Cap 36

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📍São Paulo, BR

Ninguém entendeu nada, eles ficaram olhando um para outro esperando que alguém tivesse uma explicação para aquilo, Piquerez era o mais assustado entre eles, ele sofreu muito também.

- Oi gente. - Juliana falou.

- Vocês podem explicar o que está acontecendo aqui? - Foi a vez do Raphael perguntar.

- Vamos explicar tudo, mas antes quero que vocês conheçam o Miguel. - Meu sorriso ia de orelha a orelha.

- Nossa ele parece com você. - O idiota do Caio Paulista falou e todo mundo olhou pra cara dele.

- Descobriu isso sozinho foi ? - Juliana respondeu nos fazendo rir, provavelmente o ranço que ela tem dele ela não esqueceu.

Eu estava tão feliz que nem a presença desse maluco iria atrapalhar meu dia, depois de todo alvoroço conseguimos explicar para eles o que de fato havia acontecido e assim como eu todos eles ficaram chocados.

Juliana estava confortável com aquela situação, ela ria e conversava com todos, aproveitei e levei o Miguel pra conhecer o CT, eu ainda não consigo acreditar que meu filho está aqui, eu quis tanto isso e nem sei como agir, quero recuperar esses 2 anos que perdemos.

Decidimos almoçar pelo CT mesmo, Juliana conversava tranquilamente com o Joaquin, e pela cara que ele estava eu acho que ela lembrou dele.

Era por volta das 15h quando estávamos indo embora, Miguel puxou minha mão me fazendo olhar pra ele.

- O tio, você esqueceu uma coisa? Disse com um sorriso sapeca no rosto.

- O que amigão?

- O meu sorvete. - Esse menino é incrível.

- Ah, sim. O que acha da gente passar no mercado e comprar as coisas e montar nosso próprio sorvete em casa ? Isso se a mamãe deixar é claro.

- Podemos mamãe? - Pediu fazendo uma carinha de cachorro que caiu da mudança e eu acompanhei, não ia perder a oportunidade de passar mais tempo com eles, mesmo estando cansado.

Ela nos olhos e balançou a cabeça negativamente. - Vocês dois são muito cara de pau não acham ?

- Podemos comprar sorvete de morango também, era o seu preferido. - Disse e encarei seus olhos.

- Ainda é. - Respondeu sorrindo.

Fomos ao mercado e compramos tudo que tinha direito, Juliana ficou meio pistola porque tudo que o Miguel pedia eu comprava, é errado eu sei, mas entendam o meu lado também.

Estávamos em seu apartamento, fizemos um pouco de bagunça talvez, mas eu garanti para ela que ia ajudar a limpar, passamos a tarde inteira deitados no sofá assistido e tomando sorvete, até que ele dormiu.

Levantei e fui ajudar ela com a bagunça que tínhamos deixado ali.

- Não precisa se incomodar, pode ir pra casa descansar, sei o quanto o Miguel consegue ser cansativo.

- Eu não me importo, se você soubesse o quanto eu me imaginei vivendo isso, e o quanto eu estou feliz.

- Da pra ver na sua cara, você nem consegue disfarçar esse sorriso bobo.

Dei de ombros, eu sabia que era verdade. - Prefere lavar ou secar ? - Perguntei me referindo a pilha de louça suja que deixamos.

- Já disse que não precisa se preocupar com isso. - Rebateu, esquecer de ser teimosa ela não esqueceu né.

- Lavar ou secar Juliana?

- Você é muito insistente né?

- E você é muito teimosa.

- Prefiro lavar.

- Ótimo, eu seco e ajuda a guardar então.

Conversamos bastante enquanto terminavamos de organizar a bagunça. Ela disse que algumas coisas pareciam familiar para ela, e acreditava que logo conseguiria se lembrar.

No meio da conversa ela acabou me chamando de colombiano sem perceber, meu coração acelerou e me virei para encarar o seu rosto, os olhos dela brilhavam e eu me aproximei e podia sentir sua respiração se misturar com a minha.

Em um movimento rápido e por impulso eu a beijei, ela se assustou mas não recuou, parecia querer aquilo tanto quanto eu, foi um beijo apaixonado, tinha sentimentos, gosto de saudades, não tinha malícia ali. Paramos o beijo pela maldita falta de ar e eu encostei minha testa na dela tentando recuperar o fôlego enquanto fazia um carinho em seu rosto.

- Richard eu...

- Me desculpa. - Pedi, eu não deveria ter passado dos limites, é que foi demais pro meu coração te ouvir me chamar de colombiano.

Ela riu balançando a cabeça. - Eu só queria... - Iniciou e eu interrompi mais uma vez.

- É sério Ju, me desculpa mesmo, não quero estragar as coisas.

- Richard eu...

- Não precisa falar nada, vamos fingir que isso não aconteceu. - Nem terminei de falar e senti um beliscão na minha costela. - Ai mulher tá maluca ? Porque fez isso ?

- Pra você calar a boca e me deixar falar, eu ainda não lembro de você, e por mais estranho que isso pareça, ja que nos reencontramos tem 24 horas eu me sinto bem ao seu lado, como se de fato eu estivesse em casa, e o que faltava está completo agora, e quando ouvi te chamarem de colombiano hoje lá no CT senti algo diferente, te chamei assim de propósito, queria saber se eu não estava entendendo as coisas de uma maneira errada.

- E isso significa ? - Perguntei ansioso pela sua resposta.

- Significa que eu quero você faça parte das nossas vidas, quero que o Miguel veja você como uma figura paterna, mas podemos ir devagar sem atropelar as coisas ?

Ouvir aquilo foi demais pra mim, só perdeu para o beijo que inclusive eu já quero mais.

- Se não for pedir muito, assim... Só de vez em quando eu poderia por exemplo roubar alguns beijos ? Eu li que o contato físico ajuda a criar bons momentos.

- Você é terrível. - Respondeu rindo.

- Você considerar isso como um sim princesa. - Disse roubando um selinho dela que tentou me bater com o pano de prato e eu sai correndo.

Eu não tinha como cobrar mais que isso, não era justo com ela, para muitos podia parecer pouco o que ela estava disposta a me dar naquele momento, mas pra mim era o suficiente, ter a minha mulher e o meu filho ali comigo, eu sonhei muito com esse momento e mesmo que ela não consiga se lembrar de mim, eu vou fazer ela se apaixonar novamente.

..........

Mais um capítulo pra vocês

Juliana nada besta , lembra do colombiano? Não, deixar ele solto por ai? Óbvio que não.

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Até o próximo 😘









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