📍São Paulo, BR
Ela aceitou ir ao treino e também permitiu que eu ligasse para a Mariana e o Gabriel, combinamos de ir com calma, tanto em relação a ela quanto ao Miguel, não queremos causar ainda mais problemas.
Sai do seu apartamento avisando o horário que passaria amanhã para pegá-los também deixei meu telefone e informei qual era o número do meu apartamento e que se ela precisasse de qualquer coisa poderia ir me chamar.
Quando cheguei em casa liguei para Mariana.
- Alô?
- Mari, eu preciso te contar uma coisa, onde você tá?
- Oi, Richard eu acabei de chegar em casa.
- Ela tá viva!
Ela suspirou e demorou pra me responder.
- Richard, já tivemos essa conversa antes, você precisa procurar ajuda.
- Mari me escuta por favor, eles estão vivos, eu conheci o meu filho, ele é a minha cara sabia ? - Eu já estava chorando.
- Richard...
- Vocês precisam vim para cá, foi tudo um engano, um maldito engano. Eles não morreram, estão vivos, mas ela não lembra de nada.
- Richard que história maluca é essa ? Você bebeu ?
Eu contei tudo que havia acontecido nas últimas horas, Mariana chorava de um lado sem acreditar e eu chorava do outro, ela contou para o Gabriel e o mesmo já tratou de comprar as passagens para virem para o Brasil.
Isso tudo ainda era estranho mas eu sentia que tinha ganhando uma nova chance e essa eu não iria desperdiçar. Em 2 anos essa noite foi a primeira que eu consegui dormir sem precisar de remédio.
Na manhã seguinte Mariana me mandou mensagem avisando que estava tudo certo com o voo e em 3 dias estariam aqui.
Tomei um banho e fui direto para o seu apartamento, ela abriu a porta com o rosto amassado de sono, acho que acordei ela.
- Bom dia. - Sorriu sem mostrar os dentes - Estamos atrasados ? Eu pensei que o treino fosse às 11h.
- Bom dia, ainda são 8h mas pensei que poderíamos tomar café juntos antes de ir pro CT.
Ela sorriu e dessa vez eu não conseguir segurar o meu sorriso também.
- Me da alguns minutos pra me arrumar e acordar o Miguel.
Eu concordei com a cabeça e esperei ela sentado no sofá, alguns minutos depois o Miguel apareceu.
- Bom dia carinha, que roupa é essa ? Estamos indo pro treino, cadê a camisa do verdão ? - Brinquei enquanto ele ria e caminhava até o sofá pra sentar do meu lado.
- Tio não conta pra mamãe, mas a gente é pobre não tenho camisa do seu time.
Eu dei risada da sua fala, ele até parece comigo, mas essa língua afiada ai ele puxou da mãe.
- Então vamos combinar assim, o tio divide com você e a mamãe o meu dinheiro o que acha ?
Ele abriu o olhos surpreso. - É sério? E você tem muito dinheiro ? - Balancei a cabeça positivamente. - Mais que 2 reais ? - Aquilo me arrancou uma risada sincera. - Confirmei novamente e ele deu um pulo animado do sofá. Ela estava linda como sempre.
- Posso saber o que vocês estavam conversando? - Perguntou vendo a empolgação do pequeno.
- Mamãe o tio vai dividir o dinheiro dele com a gente e não vamos mais ser pobres.
Ela ficou vermelha e se engasgou com a fala dele.
- Gatinho que disse pra você que somos pobres ?
- Ué eu não tenho uma camisa do time do tio.
Rimos da sua inocência. Ela fez um pedido de desculpas silencioso com os lábios, balancei a cabeça confirmando que não foi nada.
- Que tal o tio te dar uma camisa bem bonita quando a gente chegar lá no CT ? E ainda te levar pra tomar sorvete depois ?
- Eu acho ótimo, fez um joinha com a mão.
Ele tem apenas dois anos e é muito esperto para sua idade, incrível como sabe usar as palavras, mesmo quando troca algumas letras.
- E então, vamos ? - Perguntei e eles me acompanharam até a o carro.
- Desculpa, eu vou providenciar o quanto antes - Eu disse quando vi que não tinha cadeirinha no carro.
- Tá tudo bem Richard.
Chegamos na padaria, trouxe ela para o lugar que costumávamos vim e aonde eu sei que vende o bolo que ela passou a gravidez comendo, talvez isso ajude ela lembrar de alguma coisa.
- Pode pedir o que você quiser carinha.
- Quero chocolate e pirulito. - Disse tranquilo.
- Ai você me quebra amigão, vamos tomar café primeiro e depois o pirulito pode ser ?
- Não esquece do chocolate tio.
Juliana observava nossa interação e vez ou outra repreendia o pequeno por algo que ele falava.
E como eu esperava ela pediu o bolo, esperei ela falar algo e assim ela fez.
- Posso perguntar uma coisa ? - Pediu.
- Claro.
- Porque nos trouxe aqui ?
- Pra tomar café?
- A verdade Richard.
- Durante a gravidez do Miguel você comeu muito bolo, inclusive saia no meio da madrugada para comprar, achei que trazendo você aqui pudesse te ajudar a lembrar de alguma coisa, funcionou?
- Talvez... Obrigado por isso.
- Sempre as ordens. - Pisquei para ela que sorriu.
Depois que tomamos café e compramos o chocolate e o pirulito, fomos em direção ao CT, diferente da Mari e do Gabriel, eu não contei para os meninos sobre ela, quero ver o susto que eles vão levar.
Pedi para eles aguardarem do lado de fora do vestiário enquanto eu entrava primeiro.
- Bom dia a todos.
- Bom dia Richar, você tá feliz ? O que aconteceu? - Menino perguntou
- Verdade, faz tempo que não vemos você sorrir. - Murilo continuou.
- Preciso contar algo pra vocês, cadê o Veiga e o Piquerez?
- Estamos aqui o que foi ? - Veiga perguntou.
- Quero mostrar uma coisa pra vocês. - Disse enquanto me virava pra sair do vestiário, todos ficaram parados esperando para saber do que se tratava.
- Qual é colombiano tá demorando muito. - Zé Rafael gritou.
Juliana me olhou quando ouviu aquilo e um brilho tomou conta dos seus olhos, segurei em suas mãos e peguei Miguel no colo, e juntos entramos no vestiário.
O silêncio tomou conta do lugar, os meninos olhavam em choque um para o outro, e eu só sabia sorrir.
- Pessoal a Juliana vocês já conhecem, apresento vocês o Miguel.
.........
Terceiro capítulo do dia ✔️
Vi que os capítulos anteriores ficaram com algumas palavras erradas, peço desculpa eu estava com sono kkkkk mas já estou revisando para que não volte a acontecer
Não esqueçam de votar e comentar o que estão achando
Até o próximo 😘

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A Escolha
FanfictionOnde duas pessoas com objetivos de vida completamente opostos se encontram e juntos vão descobrir que o destino é algo que por mais que a gente tente, não podemos lutar contra.