FAITH BELL tinha a vida perfeita que sua mãe sempre havia sonhado para ela desde do ventre: estudava na melhor escola de contos de fadas, namorava o filho de Peter Pan e era melhor amiga do herdeiro de Auradon. Seu único defeito era ainda não ter al...
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FAITH BELL GOSTAVA DE como sua vida estava se encaminhando e como tudo parecia estar dando certo, tirando a parte do seu lado fada que não aparentava gostar muito da garota – se não, já teria aparecido. –, mesmo assim não era vista reclamando de como estava sendo.
Sua vida era monótona? Claro, mas Faith carregava consigo um ditado de que o melhor que poderia alcançar para ser feliz seria a monotonia, assim não ficaria presa a nada efêmero. Principalmente relacionamentos e assuntos do coração.
Entretanto, era difícil orquestrar a mente das pessoas para que elas entendessem todo o processo, pois ter um namorado meio que quebrava a maioria de suas falas. A garota não achava que Jack Pan era um enorme risco, mas também não o odiava.
Era uma relação complicada, porém ao mesmo tempo era tudo que sua mãe esperava dela – afinal, Jack ainda era provindo da prole de Peter Pan. – e uma parte de si, que ela não sabia o tamanho, apreciava a companhia do garoto. Apesar disso, ela entendia que não era amor e esse tinha sido o fator definitivo para que ficasse com ele.
Ter crescido apenas com a companhia de Tinker Bell a fez criar uma personalidade calada e observadora, pois aprendeu desde de muito nova que era melhor obedecer cegamente à mãe do que discordar de qualquer mínima coisa que ela tenha proferido. As marcas em suas costas falavam por si só.
Existiam algumas cicatrizes esbranquiçadas pelo tempo e algumas mais rosadas, eram todas feitas por ataques de raiva da mãe. Se tinha algo que Tinker possuía, era criatividade. A monstruosidade nas costas da filha mostrava isso, já tinha quebrado tanto uma garrafa de bebida no local quanto a jogado em uma roseira cheia de espinhos.
Faith aprendeu sozinha a se cuidar e a limpar os próprios ferimentos, ela duvidava se ainda tinha lágrimas a sua disposição para chorar quando bem entendesse. Era capaz de seus canais lacrimais tenham parado de funcionar após tê-los usado demasiadamente em sua infância.
Claro que suas costas se tornaram seu segredinho mais sórdido, por causa disso estava bem desconfortável provando o vestido que Evie fez para si. Ninguém além de Ben sabia de onde as cicatrizes tinham vindo, e ela só contou porque ele a viu jogada no meio do salão depois de um dos ataques da fada mais velha.
