N I C O L E
Toco em minha barriga, pensando como minha menininha será. Como será seu choro, seu rosto, corpinho e a cor dos olhos.
Tô tão feliz, mais ao mesmo tempo triste. Depois do surto que tive sobre o sonho, tive que ficar no hospital, e só vou sair depois que a bebê nascer. E tô um pouco nervosa.
Nessas últimas semanas foram horríveis, Nathan não deixa eu pisar no chão se não algo importante, então nem andar estou andando. Me dá uma raiva ele fazer isso. Sei que se preocupa, mais pô cara, fica chato assim.
- Vai querer alguma coisa? - Ouço o perguntar e nego - Mas você tem que comer, princesa! - O olho e deito de lado.
- Já disse que não quero, Nathan! - Digo sem paciência.
- Tá bom. - Diz por vencido - Se quiser trago algo para você depois. - Ouço o estofado da cadeira murchar.
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Olho meu pai e fico de cara fechada. Ele está me dando lição de moral. É brincadeira, né?
Só por que eu não quis comer?
- Entendeu? - Não respondo e pego o meu celular. Sei que estou sendo infantil, mais tô com raiva. Tô sendo tratada igual criança - Borboleta ele só quer o seu bem, não seja assim. - Fala mais continuo a ignorar.
- Princesa, fala alguma coisa. - Diz e o olho é depois para o meu pai. Faz dias que estou assim. Não posso andar pelos corredores desse hospital, não posso comer sozinha, e tomar banho? Nem se fala. O pior é Nathan querer me levar até para fazer xixi.
- Quero que os dois saiam. - Digo simples e volto a mexer no celular.
- Como? - Os dois perguntam juntos.
- Não ouviram? Quero que vocês dois saiam daqui. - Repito e ouço os dois rirem - Não tô brincando, cansei de ser tratada igual criança. Eu sei que é para o meu bem, mais cansei de estar assim. Não consigo fazer nada se vocês não deixam, não posso fazer porque posso me machucar. Eu preciso sair um pouco daqui, andar, nem que seja daqui do quarto até o final do corredor, só quero sair daqui! - Digo quase gritando - Então, peço que saiam, por favor. - Termino de falar e respiro fundo.
- Nós não vamos sair. Se a gente sair você vai fazer algo que pode fazer mal ao bebê...
- Nathan, acho que não entendeu. Os dois estão me sufocando. - Digo já sem paciência - Eu preciso de espaço, se vocês me fazem mal, fazem a bebê mal. Então saiam agora deste quarto. E se não saírem vou chamar uma enfermeira, porque eu não estou mais aguentando. - Quando o olho ele está triste? - Entenderam? - Pergunto e os dois concordam e saiem. No mesmo instante sinto que posso respirar melhor. Sorrio e acaricio minha barriga.
De vez em quando, as pessoas, mesmo querendo fazer bem, fazem mal a pessoa. É tão sufocante isso. Parece que você vira dependente de alguém, e se não fosse por essa pessoa, você não estaria vivo. Que raiva!
Pela primeira vez em duas semanas, me levanto sem ajuda de ninguém e vou até a janela, e fico admirando a paisagem.
Agradeço por poder ver isso todos os dias. É tão incrível.
Não vou mentir, tenho uma vida dos sonhos. E que é incrível, mais nem sempre a vida é de bons momentos, e sim repleta de dificuldades e desafios que nos tornam mais forte a cada dia. ___________________________________________
Oi gente!
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Até o próximo capítulo!
Bjs!!!
Belly
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Meu Chefe
RomanceUm chefe possessivo e uma secretária estressada. Será que essa relação vai dar certo?
