N I C O L E
Sinto meu rosto corar quando ele chegar mais perto de mim. Mesmo o elevador sendo, consideravelmente, grande, ele está bem perto.
- Aonde mora? - Nathan pergunta do nada.
- Por que? - O respondo com outra pergunta.
- Para te levar lá. - Diz simples.
- Não precisa. Já é o rotina eu ir sozinha. - Ele ri e não entendo.
- Querida, se eu te falei que vou te levar não tem para que discutir. E ponto. - Diz ficando sério. Merda!
O elevador continua a descer e o silêncio começa a ficar desconfortável. Então decido mudar essa tensão.
- Eu moro a cinco quadras daqui. No segundo prédio a direita. - Digo e ele me olha.
- Achei que nunca iria me falar. Eu ainda não tenho uma bola de cristal. - Rio do que o mesmo disse.
- Desculpa, é que meus professores sempre diziam isso quando os questionavamos perguntando se sabiam de algo que queríamos contar. - O olho e percebo seu interesse pelo que falo.
- Não se desculpe, eu sei como é isso. Os professores fazem isso de vez em quando. - Quando ele acaba de falar o elevador abre. Nossa nunca demorou tanto para um elevador descer. Credo!
Nathan aponta para um carro, e percebo que é o seu. Uma linda BMW. Prefiro a minha Ranger Rover, mais enfim.
Me sento e sinto a maciez do couro do carro. Que delícia!
Só sinto meus olhos pesarem e apago.
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Sinto um carinho sendo feito em meu rosto, uma mão quente e macia.
- Querida, acho que tá na hora de acordar. - Ouço sua voz rouca e logo abro meus olhos.
- Meu Deus! Desculpa! - Digo por impulso pego em sua mão que aperta a minha de leve - Não foi por querer, eu tava cansada e não percebi. Sério, me desculpa. - Falo tentando normalizar a minha respiração.
- Você tá bem? - Nathan me pergunta e o olho, nego com a cabeça.
Quando eu era pequena meu pai vivia tendo brigas com a minha mãe. Uma certa noite, minha mãe decidiu fugir comigo, mas o plano dela não deu certo. Já que eu acordei no susto e acabei caindo no chão.
Minha mãe fugiu, e eu fiquei sozinha com o meu pai. Eu foi assim que eu descobri que minha mãe não prestava.
Toda vez que alguém me acorda no susto lembro daquela noite. Eu e meu pai choramos tanto. Meu pai, por amar a minha mãe, e eu por a considerar a pessoa mais legal que já conheci.
Sinto lágrimas rolarem pelo meu rosto, entoa pego minha bolsa e saio do carro com pressa. E entro no prédio correndo.
Abro a porta do apartamento e assim que vejo meu pai, corro para os seus braços.
- O que foi minha borboleta? - Ele pergunta, me chamando pelo apelido que ganhei na infância.
- Eu não gosto disso. - Digo, e ele identifica na hora. Sempre foi assim, é tipo um código ou sei lá.
Acabo por dormir em seu colo, e sinto ele né colocar na minha cama, como fazia quando era pequena.
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Ouço o despertador ligar, mais prefiro ignorar.
Hoje eu irei tirar um dia para mim. Aí você se pergunta, mais Nick você não tem que ir trabalhar? Sim, mas hoje eu no tô me sentindo muito bem. Não fisicamente, e sim mentalmente. Preciso relaxar.
Depois eu vou mandar um e-mail para Nathan, e mandar a agenda de seu dia. Que por ironia não tem quase nada.
- Bom dia, borboleta. - Meu pai diz entrando no quarto com uma bandeja com café da manhã. Bons tempos em que ele sempre fazia isso.
As vezes sinto saudade de ser criança, mais depois me lembro dos traumas que sofri durante ela.
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Oi gente! Capítulo curto pois a autora está com preguiça.
Não se esqueçam de votar e comentar!
Até o próximo capítulo!
Bjs!!!
Belly
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Meu Chefe
RomanceUm chefe possessivo e uma secretária estressada. Será que essa relação vai dar certo?
