Nota do autor: Olá amores, desculpa pela demora, mas aí está mais um capítulo, a fic está em seus últimos capítulos então espero que gostem! Não esqueçam de votar, comentar e adicionar a biblioteca de vocês!
"I don't want to live!"
Dealer - Lana Del Rey
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Gabriel NarrandoAs lágrimas caiam de forma melancólica, meu rosto queimava de aflição, mas eu não esboçava nenhuma reação, minhas mãos tremiam sobre o seu corpo, seu corpo ensanguentado
Seu corpo que agora era frio e sem vida.
Todos os momentos da minha vida junto com ele se passaram diante dos meus olhos
Quando éramos crianças, ele me protegia, me tratava como um irmão que eu nunca tive, e agora eu realmente tinha perdido um irmão
Ele tinha se tornado o meu irmão.
Carol ainda encarava o seu corpo, estávamos no necrotério, preenchendo papeladas, pra que assim pudéssemos enterra-ló
Eu já estava cansado de sofrer, e o meu pior erro foi ter vindo para aquele morro
Maldito seja Flávio que foi o causador de todo o sofrimento que eu tinha passado meses últimos meses, e inclusive no causador das minhas lágrimas derramadas que agora estavam secando sobre o meu rosto
Em alguns meses, o menino rico filho da prefeita e de um dos maiores policias do rio de janeiro, foi expulso de casa, perdeu a sua mãe, estava se relacionando com o dono do morro, era médico do tráfico, e agora tinha perdido o seu primo
Meu coração apertava ao lembrar de Bruna, ela estava com ele e seria doloroso demais pra ela lidar com isso
Só consigo me lembrar da nossa última conversa, no qual foi como uma despedida, eu pedi perdão e ele me concedeu perdão, nos abraçamos e ele foi embora, e então não vi ele vivo depois disso
Eu já tinha perdido a noção do tempo, pois quando percebo já estamos no táxi voltando pra casa
A sensação era horrível, parecia que sentia o sangue dele nas minhas mãos, eu estava me sentindo culpado, e no fundo mesmo que todos dissessem que não era culpa minha, eu ainda sentia isso
Já tínhamos chegado no morro, o clima do dia combinava com a situação que se passava, o céu estava coberto de nuvens escuras, assim como a minha mente
Pensamentos ruins, que não trariam o Eduardo de volta
Eu precisava de um banho, felizmente o Felipe me liberou pra passar um tempo com a minha Tia
Enquanto tomava os primeiros jatos de água fria pelo meu corpo, eu começo a desabar, as lágrimas desciam compulsivamente, eu estava em pânico eu não aguentava mas perder as pessoas em que eu amava
Estava cansado de tudo mudar de repente, estava cansado de me sentir culpada por coisas que eu não tinha controle
E maioria dos meus problemas estavam acontecendo por estar com o Ph, esse relacionamento nunca daria certo, e eu tinha ciência disso, eu sabia que nunca conseguiríamos assumir o nosso relacionamento abertamente
Não conseguiriamos ter uma família tranquila nessas condições em que vivemos, e convenhamos não somos as pessoas mais estáveis emocionalmentes para sermos pais
Agora o meu banho já estava no fim, saindo do banho me enrolo na toalha e vou pro meu quarto, visto um moletom qualquer e vou para o outro quarto
O quarto dele.
Abro a porta devagar e vejo a minha tia, ele cheirava as suas roupas e chorava compulsivamente, sento ao seu lado na cama, e deixo as lágrimas cairem enquanto seguro a sua mão
Nós não precisávamos de palavras só de atos , só de toque, só precisamos nos sentir acolhidos num momento tão hostil como aquele
- Vai ficar tudo bem, meu menino... Vai ficar tudo bem - Tia Carol dizia com uma voz trêmula de tanto chorar
Ela passava seus dedos sobre as minhas lágrimas, me fazendo suspirar
Ali estava eu chorando mas uma vez, e sendo consolaro por ela, e pela primeira vez eu não me sentia seguro
--------Felipe Narrando
Eu estava apreensivo, fumava meu baseado pra lidar com a frustração, eu nunca soube lidar com o luto, e não queria lidar com ele naquele momento
Meu semblante era fechado, estava em meu sofá ao lado de Bruna, ela estava aos prantos enquanto encostava sua cabeça em meu braço, entrelaçando os dela os meus
Eu o mataria, ele iria pagar, eu queria todos daquela operação mortos, sem hesitar
Eu queria o sangue dele em minhas mãos, queria sentir a sua agonia enquanto implorava por sua vida
Queria rasgar seu rosto com as minhas próprias mãos
Eu acabaria com aquilo em breve, e ninguém vai me impedir, nem mesmo Gabriel.
- Ele se foi Ph... Eu nunca mais vou ver ele, eu não sei se vou aguentar - Bruna dizia entre soluços
Me fazendo a abraçar, e pego minhas mão livre e levo a sua cabeça sobre o meu peito
Ele tinha feito todos sofrerem e agora ele tinha sua vez
---Quebra de tempo---
Jw agora estava com as mãos em sua nuca, ele diferente de mim demonstrava, gritando algo
Mas eu estava cego e surdo, cego pela minha vontade de matar aquele filho da puta!
- Ph! Você tá me escutando, porra? - Jw diz me tirando dos devaneios - Vamo fazer alguma coisa, não pode sair por isso mesmo! Nem que a gente tenha que estourar os miolos dele na frente da família
- Ele é pai do Gabriel - Digo
- Do quê você tá falando?
- O mandante, essa operação, foi tudo armada pelo pai do Gabriel, que era tio do Edu - Falo encarando o chão de forma escapatória
- Você tá dizendo que o doutor é filho do mandante? Por quê caralhos você não me falou, porra!
- Você não precisava saber, e agora que sabe, vai guardar isso, e se eu souber que alguém mais sabe... Eu arranco sua língua e faço de torresmo prós cachorros - Dou um último trago no baseado - A gente vai matar aquele desgraçado JW, e vou trazer a cabeça dele de troféu pro Gabriel, nem que eu precisse morrer.
-------Mais um capítulo, infelizmente triste, mas prometo que a fic vai ter um final muito feliz!
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O mundo Virou
RandomGabriel é somente um garoto de 20 anos da zona norte do rio que procura abrigo depois de ser expulso por se assumir aos seus pais! Mas nesse novo lar desafios o esperam... O mundo não gira ele capota! playlist: https://open.spotify.com/playlist/1eou...