Entre Desejos e Conflitos

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A manhã de terça-feira amanheceu com uma leve brisa e o sol brilhando timidamente por entre as nuvens. Nathaniel acordou ainda sentindo a confusão da noite anterior. A masturbação pensando em Henry tinha deixado um resíduo de desejo e culpa que ele não conseguia sacudir. Levantou-se, tomou um banho frio na esperança de clarear a mente e se preparou para mais um dia de aulas.

Chegando à escola, Nathaniel encontrou Henry encostado na parede perto da entrada, conversando animadamente com um grupo de garotas. Os risos delas ecoavam pelo pátio, e Nathaniel não pôde deixar de sentir uma pontada de ciúme ao ver a maneira como Henry as fazia rir. Ele se dirigiu rapidamente para a sala de aula, tentando evitar qualquer interação desnecessária.

Durante a aula de biologia, Nathaniel se esforçou para se concentrar, mas os pensamentos sobre Henry continuavam a invadir sua mente. Ele se pegou olhando para o lugar onde Henry normalmente se sentava, imaginando como seria se as coisas fossem diferentes entre eles. Seus devaneios foram interrompidos pelo professor, que o chamou para responder uma pergunta.

"Nathaniel, poderia nos dizer a função das mitocôndrias?" perguntou o professor, com uma sobrancelha arqueada.

Nathaniel piscou rapidamente, voltando à realidade. "Ah, claro. As mitocôndrias são responsáveis pela produção de energia nas células, através do processo de respiração celular."

"Correto. Tente se concentrar mais, por favor," disse o professor, antes de voltar à sua explicação.

Quando o intervalo chegou, Nathaniel saiu para o pátio traseiro, esperando encontrar um pouco de paz e talvez ver Henry. Não demorou muito para que Henry aparecesse, com seu sorriso característico e uma energia contagiante.

"Ei, Nathaniel!" Henry chamou, acenando. "Venha, vamos conversar."

Nathaniel hesitou por um momento, mas acabou cedendo e se aproximando. "O que foi?" ele perguntou, tentando soar casual.

Henry deu um sorriso maroto. "Nada demais. Só queria ver como você está. Você pareceu meio distraído hoje na aula."

Nathaniel deu de ombros. "Estou bem. Só um pouco cansado."

Henry observou-o atentamente por um momento, como se tentasse ler seus pensamentos. "Sei como é. Às vezes, parece que a escola é mais um peso do que uma oportunidade, né?"

Nathaniel assentiu, mas antes que pudesse responder, uma garota se aproximou de Henry, tocando seu braço de maneira possessiva. "Henry, você vem comigo para o refeitório?"

Henry olhou para a garota, depois para Nathaniel, e deu um sorriso. "Claro, já estou indo." Ele se virou para Nathaniel. "Nos vemos depois, ok?"

Nathaniel apenas acenou, sentindo um nó se formar em seu estômago enquanto via Henry se afastar com a garota. A inveja e o ciúme queimavam dentro dele, mas ele se forçou a ignorar esses sentimentos e voltou para a sala de aula.

Durante a tarde, Nathaniel mal conseguia se concentrar nas aulas. Seus pensamentos estavam sempre voltando para Henry e para a noite anterior. Ele precisava de uma distração, algo para afastar esses sentimentos complicados. Decidiu, então, que se dedicaria ainda mais aos estudos, na esperança de que isso o ajudasse a esquecer.

No fim do dia, enquanto caminhava para casa, Nathaniel encontrou Henry novamente, desta vez sozinho. "Ei, Nath," Henry chamou, se aproximando. "Quer dar uma volta? Preciso espairecer um pouco."

Nathaniel concordou, e os dois começaram a caminhar em silêncio pelas ruas tranquilas do bairro. Após alguns minutos, Henry quebrou o silêncio. "Sabe, às vezes eu sinto que estou sempre correndo atrás de algo, mas nunca sei exatamente o quê."

Nathaniel olhou para ele, surpreso pela honestidade. "Eu entendo. Eu sinto que estou sempre tentando provar algo para mim mesmo, mas não sei se estou conseguindo."

Henry sorriu tristemente. "Talvez a gente esteja mais parecido do que pensa."

A conversa fluiu de forma mais natural depois disso, e eles acabaram parando em um parque. Sentaram-se em um banco, observando as pessoas passarem. Henry acendeu um cigarro e ofereceu outro a Nathaniel, que recusou educadamente.

"Eu sei que você não gosta muito disso," disse Henry, dando uma tragada. "Mas é a minha maneira de lidar com as coisas."

Nathaniel suspirou. "Cada um tem suas maneiras. Eu prefiro me enterrar nos estudos, mesmo que às vezes não funcione."

Henry riu suavemente. "Você é um cara interessante, Nathaniel. Mais do que imagina."

Nathaniel sentiu suas bochechas corarem levemente com o elogio. "Você também, Henry."

A noite começou a cair, e eles decidiram voltar para casa. Ao chegarem no prédio, Henry deu um tapinha amigável no ombro de Nathaniel. "Foi um bom dia. Precisamos fazer isso mais vezes."

"Com certeza," respondeu Nathaniel, sentindo uma estranha mistura de felicidade e frustração enquanto assistia Henry se afastar.

Mais tarde, já em seu quarto, Nathaniel deitou-se na cama, os pensamentos sobre Henry retornando com força total. Tentou afastar as imagens que surgiam em sua mente, mas era impossível. As lembranças do sorriso de Henry, de seus toques sutis, invadiam sua mente.

Sua mão deslizou para baixo, dentro das calças, enquanto ele se lembrava do olhar intenso de Henry. Começou a se tocar lentamente, os dedos explorando a pele quente. Sua respiração tornou-se pesada, e ele gemeu baixinho, imaginando Henry ao seu lado.

"Henry," murmurou Nathaniel, sentindo o desejo crescer dentro de si. Seus dedos se moviam com mais confiança agora, cada toque enviando ondas de prazer por seu corpo. Ele gemia suavemente.

Os gemidos de Nathaniel aumentaram em frequência e intensidade, cada vez mais altos. "Hmm... Henry," ele gemeu de forma manhosa, os olhos fechados, completamente perdido nas fantasias. A pressão dentro dele estava se acumulando rapidamente, e ele começou a se mover mais rápido, os gemidos transformando-se em pequenos gritos de prazer.

"Oh... Henry," arfou Nathaniel, sentindo-se à beira do clímax. "Henry!" ele gritou, o corpo arqueando violentamente enquanto alcançava o ápice. Sentiu cada onda de prazer tomar conta de seu corpo, deixando-o tremendo e ofegante.

Quando tudo terminou, Nathaniel ficou deitado na cama, respirando pesadamente e sentindo-se confuso. Ele nunca havia se sentido assim antes, tão vulnerável e excitado por alguém que ele mal conhecia.

Tentou regular a respiração, os pensamentos ainda turvos. Havia uma mistura de satisfação e culpa dentro dele. Nathaniel sabia que seus sentimentos por Henry eram complicados, mas não podia evitar. Algo profundo e primitivo dentro dele havia sido despertado, e ele não sabia como lidar com isso.

Desejos ImpetuososOnde histórias criam vida. Descubra agora