Capítulo 9

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Sinto alguma coisa em meu ombro. Me remexo para tentar afastar algum possível inseto, mas logo volta. Tento afastar com a mão, mas sou impedida com um riso baixo em rouco.

A ficha cai. Eram pequenos beijos. De Nicolas.

- Bom dia... – sinto seus braços me rodearem. Sorrio.

- Bom dia.

- Está com fome?

Solto uma risadinha. – Aham...

- Hm... Interessante.

Reparo que ainda estava nua, mas não ligava. Me viro para ficarmos cara.

- Está dolorida? – pergunta alisando minha cara.

- Não... Deveria?

Ele nega com a cabeça.

- Foi bom para você assim como foi pra mim?

Um lento sorriso começa a despontar em meu rosto.

Um flashback vem rapidamente em minha mente.

Eu estava com minhas pernas em cada lado de sua cintura. Meu corpo estava subindo e descendo no ritmo que Nicolas me impôs. Ele me ajudava como podia. Segurava minha cintura enquanto nossas bocas se duelavam.

- Sim. – respondo. – Foi muito bom...

- Vem... Vamos tomar café.

Reparo que ele já estava vestido. E que, pela luz que estava entrando pela janela, já estava um pouco tarde.

- Ainda dá tempo de tomar um café. Não se preocupe... – Nicolas parecia ler minha mente as vezes. Pensava se ele não era um desses vampiros de alguns filmes...

- Posso me trocar?

Ele nega lentamente com a cabeça. – Está linda com meu lençol em volta do seu corpo. Estaria mais linda ainda se estivesse sem ele...

Não sei porque, mas fico muito vermelha. Abaixo a cabeça para esconder o enorme sorriso que estava esculpido em meu rosto.

- Estarei lá embaixo te esperando, ok?

Ele sai fechando a porta. Corro para o banheiro e começo me arrumar.

[...]

Depois de tomar um delicioso café, Nicolas se despede com um longo beijo.

- Qualquer coisa me ligue. – ele beija o topo de minha cabeça e saía da cozinha.

- Até mais! – grito.

Suspiro. Estava muito mais que feliz...

Depois de ajudar a governanta da casa, uma senhora educada e muito simpática chamada Cida, decido assistir alguma coisa na TV.

Não dá meia hora quando o telefone toca.

- Eu atendo! – grito. O telefone estava do meu lado. Não custava nada atendê-lo.

- Alô?

- Olá querida Patrícia... – congelo. Meu coração parou de funcionar. – Só estou te ligando para te informar que sei onde está. E não importa com quem more, eu vou conseguir terminar o que comecei na sua casa. Tenha um bom dia...

Não sei quanto tempo fiquei segurando o telefone em minhas mãos escutando o contínuo barulho da linha.

Depois de lembrar como respirava, disco imediatamente o número de Nicolas, rezando para que me atendesse antes que eu desabasse em um choro.

Acordo a DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora