CAPÍTULO 02

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"O diabo no meu cérebro, sussurrando meu nomeEu posso ouvi-lo dizendo (ah, ah, ah)Eu posso aliviar a dor"

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"O diabo no meu cérebro, sussurrando meu nome
Eu posso ouvi-lo dizendo (ah, ah, ah)
Eu posso aliviar a dor"

Kill My Mind | Louis Tomlinson

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Florença, Itália.
2019.

Meus passos eram precisos. Assim que parei em frente às enormes portas de carvalho, prendi a respiração. As portas rangeram ao serem abertas, e um ar frio caiu sobre meu corpo, arrepiando-me por completo. Ao respirar fundo, o cheiro forte de produto de limpeza me envolveu - o mesmo odor que Leonel Moretti obrigava os funcionários a deixarem impregnado em seu escritório. O mesmo cheiro que ele adorava.

Alecrim com toques de lavanda. Era sempre o mesmo cheiro, uma combinação que se fixava no ar, evocando memórias e sensações. Uma fragrância que trazia à tona a familiaridade de momentos passados, entrelaçando nostalgia, conforto e pesadelo, como um sutil convite a revisitar o que foi.

No segundo em que caminhei para dentro do enorme escritório, senti meu celular vibrar com uma certa persistência. Retirei o aparelho de meu bolso, que vibrava há alguns minutos. No instante em que encarei a notificação de depósito, meus olhos se arregalaram.

Ele depositou sete mil a mais.

Quem é esse cara? Um empresário? Um mafioso?

No meio da confusão, um recado se destacou:

"Enviei isso a mais para você descomplicar. Daqui a duas semanas, haverá uma festa. Você irá, sei disso, porque todas as suas amigas estarão lá. Conta-me sobre a porra da sua fantasia."

A mensagem, direta e provocativa, despertou uma mistura de curiosidade e apreensão. O que ele realmente queria?

Inspirei fundo.

Uma festa de Halloween se aproximava, com alguns amigos se reunindo para arrecadar fundos para nossa antiga faculdade. Como havia prometido a June que estaria lá, não poderia retroceder - fiz essa promessa há sete meses.

FIRE STORMOnde histórias criam vida. Descubra agora