Capítulo 4

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 - Ei... Preciso te levar ao médico. Parece fundo esse corte.

- Eu estou bem...

- Não está nada bem Patrícia!

Ele me puxa me direção ao seu carro. Estava fraca demais para objetivar.

Todo o caminho ficamos em um silêncio mortal.

Ele abre a minha porta e caminhamos até a recepção.

Depois de algum tempo sou encaminhada para uma sala médica.

[...]

- Está tudo bem. Só algumas lesões pelo corpo. Terá algumas dores de cabeça decorrente dessa forte pancada que sofreu na cabeça. Esse corte em seu pescoço não é tão profundo, e tem sorte por isso. Caso contrário você não estaria mais aqui...

Aceno com a cabeça enquanto uma enfermeira me entrega dois comprimidos em um copinho. Logo em seguida me entrega um com água.

Nicolas ficou em um canto da sala apenas observando. As vezes eu notava como suas feições mudavam com cada informação do médico plantonista.

- A sua garotinha não sofreu nada de grave, mas a mãe deverá ficar de repouso. Por precação. Nada de exercícios muitos pesados durante uma semana. E evite comidas que podem causar indigestão como massas.

- Claro... Tudo bem.

Vejo o médico se aproximar, Nicolas entra em estado de alerta.

- Eu não sei o que aconteceu, mas... – ele parecia desconfortável. – se foi o seu marido ali, saiba que estamos aqui, ok? Iremos te apoiar. Se quiser denunciá-lo...

Seguro minha risada. – Oh! Não foi ele... Foi... Um ladrão...

Ele parecia impressionado.

- Oh... Entao... Qualquer dor que sentir... Venha até nós.

- Pode deixar...

Saímos em direção a minha casa, para pegar algumas coisas minhas. Nicolas insistiu para que eu fosse passar a noite em sua casa. Ele não poderia ficar ali comigo a noite inteira por causa do trabalho, mas ele garante que os seus funcionários estarão ali pra qualquer coisa.

- O que o médico lhe disse?

- Que deveria ficar de repouso e evitar...

- Não. O que ele te falou? Eu não pude escutar.

Estava de costas para ele. Minha risada estava prestes a explodir.

- Ele me disse que me ajudaria, caso quisesse te denunciar...

- ME DENUNCIAR?

- Ele acha que os meus ferimentos foram por agressão.

- Mas foram... – afirma cético.

- Não por meu marido... – sorrio.

A ficha cai. – Oh...

Ele parecia desconfortável.

- Sim... Expliquei que foi um ladrão...

- Pronta?

- Sim... – estava com uma pequena mala de mão. Tinha o essencial. Algumas roupas, minha nécessaire.

- Então vamos.

o

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