+ 18 | Dark romance
Livro 2 da série crushed hearts
"Ele era a tempestade mais cruel do verão, e ela, a calmaria de um dia ensolarado... ou não."
Um vasto mar de chamas e caos dominava ambos.
Ela sabia das merdas que o pai fazia, mesmo assim, tinha...
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"Trovão, sinta o trovão"
Thunder | Imagine Dragons
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Florença, Itália. Meses antes.
Os gritos, cortando o rugido da tempestade, me fizeram pular da cama. Me revirava sob os lençóis, meu medo dos trovões e da água que caía pesadamente sobre o teto se misturava ao pavor que eu sentia por dentro, devido aos gritos altos de papai.
Os gritos vinham do escritório de meu pai, aquele lugar que ele raramente deixava. Depois de tudo o que descobri sobre ele, um receio profundo me impelia a evitar aquelas enormes portas. A perspectiva de ver o que ele sempre fazia me aterrorizava.
Vê-lo desfrutar de algo sujo. Vê-lo amedrontar crianças e obrigá-las a...
Engoli em seco. Minhas mãos tremiam enquanto eu girava a maçaneta. No momento em que meus olhos percorriam a vasta sala, um trovão estourou contra a enorme janela central, projetando uma sombra imensa e sinistra que se destacava na penumbra.
Gritei tão alto que minha voz ecoou pela sala. Corri para dentro e vi o homem marcando a cabeça de meu pai com uma cruz. Ele o mantinha de joelhos, uma arma em uma mão e um canivete na outra, que cortava sua testa com uma precisão cruel. Meus olhos estavam arregalados, tão dilatados de terror que paralisei.
O estrondo do tiro soou como um trovão, e o grito que tentei emitir morreu em minha garganta. O homem me encarou, um brilho enigmático estampado em seus olhos. Embora as luzes baixas escondessem seus traços, seus olhos eram evidentes-escuros como a noite lá fora e reluzentes como os raios da tempestade.
Ele se aproximou da enorme janela, lançando o corpo sem vida de meu pai para trás com um impulso da perna direita. Com um gesto lento e meticuloso, começou a escrever algo no vidro. Suas palavras ficaram gravadas como uma ameaça fria e calculada: "Feliz aniversário, rainha do submundo."
Meu peito gelou.
Os bilhetes. Todos aqueles bilhetes foram enviados por ele. Os animais.
Quase vomitei, mas meu corpo estava paralisado. Um raio estourou lá fora, e, no clarão momentâneo, o homem levantou lentamente a balaclava que escondia seu rosto. Apenas sua boca apareceu, e, antes que eu pudesse reagir, ele me puxou com força, capturando meus lábios em um beijo forçado e dominador.
Ele mordeu meu lábio inferior, sugando-o. E no momento em que minha boca se abriu, ele enfiou a língua dentro da minha boca. Estava paralisada e parecia encantada. Ele me devorou sem me dar liberdade de protestar. Me tomou em seus braços e suas mãos apertaram minha bunda com tanta força que meu corpo estremeceu. Seus lábios sugavam minha língua. Ele tentava me beijar, mas eu estava em total choque. A mercê de um dilúvio de lágrimas.
O homem me empurrou para o chão, me deixando atônita, enquanto depositava três selinhos apressados em meus lábios. Em seguida, se afastou e chutou as janelas, abrindo-as com um golpe árduo. Sem hesitar, ele se lançou da sacada.
Minhas mãos foram instintivamente até os lábios, enquanto eu começava a gritar desesperadamente. Meu olhar se fixou no corpo de meu pai, estendido no chão, a marca de cruz em sua testa. Era a mesma marca encontrada em um cadáver, descoberto no rio há dois anos e meio.
O ar gélido tomou conta da minha pele. Que estava à mostra, devido ao fino tecido do meu Slip dress. As alças estavam caídas em meus ombros. Meus joelhos caíram com tudo no chão.
Por mais que eu soubesse tudo o que meu pai havia feito, tanto no passado quanto no presente, esta não era a forma que ele deveria pagar.
- Senhorita Moretti? - A voz de um dos funcionários soava cada vez mais próxima. Mas eu não conseguia me concentrar em mais nada, em ninguém.
Meu pai estava morto, estendido diante de mim, seu corpo ensanguentado. Ele não teve tempo de implorar. Assim como...
Assim como todas as crianças que ele abusou em algum momento de sua vida. Assim como as mulheres com quem ele dormiu enquanto minha mãe sofria com a perda de meu irmão. Assim como todos os bolos de dinheiro da revista de minha mãe.
Ele pagou.
Ele sempre mereceu pagar, se essa era a consequência por tudo o que fez. O choro e o choque não eram pela sua morte, mas pela dolorosa realidade de presenciar sua partida.
De presenciar aquele tiro merecido, sendo cravado bem no centro de seu crânio.
Os funcionários da casa começaram a aparecer, mas eu não conseguia me mover nem me levantar do chão. Senti algo sendo colocado sobre mim, uma coberta. Todos pareciam estar em choque; quando a luz foi acesa, os olhares desesperados eram evidentes. Me perguntavam quem havia feito aquilo, gritavam, mas eu não conseguia pronunciar uma única palavra. Estava em puro choque.
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Espero que tenham gostado desse gostinho rápido!
Lembrando que a interação é extremamente importante para que eu dê continuidade a história, dito isso, votem e comentem bastante!!