capítulo seis. quando foi que você começou a amar o vôlei?

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capítulo seis. quando foi que você começou a amar o vôlei?

Ser atleta podia ter diversas definições, no dicionário por exemplo é aquele que pratica qualquer tipo de esporte

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Ser atleta podia ter diversas definições, no dicionário por exemplo é aquele que pratica qualquer tipo de esporte. Mas quando se vive no corpo de um atleta pode ter certeza que a definição é mais vasta e complexa do que somente alguém que pratica um esporte. ' são esforços diários cobranças excessivas, o medo de perder, o medo de ganhar e não ser o suficiente. O medo, a angústia, impotência, insegurança e insuficiência.

Um atleta machucado ou impossibilitado de continuar no seu esporte ainda pode ser considerado um atleta? Era o que todos os dias Asuka pensava deitada na maca, em observação. Não sabia se um dia voltaria, e estava com medo. Mas tudo o que pensava foi quando decidiu se aproximar do esporte. Quando foi que ela decidiu que se tornaria libero, quando foi que ela decidiu treinar tanto e realmente gostar do que fazia? Quando ela quis ser uma atleta, quando ela quis passar pela dor, e mesmo sofrendo nada mais substituiria aquele sentimento de estar na quadra?

Ela tentava se lembrar, e quando lembrava doía demais.

Não era simplesmente passar por aquela recuperação que mudaria tudo o que ela passou. Voltar a andar sem muletas não faria a garota esquecer facilmente tudo o que aconteceu com essa durante aquele período. Foi tantos tratamentos, remédios que eram além da dor que ela sentia fisicamente. Mentalmente sua cabeça estava falha, a dor era tanta dentro do seu peito que ela sentia como se seu interior tentasse gritar, como se tudo dentro de si estivesse revirado, amarrado, machucado. A angústia corria pelo seu sangue constantemente, e nada a salvava.

A garota nunca quis cuidar de sua saúde mental, inclusive, era umas suas menores preocupações durante a adolescência. Talvez se tratado antes, seus problemas de auto-estima seriam resolvidos e não a afetariam tanto assim. Mas começar o tratamento já era um grande passo para sua melhora. Após o acidente, sua mãe a colocou em uma sessão para ver com a roxeada se sentiria e reagiria.

Obviamente o começo foi péssimo. Se abrir não era fácil, era como se estivesse vendo a si mesma fragilizada, com as feridas abertas, que todos que vissem podiam rir, julgar e tocar justamente onde dói. ' foi um longo período até a garota finalmente se soltar e começar a aceitar que ela precisava de ajuda, aceitar que sozinha não podia se curar.

── Você me contou sobre o vôlei e o quanto ele é importante para você. ─ A psicóloga seguia com a sessão, e Asuka apenas concordava com a cabeça, seguindo para onde sequer ela levaria a conversa. ── Você sabe me dizer quando foi que começou esse seu amor pelo vôlei? Quando você começou a treinar?

Asuka demora um pouco para responder. Era difícil dizer quando foi que se apaixonou pelo esporte. Vagando pelas suas memórias finalmente acharam uma coisa.

O período sombrio da Karasuno, sendo apenas uma novata no colégio.

── Eu me lembro... foi assim. ─ A garota começa a dizer, enquanto sentia como se um filme passasse pela sua cabeça.

BROKEN. yu nishinoyaOnde histórias criam vida. Descubra agora