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A garota encarou o animal selado no pasto, era cedo demais para ter alguém ali para flagrar sua tentativa de montar um cavalo, já se sentia levemente orgulhosa por ter conseguido selar o animal

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A garota encarou o animal selado no pasto, era cedo demais para ter alguém ali para flagrar sua tentativa de montar um cavalo, já se sentia levemente orgulhosa por ter conseguido selar o animal. Kara respirou fundo três vezes antes de se aproximar do animal, ignorando a rigidez de seus músculos subiu com um pouco de dificuldade e sorriu ao conseguir estar em cima do animal.

Confusa a menina olhar todo animal tentando descobrir um meio de fazê-lo dar dois passos que fosse, foi pega de surpresa quando o equino começou a cavalgar pelo pasto e agarrou-se firmemente para não cair. Cenas de sua infância passaram por sua mentes deixando-a apavorada, os olhos azuis repletos de lágrimas e pavor.

Kara ouviu outro cavalo se aproximando com pressa, mas não foi o suficiente para impedi-la de cair do cavalo que estava montada, suas costas chocando-se no chão com demasiada força. Um choro de desespero escapou da menina que tremia contra a grama úmida, já não sabia nem mesmo pelo que estava chorando, mas sabia que precisava chorar e colocar tudo o que guardou para fora.

— Você está bem? — A voz rouca a fez se encolher, Lena acariciou a cabeça da menina. — Você é maluca? Como sai para andar a cavalo sozinha sem nunca ter feito isso antes?

Marie não respondeu apenas encolheu-se mais, Lena a puxou com cuidado para avaliar suas costas e amparar o choro sofrido da menina. As duas mantiveram-se em silêncio te a garota se acalmar, Luthor manteve o carinho nos fios dourados, ouvindo agora somente as baixas fungadas da menina.

— Montar um cavalo sozinha não te fará perder o medo do animal.

— É tudo culpa dele! — Chorou. — E-Ele me fez montar sozinha, ele me deixou cair e me afogar.

— Sh... Está tudo bem, querida. Já passou. — Garantiu.

— Por que ele me odeia tanto?

— Eu não sei querida. — Murmurou mexida com a dor da menina. — Vamos para casa, você precisa descansar após essa queda.

— Não consigo subir nele de novo...

— Vamos em Dagda, ele é bonzinho e você já esteve sobre ele algumas vezes. Prometo que estarei a segurando.

Kara não protestou quando a mulher a guiou até o equino de pelagem negra, o retorno para o celeiro foi feito em silêncio, Lena liberou os cavalos das selas e os levou para suas respectivas baías. As duas garotas seguiram em silêncio para o casarão, Lena guiou a menina até o próprio quarto e esperou a mesma se preparar para deitar um pouco mais.

A loira envergonhou-se ao sentir a mulher massageando a pomada em suas costas, sabia que ficaria com algumas marcas devido a queda e também sabia que tinha sido imprudente ao tentar enfrentar seu trauma daquela forma.

— O que estava pensando, ehn?

— Que conseguiria...

— Não é assim que se enfrenta um trauma Kara.

The Cowgirl - Karlena Supercorp Onde histórias criam vida. Descubra agora