The wedding date | Vegaspete

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Graças ao nervosismo antecipado e o vôo longo que estavam tendo, Pete acabou adormecendo todo torto em seu assento. Quando acordou nem se lembrava muito bem onde estava, secando o canto da boca com as costas de sua mão.

Assim que processou seus pensamentos, arregalou seus olhos. Tinha dormido, todo desajeitado e babado perto daquele homem?

Lentamente se ajeitou no assento, virando para olhar para Vegas.

- Bom dia, pequeno. - Vegas desejou, sorrindo docemente. Pete retribuiu com um sorriso forçado, antes de se virar e abaixar novamente pra sair do campo de visão de Vegas.

Pete pegou um pequeno espelho que havia ali ao seu lado, o mais novo viu o quão bagunçado e desajeitado ele estava, fechou o espelho e tampou seu rosto com as mãos, estava muito envergonhado.

Algumas horas depois o avião havia pousado Vegas e Pete foram juntos buscar suas bagagens.
Logo que as encontraram e colocaram no carrinho, Pete pegou um dos seus ternos em uma das várias malas e pediu que o mais velho o esperasse lá fora enquanto ele iria trocar de roupa em um dos banheiros.

Vegas obedeceu, esperava na calçada do aeroporto quando viu Pete se aproximando.

- Ah Vee, por favor! Não vai vestir isso hoje à noite, vai? - O mais novo contestou vendo que a gravata do mais velho era exatamente do mesmo tom de azul do terno azul-bebê que ele acabou de vestir e havia passado um longo e tortuoso tempo escolhendo.

- Vou sim. - Respondeu confuso depois de olhar para sua gravata, começando à empurrar o carrinho de bagagens com o mais novo andando ao seu lado.

- Não, não tem problema. A gravata é legal, mas é que parece que o alfaiate cortou um pedaço do meu terno e fabricou a gravata. Não me leve à mal não, pode combinar, combinar é sempre legal. O problema é que... É que você tá combinando demais comigo.

- Pode parecer que a gente tá forçando a barra.
- O mais velho disse entendendo onde o outro queria chegar.

- Exatamente. Eu quero que pareça que a gente combina, mas não que pareça que a gente tá forçando a barra.

- Eu vou te ensinar um truque. Se olhar a pessoa nos olhos, ela não vai reparar no que está usando.
- Vegas disse firme tentando o tranquilizar.

Mas não teve sucesso, quando entraram no táxi
Pete ainda argumentava e argumentava.

- Eu não quero que a gente pareça um par de jarros. Se você for usar essa gravata, então eu vou ter que trocar o meu terno. Motorista, dá pra parar o carro?

O motorista concordou, parando o táxi em frente à um restaurante. E ainda teve que pegar um jornal para ler, olhando pro relógio algumas vezes devido a demora dos dois lá dentro.

Quando entraram, Pete perguntou para um atendente se poderia usar o banheiro para se trocar, e como o rapaz concordou, agora Vegas esperava sentado em um sofá observando a profunda indecisão do mais novo com os ternos.

- Ai, desculpa Vee. Eu juro que vai ser o último, tá? Você deve tá achando... Ah sei lá o que você tá achando...

- Eu sei que isso é muito importante pra você. Mas não se esqueça, você é um homem bonito e parece que tudo conspira à seu favor. - Vegas disse depois de olhar seu próprio relógio no pulso.

- Ah, não mente pra mim. - Pete diz saindo do banheiro. - Tô um caco, mas pelo menos quero ser um caco sexy. - Pete termina de falar abrindo uns botões da camisa social que era um branco quase transparente. Se indireitou e girou um pouco, esperando a opinião do mais velho.

- E você conseguiu.

- Jura? Não se apega demais, hein? - Pete se referiu ao terno, apontando o dedo para o mais velho. Se surpreendeu, mas logo se recompôs, voltando para o banheiro para provar outro.

Vegas suspirou fundo, logo ouvindo o atendente falar.

- Eu prefiro o vermelho.

- Vou avisar. - Vegas respondeu simples.

Logo o mais novo  apareceu novamente girando e esperando a opinião do mais velho, dessa vez usando um terno todo verde, com camisa e gravata verde também. E como todos os seus outros ternos, era feito sob medida e apertado nos lugares certos de forma que realçava todas as suas curvas.

- Hmm! - Vegas apenas murmurou, mas foi um murmuro alegre.

- Foi um "Hmm, terno bonito."ou "Hmm, que lindo! Foi uma loucura te deixar!"?

- E, eu comeria você. Se deixasse, claro.
- O atendente se pronunciou de novo, fitando o mais novo e depois o mais velho, que o encarou sério.

Pete resmungou desacreditado, voltando para o banheiro.

Pete acabou indo com um terno vermelho e a camisa preta sem gravata.

Pagou o táxi que os deixou em frente ao salão onde estava acontecendo a festa de boas vindas e foi entrando pelo vai e vem de pessoas com o mais velho ao seu lado.

Mas ao que passou da porta, parou de andar. Vegas não entendendo, pousou a mão em suas costas para que continuassem.

- Acho que eu não vou conseguir.