No morro

04

Manuela

4 anos atrás..

Cheguei a pouco tempo aqui no morro do vidigal e já arrumei confusão para a minha vida, essa confusão tem olhos castanhos e um sorriso de deixar qualquer mulher louca.

O Guilherme entrou pela porta da frente com a maior cara lavada do mundo, uma cara de sonso.

Gui: fala minha gatinha.-se jogou ao meu lado no sofá me abraçando enquanto depositava um selinho nos meus lábios.

Já fazia um tempinho que a gente tava se envolvendo, nada sério não, apenas ficando sem compromisso.

Manu: demorou a chegar porquê?.-devolvi o selhinho que ele deixou nos meus lábios e encarei ele.

Os olhos dele era a minha parte favorita nele, tinham um brilho diferente, a maneira que ele sorrir.

Ao poucos esses detalhes sobre ele foram ficando na minha mente cada vez mais, o que não era nada bom.

Gui: tinha parado ali no bar com os moleque, vitin tava enchendo meu saco lá, falando que eu tinha deixado você em casa.- falou e passou a mão no meu cabelo.

Vitin que apresentou a gente, aos poucos a gente foi saindo e conversando, e hoje estamos nisso aí.

Eu estaria mentindo se eu falasse que não sinto nada pelo Guilherme, porém a vida que ele leva é totalmente nova para mim.

Nunca fui rica e nem nada assim, porém isso de se envolver com gente que é desse mundo é uma coisa totalmente diferente para mim.

Eu fico vendo o quanto essas mulheres são humilhadas por esses caras, são cornas, ficam careca, apanham, vai no baile e tem que ouvir indireta de amante.

Isso é uma coisa que eu não consigo entender, esse mundo é algo que eu acho que nunca vou entender.

O gui já quis que a gente se envolvesse mais sério, vocês acham que eu aceitei? Que nada, gosto muito mesmo do nosso lance, porém tenho um pé atrás nisso.

Manu: Já te falei para não ficar usando essas coisas, uma hora você vai ter uma overdose e eu quero vê.-falei quando vi ele tirar um pacotinho com pó branco dentro.

Gui: Deixa de ser neurótica, minha gata.-falou me puxando para o colo dele.

Apoiei cada perna minha de uma lado dele, conseguia sentir seu pau marcando através da bermuda que ele usava.

A mão dele deslizou pelo meu pescoço dando uma apertadinha e eu arfei contra a boca dele, se tinha algo que ele enlouquecia era quando eu tava umas reboladas lentas em cima dele.

Gui: Assim você me mata.-falou zoando no meu ouvido.

Na hora que ele ia tirar minha blusa ouvimos barulho de fogos, ele deu um pulo na mesma hora.

Gui: Qual foi, Manuela! Vai para o quarto e se tranca lá, fica tranquila e não sai daqui por nada.-falou me arrastando até o quarto.

Manu: Gui, não vai. Tô sentindo que isso vai dar merda.- falei com a voz chorosa, sempre que ele ia para esses confrontos eu ficava com a mente a mil.

Não ter a certeza se vai ser a última vez que vou ver ele, sentir o cheiro dele, o abraço, beijo..

Gui: Você tá ligada que eu sempre volto, te amo, minha gata! Se cuida, logo mais tô aí.-falou deixando um selinho nos meus lábios e foi embora.

Me tranquei no quarto e é agora que o sufoco todo começa, não saber que horas vai acabar, quantas pessoas vão ser feridas.

Tenho fé que o vitin é o gui vão sair bem disso, fiz minha oração rapidinho e fui ficar quieta na minha, esperando tudo isso acabar e eu poder ver o gui de novo.

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Sem revisão