015

400 29 9
                                    

As espadas de Aemond e Erryk soavam alto pelo pátio de treino a cada batida, os dois eram ágeis o que tornava a luta dinâmica para ambos, movimentos rápidos e certeiros feitos pelos dois atraiam a atenção de diversas pessoas ao redor deles, mas davam pouca importância.

O príncipe costumava treinar com Sor Criston, mas visto que ele estava ocupado no momento, recorreu ao cavaleiro que o ajudante na ausência de Cole.

O treino não tinha nada de especial, apenas o casual que Aemond costumava praticar todos os dias, sem folga ou descanso, se puxava ao máximo para ser o melhor, e para isso devia lutar duro nos treinos.

De longe as porta frontais do castelo de abriram e por elas passou Aegon, sóbrio, para surpresa de muitos. Ele passou pelas portas e os guardas as fecharam, andou até a luta do irmão que chamava a atenção do povo.

Quando a presença de Aegon foi notada os poucos que tiveram coragem de se aproximar saíram deixando espaço ao príncipe, ele por sua fez, andou até la sem antes observar se sima a baixo uma criada perdendo os lábios.

— Calma meu príncipe– Erryk mencionou ao aumento da força que Aemond usava.

— É tesão acumulado, não deve transar a uma década, mas ele não me acompanha, poderia resolver seu problema, irmão– Aegon sorriu cafajeste.

— O que faz aqui Aegon? – o príncipe mais novo respirou fundo e olhou para o mais velho com a espada abaixada.

— Vendo meu irmão treinar – Aemond revirou os olhos – Algo errado com isso? – ele indagou erguendo as sobrancelhas.

— Não está bêbado– respondeu secamente e voltou a lutar com o cavaleiro.

— Não estou sempre bêbado – respondeu como se fosse obvio.

— Ha, conta outra– se abaixou para desviar do golpe da espada.

Aegon foi para trás se encostando na mesa de armas e cruzando os braços.

— Mamãe me proibiu de beber... até de noite pelo menos– ele bufou.

— Agora faz mais sentido– ele parou novamente e olhou ao príncipe sentado – quer lutar? –

— Não, você me daria uma surra– falou debochado, o que fez Aemond rir de leve.

Era difícil isso acontecer, Aemond rir, estava sempre com o semblante fechado e serio, não demonstrava as próprias emoções, como uma forma de proteção para não se machucar mais.

E no fundo Aegon se arrependia do que fez o irmão passar, agora entendia, era ele o principal causador das pegadinhas e brincadeiras feitas com Aemond, as zuaçoes por não ter um dragão sempre partiam dele, mas eram os sobrinhos que levavam a culpa. Ele pensava que se não tivesse feito aquilo, o irmão não se sentiria tentado a ir atrás de Vhagar e perder o seu olho, seria o mesmo de anos atrás, o príncipe gentil e risonho, não muito educado, mas simpático.

Mas não, havia se fechado para o mundo como um bloqueio, para sua segurança.

Passavam de longe Baela e Rhaena conversando animadas pelos jardins.

— Ela é bonita né? – indagou.

— Quem? – Aemond parrou a luta e olhou para o irmão.

— Baela – Apontou com a cabeça e o mais novo soltou um riso anasalado– será que ela aceita ter algo?

— Garanto que Daemon cortaria sua cabeça só por esse comentário–

Aegon ficou em silêncio pensando se o risco valia a pena, e no final decidiu que preferia sua cabeça. Levantou do apoio e foi em direção ao portão de saída.

𝒟ℯ𝒶𝒹'𝓈 𝒢𝒶𝓂ℯ - Aᴇᴍᴏɴᴅ Tᴀʀɢᴀʀʏᴇɴ -Onde histórias criam vida. Descubra agora