Capítulo 18

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Nota do Autor: Oioi meus amores, estamos quase chegando a 11k de leiturass e cada vez mais feliz e só agradecer a vocês!
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Fiquem com o capítulo novo

"As razões de poder transformam crimes em heroísmo"

- Rubem Alves
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⚠️ ALERTA GATILHO: CENAS FORTES, E +16 , SE TEM ALGUMA SENSIBILIDADE COM ALGUMA DESSAS COISAS ACONSELHO PULAR ESTE CAPÍTULO

Gabriel narrando:

Ele aumentava suas estocadas, cada vez mais fundas, ele usava uma de suas mãos para me masturbar, e a outra estava em minha boca para que os meus gritos de prazer não fossem escutados por Bruna

Sua corrente de ouro batia em meu rosto sincronizando com cada movimento seu, suas expressões me diziam que ele estava chegando no seu ápice e eu também estava, nossos corpos se juntam mais, e pela última estocada, ele junta os nossos membros e os primeiros jatos são depositados sobre a minha barriga

Ele se joga ao meu lado de forma ofegante

- Nunca gozei tanto na minha vida... - Ele dizia com seu braço por trás de sua nuca fazendo que seus bíceps ficassem mais visíveis

- Você vai me tratar normalmente... agora? - Digo estragando o momento

Ele virava de lado para me encarar, os primeiros raios de sol passavam pela janela e pousaram sobre o seu rosto, suas mandíbulas estavam marcadas, seus olhos castanhos escuros brilhavam na luz do céu, fazendo viajar naqueles olhos

- Tú sabe a porra que você fez? Eu sei o quanto você tá arrependido... Mas não posso demonstrar fraqueza pros cara do corre... - Ele virou de barriga pra cima, agora suspirando fundo - Você já imaginou que eu vou ter que culpar outra pessoa? Uma pessoa que não teve nada haver só pra poder te proteger caralho!? Eu te amo, mas você fudeu com tudo!

Eu observava sua feição, eu não aguentava mais pedir perdão, e o meu orgulho não me deixaria fazer isso novamente, mesmo eu amando ele não deixaria ferir o meu ego

- Quantas vezes eu vou ter que pedir desculpas? - Digo me sentando na cama - Eu também  menti pra proteger vocês, é injusto pra caralho você está falando tudo isso como se eu estivesse sendo egoísta, sendo que vocês foram as primeiras pessoas que eu pensei, eu coloquei a minha segurança em segundo lugar quando eu subi esse morro Ph... - Levanto da cama, vestindo a minha cueca - Você tá sendo babaca pra caralho, só me culpando, preferia quando você me ignorava... Do que escutar você falando merda - Saio do quarto indo pro banheiro

Eu precisava desse banho... A gente tinha transado umas 4 vezes, minha entrada ardia pra cacete, meu corpo todo estava dolorido, Ph sabia ser agressivo na hora do sexo... Mas também conseguia ser carinhoso, porém com certeza ele depositou toda sua raiva durante a madrugada

Ele mal olhava nos meus olhos, e eu odiava isso, eu estava odiando tudo aquilo, eu nem deveria estar em sua casa...

Desligo o registro do chuveiro, e pego a toalha que era de Ph, me enrolei, e logo quando saio do banheiro me deparo com Bruna

- Bom dia bru! - Digo com animação que eu não tinha

- Bom dia Biel, pensei que ele não tava falando com você... Mas pelo jeito ele retribuiu de outra forma - Ela solta uma risadinha maliciosa, me deixando sem graça - Vai trabalhar no qg hoje?

- Ah... Eu não sei, tudo depende do seu irmão, do humor dele... - Digo me apoiando no batente da porta - Eu vou preparar o café, depois desce pra comer! - Digo voltando pro quarto de Ph

- Tá bom! - Bruna diz entrando no banheiro

Entrando no quarto de Ph, vejo ele ainda deitado, eu acho que eu realmente amo ele... Ele parecia um anjo dormindo... Mas acordado era como o demônio na Terra, com certeza já teria matado tantas pessoas que nem consegue contar

Como uma pessoa com esse feitio podia fazer o meu coração acelerar, ele fazia a minha pupila dilatar, e só de ver o seu corpo eu tinha necessidade de tocá-lo

Talvez eu só precisasse da minha mãe aqui, só pra chorar até soluçar, mesmo que ela não soubesse o motivo, iria me confortar em seus braços

Eu já estava vestido, com uma roupa simples, não iria acordar Ph, pelo menos não agora

Abri a porta do quarto novamente, mais agora desci as escadas em direção a cozinha

Passei um café, fiz algumas torradas, e pedi pra um garoto do corre buscar algumas frutas, era triste ver garotos tão novos nesse mundo, mas no mundo em que vivemos isso só tem se tornado cada vez mais comum

Assim que Bruna desceu, fui chamar Ph que já estava de pé, ele estava com seu short tactel de sempre e desceu as escadas

Não imaginava que ele comia tanto, parecia que estava passando fome

- A comida não vai correr, calma - Digo ironizando

- Porra, isso tá bom pra cacete princesa, não lembro a última vez que eu tomei um café tão bom... Sem ofensas piveta

- De boa, mas dá próxima vez você fica com fome - Bruna diz um um sorriso sarcástico em seu rosto, o que me tirou uma risada sincera

E assim foi a nossa manhã, tomamos café e depois todos foram trabalhar inclusive eu, não tinha coisas pra fazer no QG e decidi ajudar no posto

Eu atendi algumas crianças, adultos e até mesmo idosos, todos foram muito educados, talvez pelos boatos do morro, querendo ou não todos já sabem que eu estou na casa do Ph

E ninguém seria louco de tratar o "fiel" do dono do morro pelo menos foi isso foi isso que eu escutei de alguns pacientes, eu imaginava os problemas que isso viria causar pra Ph

Querendo ou não vivemos em um mundo machista, e o machismo não afeta somente as mulheres mas afeta toda uma sociedade, principalmente no crime, começariam a duvidar da "masculinidade" ou a capacidade dele de administrar o morro

Os meus pensamentos se esvaziam quando escuto disparam

O meu corpo se arrepiou por completo ao lembrar daquele nome

"Flávio"

A correria começa, todos os médicos se abaixam e tentam abrigar o máximo de pacientes

Eu sabia que ele voltaria, ele avisou, mas eu subestimei a sua capacidade

Eu estava aflito, sabia o risco que Ph pode estar correndo, ele estava inserido nesse mundo e por isso também estava lidando com aquilo

Os tiros cessam por alguns segundos, mas ainda ficamos abaixados com receio

Depois de alguns minutos escuto uma gritaria, o grito parecia ser conhecido, agora com todos levantados eu decido sair daquele posto e me deparo com Carol, ela chorava

E estava em Pânico, em cima de um corpo

- N-não! O meu m-menino... não! - O corpo pertencia a Edu, ele tinha sido baleado

Vou em encontro ao seu corpo, as primeiras lágrimas são derramadas, ele tinha perdido muito sangue, e levou uma bala no seu peito, o seu coração não batia

E o seu pulso tinha parado, e aquela foi a minha visão, um zumbido se instalou sobre o meu ouvido, eu não tinha reação, as lágrimas caiam de forma involuntária

A culpa era minha.

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Aí está o capítulo mores! Não  esqueçam de votar e comentar. Final triste 😢



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