Plano A

4

Estava me arrumando quando meu meu pai bate na porta do meu quarto e entra logo em seguida.

-vai sair com o Mitsuki?

-vou sim.

-espero que dê tudo certo. Mas lembre-se que você não é obrigado a nada, ok?

-eu sei. Estou fazendo isso porque eu quero, não se preocupe.

-você está com os exames em dias?

-que tipo de exames pai?

-Mitsuki não gosta de fazer sexo com camisinha, por isso estou perguntando.

-é mó estranho você saber isso.

-não me olhe assim. Eu só sei porque um dia eu cheguei em casa e peguei o Menma e ele conversando sobre isso.

-não se preocupe, eu estou sempre fazendo exames, mesmo que eu nunca tenha feito sem camisinha.

-ok,ok. Se divirta, tá? E esqueça empresa, sociedade, paparazzi. Só aproveita a noite e a companhia.

-tudo bem. Como eu estou?

-muito lindo! Como sempre, né? Você é a minha cara, não tinha como estar diferente.

-oh o ego do gato. Mas obrigado.

-já está na hora, não?

Olho no relógio, 19h50.

-sim. Eu já vou descer para esperar ele.

-preciso te esperar acordado?

-eu não pretendo voltar pra casa hoje.

Meu pai da um sorriso malicioso e me acompanha até a porta.

Eu desço as escada e quando chego na sala, encontro com minha mãe sentada no sofá. Não digo nada e me sento em uma poltrona para esperar Mitsuki. Minha mãe me olha estranho, mas não diz nada.

20h em ponto, ouço uma buzina e saio de casa me deparando com uma Lamborghini Huracan branca e Mitsuki encostado nela.

-belo carro.

-gostou? Quase não uso ela, eu morro de ciúmes, mas hoje eu decidi colocar ela na pista.

-me surpreendeu.

Mitsuki sorri e abre a porta do passageiro para mim, logo entrando no lado do motorista e saindo com o carro.

O ronco do motor e a velocidade que ele dirigia, fazia com que uma adrenalina diferente corresse pelas minhas veias.

Não demorou muito e chegamos em um restaurante. Ele parece chique, mas não tão extravagante.

Entramos no restaurante e o garçom nos direcionou a uma mesa mais ao fundo. O ambiente aqui é agradável. O restaurante é sofisticado e mais ao fundo, percebo uma espécie de bar.

Quando chegamos a mesa, Mitsuki puxa a cadeira pra mim, e logo em seguida senta em minha frente.

Eu passei tanto tempo longe, que eu estou desacostumado com a culinária japonesa, então peço Mitsuki para escolher os pratos, e eu escolhi o vinho.

A companhia foi agradável. Conversamos sobre vários assuntos, nos conhecemos, brincamos, sorrimos. Foi algo memorável.

Quando terminamos de jantar, Mitsuki me chamou para tomar uns drinks no bar. Ele optou por bebidas sem álcool, já que estava dirigindo e ele já tinha tomado duas taças de vinho.

Não sei em que momento que surgiu a tensão sexual entre nós dois, mas depois de alguns drinks, eu já estava me sentindo quente, ainda mais com o sorriso que Mitsuki direcionava a mim.