Nothing so gentle | Snarry

Capítulo 4

Às quatro e meia, Harry entrou no castelo pelas portas da frente, cansado, suado e incrivelmente satisfeito. Suas aulas com os alunos tinham ido incrivelmente bem. Harry tinha conseguido ajudar os ainda esforçados alunos do primeiro ano a aprender o básico e aconselhou alguns capitães de quadribol que tinham vindo para pedir dicas para seus times.

Harry não se sentia tão produtivo desde o fim da guerra e estava aproveitando cada minuto. A sensação de um dia duro de trabalho era definitivamente algo a que ele poderia se acostumar. Ele foi até as masmorras para encontrar Severus. Ele descobriu que sentia muita falta do homem durante o dia e mal podia esperar para voltar para casa. Era uma sensação nova e maravilhosa. Em vez de se sentir sufocado pelo pensamento de Severus, um sentimento novo e maravilhoso estava preenchendo seus sentidos.

Ele estava indo para casa de alguém.

Sorrindo, seus pés começaram a descer as escadas que levavam aos seus quartos quando foi parado por alguém que o chamou pelo nome.

Virando-se, ele encontrou a diretora vindo ao seu encontro.

— Oh, Harry. Como foi seu primeiro dia?

O sorriso de Harry disse tudo.

A bruxa severa deu um sorriso raro, mas genuíno.

— Maravilhoso. — Ela parou e olhou ao redor. Determinando que estavam sozinhos, ela falou com Harry em uma voz suave. — Estou tão feliz que Severus mudou de ideia. O que quer que você tenha dito a ele deve ter funcionado, porque eu nunca vi tamanha mudança em uma pessoa em tão pouco tempo.

O sorriso de Harry vacilou.

A diretora parecia relutante em falar, mas continuou.

— Sabe, fiquei surpresa quando você se tornou amigo de Severus, mesmo depois do tempo que passaram juntos na enfermaria. E quando soube da sua doença... — ela parou, seu silêncio sugerindo o que ela pensava da ideia de Severus cuidar de alguém. — Mas eu vi a maneira como ele cuidou de você e fiquei feliz. Mas quando soube do seu relacionamento, fiquei nada menos que atordoada.

— Veja, eu conheço Severus quase a vida inteira. Ele não confia em ninguém, Harry, ou não confiava até você aparecer. Ele está sozinho a vida toda. Quando vi como ele estava te tratando nos últimos meses, não disse nada, mas não porque eu achasse que você precisava ser mimado. — A garganta de Harry queimou quando os olhos da bruxa mais velha ganharam uma suavidade que ele nunca tinha visto antes. — Eu achava que Severus simplesmente não sabia amar depois de viver sua vida sem isso por tanto tempo. E parecia que a única maneira que ele sabia era cuidar de você do jeito que ele fazia.

O sorriso de Harry se dissolveu instantaneamente.

— Mas parece que ele encontrou seu caminho agora. E eu estou tão feliz, Harry, tão feliz. Você vai cuidar dele também, sim?

Harry assentiu, completamente perplexo com o que a diretora acabara de dizer.

— Excelente. Acredito que sim. — Ela se endireitou e se afastou dele. — Bem, divirtam-se esta noite. O Dia dos Namorados é para os amantes, afinal.

Harry forçou um sorriso enquanto observava a diretora se afastar.

.

Harry mal havia aberto a porta quando se viu puxado para dentro e batido contra ela.

— Deuses, vocês não têm ideia do quanto senti sua falta — disse Severus, atacando o pescoço de Harry com força total.

Harry suspirou e envolveu os braços em volta do pescoço do amante. Seus dedos deslizaram para dentro da gola alta do homem e encontraram a pele quente.