Toda Pureza Que Há

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Me perdi nas coisas pequenas da vida,
Igual a agulha no palheiro;
Já não tomo analgésico para reprimir a dor.

Me perco até no tocar no telefone,
Estou sem cabeça para discursões.
Nem penso em quem sou ou no que fui.

Quero dormir em banco de praça.
Mora no mundo, no mundo inteiro.
Já fui de metades,
Agora sou todo, toda pureza que há.

Nem mim chame atenção para nada.
Sou velho, sou jovem, sou criança.
Tenho a oportunidade de nascer todos os dias.

Yuri Teixeira

Amálgama PoéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora