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Dominic estava tendo outro pesadelo.
Novamente ela estava no mesmo lugar. Estava escuro e tudo estava silencioso, como foi da última vez. E lá estava ela, a poucos metros de distância da garota, a maldita sombra preta que sempre vinha para tirar seu sono.
Ela ouvia o som de sua respiração desregulada, ela sentia seu coracao palpitar em alta aceleração. O medo e a adrenalina ja faziam parte dela naquele cenário assustador. Era sempre a mesma coisa, ela ficava lá, parada, paralizada. E a sombra sempre ficava da mesma maneira. A olhando. não era uma sombra qualquer, dominic sabia disso.
Uma sombra qualquer não consegue falar.
— dominic...— a voz velha e desengonçada da sombra se arrastou ate os ouvidos da garota. Dominic se sentiu arrepiar novamente. — pobre garotinha, não tem ideia do que seu pai esconde de você, certo? — perguntou, a sombra esquisita dobrou sua cabeça, parecia estar rindo. Durou poucos segundos..
Até que ela se dissipou.
Não era mais a sombra. Dominic se assustou novamente. ele sempre voltava, e a dizia a mesma coisa a ela. — dominic, você precisa acordar. Precisa saber a verdade — sussurou com sua voz áspera no ouvido da garota. Ele estava tão perto que se aquilo tudo não fosse só um pesadelo, ela poderia realmente entrar em desespero. Novamente, como da última vez. A areia em baixo de seus pés começou a sumir, estava sendo sugada para um buraco. E então...
Dominic acordou.
— dominic!, levanta logo dessa cama — ela se sentou na cama, assustada e confusa, tentando regular sua respiração. Ela olhou em volta.
Você está bem, você está bem.
Estava de volta a seu quarto com paredes cinzas. Não estava caindo em um buraco no meio do deserto.
— que diabos! Dominic?! — quem estava parado em sua frente era o irmão dela. Ela esfregou seus olhos, ainda tentando raciocinar.
Ela queria ter conseguido dormir.
— escuta, você tem 10 segundos pra sair dessa cama, ta me ouvindo caralho?! O papai chegou — ela pareceu acordar com as palavras de adrian.
papai chegou. Ele estava de volta em casa.
Ela rapidamente se levantou da sua cama, indo até a janela de seu quarto, apenas para confirmar. A menina arregalou seus olhos, realizando que seu pai realmente estava em casa, lá estava seu carro.
