E ele insistiu em me levar até a porta. Eu tentava entender o porquê dele ser assim... Eu sei que ele tem seu perigo em serviço... Mas poxa, um selinho não mata!
Gosto tanto de estar com ele, mas às vezes parece que ele não. Ao chegar na porta da minha casa, o comandante me puxou pela cintura. Seu toque é sempre firme e isso me deixa louca por ele.
— Tente me entender, Ana. — Falou rente a minha boca.
— Como? Taehyung estamos há quase cinco meses... — Suspirei fundo olhando em seus olhos castanhos. — Não é justo.
— Desculpa. — Foi a única coisa que ele disse antes de roçar seu nariz ao meu.
— Taehyung...
— Deixe eu me desculpar do meu jeito? — O moreno alto questionou descendo seus beijos ao meu pescoço.
— Não, não! Eu vou dormir, e você vai embora.
— Ok. Boa noite, Ana. — Ele me deu um selinho e voltou para o seu carro. Suspirei fundo entrando em minha casa.
Queria nesse momento, sim, ele aqui, mas eu sei bem que vai terminar em sexo, não que seja ruim, mas acaba que nunca conversamos.
Eu o amo, amo muito! Mas sinto que ele não sente o mesmo por mim.
Sexo você encontra em todo lugar. E não é só isso que quero, quero um amor, ser amada, me sentir amada! Quero que ele demonstre, diga! Um tanto triste, tirei minha roupa, andando em direção ao meu quarto, entrei no banheiro, e me enfiei debaixo do chuveiro, ligando em uma temperatura quente. A água escorria pelo meu corpo, relaxando cada músculo tenso meu.
Eu não sou uma pessoa difícil de agradar, menos ainda que exige muita coisa. Tive que trabalhar muito na vida. Aos quatorze anos eu fugi do orfanato, e tive que ganhar a vida na rua, nunca roubei, nunca fiz nada ilícito. Mas recebi muita humilhação em minha vida. Aprendi a viver com pouco, a compartilhar o pouco que tinha.
Mas graças a Deus, a senhora Núbia teve compaixão de mim, e me deu um emprego de doméstica em sua casa. Fizemos uma troca, eu limpava e cozinhava para ela, ela me ensinou no caso, e em troca eu estudava na melhor escola de São Paulo, fiz os melhores cursos de línguas, informática, tudo! Ela me deu educação, me ensinou etiqueta, me ensinou a me portar, falar em público.
Saber onde eu era bem-vinda com a apenas o olhar.
Me ensinou a ser uma mulher! Então para mim foi uma troca justa! Já que hoje sei falar mais de seis línguas. Ela custeou meus estudos nos Estados Unidos e me dói ainda a morte dela há um ano. Núbia era uma mulher bondosa! Mas para mim, o melhor presente, foi ela ter me ensinado a fazer bolos, confeitar, etc. Aquela mulher tinha uma mão dos deuses para bolos e eu herdei de alguma forma.
Apesar dela ter sido uma mulher extremamente rica, era humilde e caridosa e me ensinou a ser assim. Hoje eu sou grata por tudo que ela representa em minha vida.
Então, não é muito difícil me agradar. Se ele me chamasse de um apelido carinhoso no lugar do meu nome, eu ficaria tão feliz! Mas não. É apenas Ana.
Sai do banheiro pensativa sobre tantas coisas que eu só queria dormir e pensar em mais nada! Desligar a minha mente, dar um pequeno pause. Me vestir com um pijama largo, sem calcinha, pois não gosto de usar, pelo menos não em casa. Saí do quarto e fui para cozinha fazer algo para comer, ainda pensando no bendito do meu namorado.
Fico me questionando porque aquele homem de dois metros de altura, musculoso, é tão fechado... O que impede dele ser carinhoso comigo. Suspirei pesado, e continuei fazendo minha janta, estilo Brasil. Arroz, feijão e uma carninha. Fiz um suco e me sentei no sofá, me cobrindo com a cobertinha que sempre fica na sala e coloquei um filme para assistir.
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Por Ela. - Kim Taehyung.
FanficBruto e arrogante. Era assim que o comandante da Swat era chamado; um homem extremamente sério e protetor que sempre colocou seu trabalho na frente de tudo. Kim Taehyung, um homem de trinta anos, se viu apaixonado pela jornalista criminal, Ana Torre...