A escuridão que em mim habita - Alice e Jasper

ℂ𝕒𝕡𝕚́𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟞

ℂ𝕒𝕡𝕚́𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟞
𝙵𝚊𝚍𝚊𝚜 𝚎 𝚂𝚊𝚕𝚊 𝚍𝚘 𝚣𝚎𝚕𝚊𝚍𝚘𝚛

Continuar vendo os Cullen em suas aulas se tornou rotina para ambos os garotos, que começaram a evitá-los ainda mais. Mesmo que seus sentimentos conflitantes os falassem para se juntar a eles uma hora e depois para fugir.

Alguns dias se passaram até o final de semana onde Azrael teve que ajudar sua mãe como atendente na cafeteria.

Ele e Aiden foram a Secretaria alguns dias antes, tentando a todo custo mudar seus horários para que se encaixassem juntos, mas não deu certo pelo motivo que as salas todas já estavam cheias.

Ele ainda tentava arranjar todas as respostas que queria.

Seria mil vezes mais simples ganhar a confiança deles e ir perguntando aos poucos sobre serem vampiros, mas se recusava a isso, se xingando toda vez que cogitava a ideia.

E estava vendo o que fazer a respeito enquanto conversava com Aiden do outro lado do balcão, sorrindo vez ou outra quando Giselle passava.

A tarde de sábado estava tranquila no estabelecimento comercial, mas sua mãe havia insistido que a ajudasse já que nenhum dos funcionários poderia ficar aquele dia por motivos pessoais ou médicas.

Aiden olhava para a vitrine de doces, pensando se deveria pedir uma tortinha de maracujá e sofrer com as consequências de deixar todo seu dinheiro na loja da mãe do amigo.

– A tortinha vai estragar se continuar olhando pra ela assim. – O moreno riu, vendo os olhos verdes do amigo passearem entre ele e os doces.

– To pensando se vale a pena você me falir. – O feiticeiro sorriu, se ajeitando na banqueta do balcão e olhando ao redor, ansioso para encontrar aquele grupo de garotos para que pudesse finalmente tirar satisfação.

Vendo o olhar em seu rosto, pensou em o distrair pra que não pensasse em várias formas de bater nos pobres garotos que ficavam na mesa do canto e que hoje não estavam lá.

– Vou te contar algo mas não fala pra ninguém. – Azrael atraiu a atenção de Aiden, que já apurou os ouvidos como um belo fofoqueiro. – No fim do dia os doces não podem ficar de um dia para outro, então a gente leva pra casa pra comer.

Os olhos de Aiden brilharam pensando nos montes de doce que Az podia comer.

– Não vi nenhum na sua casa até agora. – O feiticeiro estreitou os olhos, desconfiando do amigo que deu uma olhada para a floresta.

– É porque até hoje nunca tinha sobrado. – O sininho melódico da porta fez barulho, anunciando novos clientes e que Az deveria atende-los. – Se ficar aqui até fechar eu te dou alguns de graça.

Aiden sorriu, balançando a cabeça em concordância genuína, querendo por toda lei os lindos e bem enfeitados doces que com certeza algum dia o fariam ter diabetes.

Em passos silenciosos como sempre eram, ele foi em direção a mesa de quem havia chego ali alguns segundos mais cedo, conseguindo ver os cabelos dourados e os fios espetados de quem estava fugindo a semana toda.

Suspirando, ele parou no meio do caminho, olhando a sua volta vendo se não havia nenhum outro funcionário disponível. Era óbvio que não havia.

Sua mãe tinha o levado até ali para ajudar justamente por esse motivo, então o fio de esperança que ele tinha foi rudemente arrebentado pela falta de algum outro trabalhador da cafeteria.

Respirou o mais fundo que podia, jogando os cabelos negros para trás fazendo sua visão ficar livre de qualquer tipo de obstáculo.

Olhou para os lados para se certificar que haviam pessoas o suficiente para que vissem a cena caso algum dos dois tentasse o atacar. Era quase certeza que eram seres sugadores de sangue, mas ainda queriam que eles mesmo confirmassem, mas pra isso precisavam se aproximar.