Sinto alguma coisa em meu ombro. Me remexo para tentar afastar algum possível inseto, mas logo volta. Tento afastar com a mão, mas sou impedida com um riso baixo em rouco.
A ficha cai. Eram pequenos beijos. De Nicolas.
- Bom dia... – sinto seus braços me rodearem. Sorrio.
- Bom dia.
- Está com fome?
Solto uma risadinha. – Aham...
- Hm... Interessante.
Reparo que ainda estava nua, mas não ligava. Me viro para ficarmos cara.
- Está dolorida? – pergunta alisando minha cara.
- Não... Deveria?
Ele nega com a cabeça.
- Foi bom para você assim como foi pra mim?
Um lento sorriso começa a despontar em meu rosto.
Um flashback vem rapidamente em minha mente.
Eu estava com minhas pernas em cada lado de sua cintura. Meu corpo estava subindo e descendo no ritmo que Nicolas me impôs. Ele me ajudava como podia. Segurava minha cintura enquanto nossas bocas se duelavam.
- Sim. – respondo. – Foi muito bom...
- Vem... Vamos tomar café.
Reparo que ele já estava vestido. E que, pela luz que estava entrando pela janela, já estava um pouco tarde.
- Ainda dá tempo de tomar um café. Não se preocupe... – Nicolas parecia ler minha mente as vezes. Pensava se ele não era um desses vampiros de alguns filmes...
- Posso me trocar?
Ele nega lentamente com a cabeça. – Está linda com meu lençol em volta do seu corpo. Estaria mais linda ainda se estivesse sem ele...
Não sei porque, mas fico muito vermelha. Abaixo a cabeça para esconder o enorme sorriso que estava esculpido em meu rosto.
- Estarei lá embaixo te esperando, ok?
Ele sai fechando a porta. Corro para o banheiro e começo me arrumar.
[...]
Depois de tomar um delicioso café, Nicolas se despede com um longo beijo.
- Qualquer coisa me ligue. – ele beija o topo de minha cabeça e saía da cozinha.
- Até mais! – grito.
Suspiro. Estava muito mais que feliz...
Depois de ajudar a governanta da casa, uma senhora educada e muito simpática chamada Cida, decido assistir alguma coisa na TV.
Não dá meia hora quando o telefone toca.
- Eu atendo! – grito. O telefone estava do meu lado. Não custava nada atendê-lo.
- Alô?
- Olá querida Patrícia... – congelo. Meu coração parou de funcionar. – Só estou te ligando para te informar que sei onde está. E não importa com quem more, eu vou conseguir terminar o que comecei na sua casa. Tenha um bom dia...
Não sei quanto tempo fiquei segurando o telefone em minhas mãos escutando o contínuo barulho da linha.
Depois de lembrar como respirava, disco imediatamente o número de Nicolas, rezando para que me atendesse antes que eu desabasse em um choro.
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Acordo a Dois
RandomSPIN-OFF DE CONTRATO DE CASAMENTO PLÁGIO É CRIME! Patrícia Alencar sofreu muito no passado. Julgava ser amada por homem quando ninguém mais a amava. Sua vida virou um caos quando descobre que Alexandre, seu namorado, era um traficante e que estava s...