capítulo 6

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maraisa

semanas se passaram e adivinha? nada de Marília. eu desisti de tentar procurar ela, de tentar achar cuja mulher que mentiu pra mim e eu como uma tremenda idiota, cai na sua lábia.

- irmã, tá pensando na Marília de novo?? - Maiara sentou ao meu lado.

- Maiara, nunca caia no papo de ninguém, tudo bem? só me promete isso. - suspirei

ela concordou e me abraçou de lado, e saiu do nosso quarto toda saltitante. me levantei e comecei a arrumar as coisas pra levar Maiara pra escola, coloquei sua lancheira, seus cadernos que ela deixou jogando na cama, coloquei uma roupa reserva caso ela precise e o essencial de qualquer garota.

entrei no meu banheiro e troquei minha roupa, coloquei uma calça jeans clara, uma blusa branca de alsa e meu chinelo, passei um perfume e fui pro andar de baixo.

- pega, sua nanica - entreguei a bolsa pra ruiva.

- eu sou maior que você - Maiara fez bico.

- ATA - comecei a rir - tu é menor que eu 2 centímetros, queridinha.

- como se fizesse diferença né - ela bufou

abracei ela e a chamei pra ir logo, peguei o carro de mamãe, não era o melhor, mais pelo menos não me fazia andar.

fui o caminho todo conversando com a minha irmã, Maiara falava de um menino da sala dela, na qual a mesma me disse que é apaixonada. eu ouvia tudo, que ele era lindo, isso, àquilo, que um dia a Maiara ia casar com ele, ter filhos.

eu ouvia tudo com uma certa raiva, em saber que algum dia da minha vida eu ia perder minha irmã, pra um cara qualquer por aí, ele fazendo ela feliz pelo menos, é oque importa.

o caminho foi rápido, estacionei na frente da escola e ajudei minha irmã a descer com sua bolsa pesada. fui até a entrada e como de costume, beijei sua testa, a Maiara não ligava pra oque os outros pensava, ainda mais por ela ter seus 13 anos, a fase do ' não me rela, não me toca ' eu dou graças a Deus por Maiara amar carinho.

assim que me virei, dei de cara com a pessoa na qual eu não esperava ver nunca mais. ali estava ela, com sua roupa toda formal e uma criança segurando sua mão, não sei quem é, mais tem os traços de Marília.

- Maraisa? oh meu Deus, finalmente te achei - a loira me olhava com o olhos cheio de água.

- ah, oi. achei que te veria por um tempo indeterminado, Marília. - me afastei um pouco dela.

- a gente pode conversar, por favor. eu só vou deixar a Ísis e a gente pode ir? - ela me olhou implorando com os olhos

- pode ser. - suspirei

Marília levou a menina até a frente da escola, ela se abaixou, e dei um beijo em sua testa e um selinho de leve na pequena boca da menina. ouço Marília falar que ama a pequena e que mais tarde voltaria pra buscar ela.

não vou negar, se ela for mãe dessa Ísis, pode ter certeza que ela ama a garota como toda força do mundo.

Marília veio praticamente correndo até a mim, estendeu a mão mais eu não retribui, apenas entrei no meu carro e disse que seguiria ela pro lugar desejado.

ela suspirou e concordou, vejo ela entrar no seu enorme carro e seguir a frente, eu ia pensativa, talvez esperando a pior desculpa vindo dela, ou não.

eu estou confusa, não sei se eu a odeio por não tentar me procurar, ou se eu amo por querer conversar novamento comigo.

Marília parou em uma chácara/ fazenda, na qual estava escrito na placa ' farm Mendonça ' era lindo, tinha um ar aconchegante e havia clamor ali.

estacionei atrás do carro da loira e desci, Marília abriu a porteira e pediu pra mim estrar, assim fiz.

fomos caminhando as duas caladas, eu observava tudo, um cantinho cheio de brinquedos no quintal, uma casa na árvore, piscina, uma área de churrasco, um lago, e tanta coisa que eu passaria minha vida inteira ali, ainda mais por ser longe da cidade. Marília abriu a porta da casa e entramos.

- deseja alguma coisa? água, suco, alguma bebida? - a loira finalmente disse.

- não Marília, obrigada! - sorri fraco.

- vou pegar um suco pra você - ela disse nervosa - sente-se, a casa é sua também.

Marília foi pra cozinha em passos largos, e eu me sentei no sofá da sala, eu observava tudo, fotos, a decoração clamorosa.

mais oque realmente me chamava atenção eram as fotos, fotos da Marília grávida, da menininha de hoje cedo, Marília abraçada com ela, era tudo tão lindo.

eu nem percebi a presença da loira ali, ela já estava do meu lado, com um sorriso nervoso no rosto.

- ela é minha filha, linda né?

concordei com a cabeça, e me virei pra ela, esperando algo, ou uma justificativa, do porque ela sumiu, não me procurou.

esperei alguns minutos e ela nada falou.

- por que não me procurou, Marília?

- mais eu te procurei - ela me olhou com os olhos cheios de água

- me procurou? por quanto tempo hum? que não foi capaz de conseguir me achar? sério isso Marília. - olhei pra ela buscando respostas.

- acredita em mim, por favor!! eu te procurei todos os dias, noites, eu me embriaguei por sentir saudades sua, sentir saudades da mulher na qual eu quero por perto, mesmo que eu tenha conhecido ela por algumas horas. - ela falava chorando - merda maraisa, Luísa e minha mãe sabe o quanto eu senti sua falta.

- eu não sei. não sei se sou capaz de acreditar em você, afinal como você mesma me disse, foram só algumas horas.

eu queria abraçar ela, mostrar que eu também senti, mas e se tudo o que ela tenha me dito foi pura mentira?

- acredita em mim. - sua voz estava embargada.

- como posso garantir que está dizendo a verdade? - olhei agora em seus olhos.

Marília veio rápido grudando nossas bocas, me dando um selinho demorado, eu não sabia como reagir, apenas fechei os olhos e retribui.

- eu te amo, Maraisa.

(...)

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⏰ Última atualização: Aug 14 ⏰

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