Amor

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Wagner Pov;

Dentro do carro era como se fôssemos estranhos, ela se quer dirigia o olhar a mim e aquilo me matava por dentro. Quis respeitar seu tempo já que eu havia feito merda, não ela.

Chegamos na casa dela e enquanto ela chamava o elevador eu peguei uma mecha de cabelo dela e coloquei atrás da orelha, olhava pra ela e via uma menina doce, carinhosa, esforçada, e me sentia um merda pelo que havia feito com ela na noite passada.

Entramos no elevador e enfim chegamos ao apartamento dela, ela entrou e colocou a mala na sala, caminhou até a cozinha e abriu uma longe neck de cerveja, eu achei estranho já que Lívia não era de beber, ainda mais no meio da semana, mas eu a compreendi.

Ela me ofereceu uma somente esticando o braço com a garrafa na mão mas eu não aceitei, sentamos no sofá afastados, diferente da noite passada que nossos corpos quase se fundiram de tão perto que estávamos um do outro. Então eu comecei a conversa.

- Você sabe que se eu estou aqui é por que gosto verdadeiramente de você. Não sabe?

- Se você gostasse verdadeiramente de mim Wagner não tinha feito o que fez ontem, e não estaria aqui hoje tentando consertar essa merda que você fez.

- Lívia, tenta me entender, eu sou casado, tenho três filhos, estou a mais de duas décadas com a mesma pessoa, e eu a amo. Não romanticamente falando, mas amo a família que construímos e a importância da Sandra na minha vida.

- Eu nunca Wagner, nunca pediria que você odiasse suas esposa, pelo contrário, quem tem motivos para odiar alguém é ela e não eu! Só tenta entender que se você é casado, se ama sua esposa da forma que for, você não tem o direito de entrar na vida de alguém e revirar tudo, bagunçar tudo e achar que a pessoa tem que entender o seu casamento que ora você diz ser uma merda e ora você diz ter amor.

Percebi que lágrimas rolavam no rosto de Lívia e aquilo estava acabando comigo.

- Por favor, minha flor. Não chora! pedi a ela com a voz engasgada.

Lívia então levantou do sofá prendeu os cabelos e apoiou os dois cotovelos no balcão da cozinha levando suas mãos ao rosto e passando entre os cabelos.

Levantei e fui até ela, a abracei por trás e encaixei meu rosto no seu pescoço, o cheiro dela era o melhor que eu já havia sentido em toda minha existência.

Lívia se virou pra mim com uma cara péssima, e eu acariciei o rosto dela com as mãos, enxugando as lágrimas que ainda caíam, ela me olhava fixamente e aquele olhar era tão profundo que dava pra sentir na alma.

Quando eu menos esperava ela se inclinou pra frente e eu a beijei, nossos lábios se encontraram novamente mas dessa vez foi diferente, era um beijo com ternura, um beijo lento mas ao mesmo tempo com urgência, um beijo que estava guardado ali dentro de nós durante muito tempo.

Peguei ela com apenas um braço e a coloquei em cima do balcão, derrubando as plantas decorativas que haviam lá na hora, nosso beijo era quente, eu sentia cada batida do coração dela como se estivesse dentro do meu peito só pelo fato dela estar encostada em mim.

Desvencilhei meus lábios do dela e percorri todo caminho até o pescoço, sentia ela se arrepiando na minha mão que ia em direção aos seus cabelos, enquanto eu beijava seu pescoço ela dava gemidos baixos e contidos e inclinava a cabeça pra trás. Lívia me empurrou pra frente e tirou o sueter preto que eu vestia com uma facilidade enorme,na mesma hora eu comecei a desabotoar sua camisa enquanto ela me beijava por inteiro.

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