoda nas diversas batalhas que travaram anteriormente. Com seus olhos azulados resplandecendo sob a luz da base, ele prosseguiu na avaliação, e um sorriso cínico se estabeleceu em sua face de metal. —Mas tenho que falar, você está completamente acabada, hein?— Ele riu, a voz carregada de uma satisfação cruel. — Parece que acabou de sair de uma briga de rua!

Amy quase não respondeu. Ela simplesmente permaneceu encostada na parede, acumulando energia para o que estava por vir. Orbot avançou um passo, mantendo sua postura imponente, enquanto prosseguia com seu monólogo habitual. — Bem, como você provavelmente já sabe, precisaremos levá-la ao Robotnik, nosso amado líder. — Ele falou com uma teatralidade irritante, como se estivesse em um show onde apenas ele estava interessado na performance. — E, para facilitar, pedimos que acate as instruções sem hesitar. — Orbot se aproximava com passos vagarosos, como se apreciasse o momento.

Enquanto ele discursava, o Chao, mais amedrontado do que nunca, soltou um som agudo de desespero. Amy fixou o olhar no pequeno companheiro com um sorriso delicado, desconsiderando a dor que se intensificava em seu corpo. — Mantenha a calma, pequeno... eles não farão mal a você... — sua voz era firme, porém afável. Orbot permaneceu em silêncio por um instante, analisando a situação, porém Amy tinha consciência de que ele não representava a real ameaça. Ela precisava evitar Robotnik. Mesmo estando encurralada e ferida, ela jamais permitiria que o Chao fosse ferido. Embora aquela situação fosse familiar, sua resolução continuava inalterada.

A opressão do silêncio na base foi interrompida pelo ruído dos passos metálicos que reverberavam pelo corredor. Amy mal conseguiu reagir ao ver um dos robôs, um pouco maior que ela, surgir à sua frente, sua estrutura majestosa resplandecendo na luz fria do ambiente. Com um aperto mecânico firme, o robô estendeu sua mão esquerda e, sem hesitar, agarrou o braço direito de Amy. Ela soltou um murmúrio de dor, seu corpo já frágil protestando a cada movimento que fazia. A frieza do metal em contato com a sua pele parecia intensificar a dor que pulsava em sua perna lesionada e seu olho edemacido. Sem qualquer piedade, o robô começou a conduzi-la pelo corredor metálico da base, suas articulações mecânicas vibrando a cada passo.

Com os olhos cheios de preocupação, o pequeno Chao seguiu os dois, voando a poucos metros de distância. Ele não tinha muitas opções além de observar, porém sua presença proporcionava um pequeno alívio a Amy, que percebia cada segundo passar como se o tempo se estendesse de forma cruel.

A instalação militar de Robotnik era extensa e confusa, com seus corredores extensos e iluminados por uma luz fria que apenas intensificava o sentimento de isolamento. O piso de metal replicava os ruídos de suas botas sendo arrastadas pelo robô, enquanto o ruído da fricção se fundia ao zumbido incessante das máquinas próximas. A cada passo dado, Amy sentia sua energia se dissipando, como se a dor e o cansaço fossem forças invisíveis sugando sua energia.

Os instantes se converteram numa eternidade. A cada aperto violento, seu corpo dolorido se manifestava, a dor no braço se irradiando para o ombro, enquanto o fardo da situação começava a descer sobre ela como uma nuvem sufocante. Ela desconhecia para onde estava sendo conduzida, porém o destino não apresentava boas perspectivas. No entanto, apesar de tudo parecer sombrio ao seu redor, Amy manteve a mente clara. Ela ainda não tinha se rendido. Com cada passo forçado, ela examinava o ambiente à sua volta, procurando qualquer indício de vulnerabilidade ou uma oportunidade para escapar. A base de Robotnik era um caos tecnológico, povoado por robôs e cientistas robôs em diversos locais. No entanto, também apresentava falhas, se alguém soubesse procurar.

