Cheiro de Sangue

73 5 0
                                    

Numa manhã tranquila de inverno no Japão da Era Taisho, um garoto com 1,65 de altura, com olhos avermelhados, o cabelo da mesma cor e amarrados, além de uma grande cicatriz na cabeça. Ele trajava um agasalho com a estampa quadriculada verde com preto, uma calça preta, um cachecol azul, botas para andar na neve, e um par de brincos com um desenho que aparenta ser um sol.

Ele pega um cesto grande cheio de carvão e o põe nas costas, até que uma voz de mulher o chama pelo seu nome "Tanjiro!". O garoto se vira na direção da voz, e dentro de casa sai uma mulher de pele visivelmente clara, olhos roxos escuros e gentis que aparecem em uma cor mais clara ao redor das bordas da íris e uma pequena marca de beleza localizada no lado esquerdo do rosto, abaixo do lábio inferior. Ela tinha cabelo preto, preso em um coque bagunçado com algumas mechas soltas penduradas no rosto.

Ela usava um quimono xadrez roxo e creme com um kappōgi branco e de mangas compridas por cima, ela também usava um pano tenugui branco que ela usa em volta da cabeça, cobrindo a maior parte do cabelo.

Essa mulher era Kie Kamado, a mãe de Tanjiro, ela veio falar que a face dele estava todo sujo de fuligem, então com um pano ela limpa seu rosto enquanto fala que é muito perigoso andar por aí com toda aquela neve, e que ele não precisava fazer isso.

Mas Tanjiro diz – Eu quero que no Ano Novo todos possam comer à vontade, até não aguentarem mais! Eu vou vender o máximo de carvão que eu puder – Sua mãe o agradece com felicidade em seu rosto. De repente, a voz de um garoto grita "Maninho!", e um garotinho e uma garotinha vêm bem agitados correndo na direção de Tanjiro e de Kie.

O garotinho pergunta se o Tanjiro vai para a cidade de novo, em seguinda a garotinha diz que quer ir com ele, e logo após isso um outro garoto aparece com um machado apoiado no ombro, e se espanta ao escutar que Tanjiro iria sair.

Aqueles eram os irmãos de Tanjiro, eles queriam muito ir com ele para a cidade, mas a mãe deles fala que eles não vão poder ir pelo fato de não andarem tão rápido quanto o Tanjiro, e que se eles ficarem cansados de andar, não teria como o irmão deles o carregar sem ter o carrinho de mão por conta da neve.

Isso chatea as duas crianças, que correm até Tanjiro e imploram para ele os levar, e a garotinha diz que vai ajudá-lo à vender os carvões.

– Muito obrigado, Hanako, é muita gentileza! – Diz Tanjiro para sua irmãzinha, que fica muito feliz acreditando que seu irmão mais velho a deixou ir com ele – Mas é muito arriscado, hoje você vai ficar em casa.

Hanako fica muito triste e decepcionada com a decisão de Tanjiro, o mesmo se abaixa para falar o mesmo com seu irmão mais novo – E isso vale para você também, Shigeru. Mas pode deixar que vou trazer muitas coisas gostosas para compensar!

Shigeru fica muito feliz, e Tanjiro promete para Hanako que iria ler uma história para ela quando ele voltasse, assim melhorando o humor da irmãzinha. Kie agradece seu filho por se esforçar tanto, e Tanjiro então anuncia sua partida, mas antes ele pede para seu outro irmão Takeo para cortar madeira.

A tarefa é aceita pelo garoto, mas ele fica emburrado porque achava que Tanjiro iria cortar junto com ele. Então Tanjiro faz um cafuné em Takeo enquanto fala que ele consegue fazer aquilo sozinho, envergonhado, o garoto tira a mão de sua cabeça todo constrangido, Shigeru e Hanako começam à zuar o fato do Takeo estar com vergonha.

O garoto começa a se irritar, e Tanjiro dá mais um carinho na cabeça dele, mas é tirada rapidamente enquanto o Takeo fala para ele parar com aquilo. Todos riem daquela situação, e então Tanjiro finalmente parte em rumo à cidade para vender os carvões vom sua família se despedindo e querendo que ele voltasse o mais cedo possível.

Crimson Demon Slayer Onde histórias criam vida. Descubra agora