O robô persistia em sua trajetória inalterável, arrastando-a como se fosse apenas um peso inerte. Chao, leal, flutuava atrás, seu olhar concentrado em Amy. Ele tinha consciência de que era necessário ser paciente, assim como Amy. A chance surgiria - ela sempre surge. Isso era apenas uma questão de tempo. Então, após o que pareciam horas, o robô estacionou em frente a uma enorme porta de aço, sua superfície espelhando o fulgor das luzes da base. Amy, apesar do cansaço, manteve-se de pé enquanto o robô soltava seu braço com a mesma frieza com que a havia agarrado. Ela tremeu, o corpo revigorado pela liberdade passageira, porém a mente vigilante para o que estava por vir. O próximo passo seria vital.

A porta de aço se ergueu com um barulho intenso, exibindo uma ampla sala futurista e amedrontadora. As luzes, de cores frias e intensas, piscavam delicadamente a partir de equipamentos espalhados pelas paredes e pelo chão de metal, criando um cenário quase extraterrestre. A bancada central da sala, repleta de ferramentas robóticas e hologramas flutuantes, se sobressaía. No entanto, o que realmente chamava a atenção era a imponente cadeira de metal voltada para Amy, posicionada diante de uma janela grandiosa que mostrava um imenso aquário. Seres marinhos de aparência incomum nadavam por trás do vidro, iluminados pelas luzes intermitentes do ambiente.

Ao entrar no local, a porta atrás de Amy se fechou com um barulho metálico, deixando-a trancada ali, com Orbot e a figura sentada na cadeira. Embora não o tivesse visto diretamente, ela tinha plena consciência de quem ele era: Robotnik, ou Eggman, como era conhecido por muitos. A cadeira se movimentou devagar, expondo a figura que ela tanto temia e desprezava. Eggman se encontrava em seu assento de metal, rodeado por monitores e instrumentos mecânicos.

Quando ele viu Amy, seus olhos se iluminaram atrás dos óculos, e um sorriso cruel se curvou em seus lábios. — Muito bem, muito bem... — sua voz grave e repleta de sarcasmo permeou o ar, enquanto ele a analisava de cima a baixo. — Veja só o que o vento trouxe. Amada Amy Rose.

Ele permaneceu calado por um instante, contemplando o estado lamentável dela. A perna lesionada a fazia tropeçar, enquanto o olho esquerdo inchado e púrpura sinalizava a severidade do combate que travou contra "alguém desconhecido". O seu traje estava desfeito e sujo, e o seu corpo estava repleto de cortes e escoriações. Eggman soltou um suspiro profundo e se inclinou levemente para a frente, mantendo os olhos frios nela. - Amy, admito que sinto uma certa pena de te ver dessa maneira. - A voz dele era cínico, mas continha um toque de falsa compaixão. - Você está... lamentável. Toda ferida, como se tivesse sido resgatada de um conflito de rua. Você não costuma ser o tipo de heroína brilhante e corajosa que costuma ser, não é?

Amy fechou os punhos, desconsiderando a dor que se espalhava pelo seu corpo. Mesmo em sua condição, ela não proporcionaria a ele a alegria de vê-la se enfraquecer. Ao seu lado, o pequeno Chao a observava com um semblante de desespero, mas antes que ele pudesse se manifestar, Amy se voltou para ele, sorrindo com esforço. — Calma, pequeno... eles não vão te prejudicar...— Ela afirmou:— Eu acho...—, mesmo com a dor que sentia. Orbot, que flutuava ao seu lado, aproximou-se devagar, com um olhar frio e vazio característico dos robôs.

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"Notas finais"

Desculpem a demora para lançar o capítulo! Tivemos bastante trabalho com a escola, e eu, Júlia, também estive ocupada escrevendo outra história que acabou com mais de 10 mil palavras. Esse capítulo ficou menor, mas espero que gostem!

Deixe sua estrelinha aqui!

Com carinho

Julia e Dressa!

The Awakening Of The Black Rose Onde histórias criam vida. Descubra agora