Em Busca de Ulissys

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O povo de Avarion se reunia na praça principal para assistir a partida corajosa de Lycius rumo ao desconhecido. O jovem elfo jamais saíra de Avarion e estava bastante nervoso. Acompanhado pelos soldados do rei e por sua mãe, ele chegou ao portão principal, se despediu calorosamente de sua velha mãe e partiu, ainda que angustiado por deixá-la só.

—Eu voltarei. —Disse ele a si mesmo, cerrando o punho esquerdo e apertando seu cajado com o direito, de forma destemida. —E voltarei com Ulissys!

Ao chegarem à ponte que cobre o rio Caspian, rio este que divide os reinos da União de Trinitya, os soldados pararam.

—Senhor Lycius, nos despedimos aqui. —Disse o capitão da guarda. —Sua majestade pediu para que levasse consigo o cavalo Pryor. —Completou ele, estendendo a mão que segurava as rédeas do cavalo para Lycius.

—Pryor? Mas não é o cavalo do falecido príncipe? —Questionou o mago, surpreso.

—Sua majestade admirava muito a amizade e o afeto que você e seu irmão possuíam pelo príncipe Grinnan, por isso deu o cavalo como presente de despedida.

Lycius, Ulissys e Grinnan eram grandes amigos quando crianças. Eles se conheceram numa certa ocasião, onde o príncipe fugira do castelo para não levar uma bronca de seu pai por ter entrado sem autorização na adega real e ser pego degustando os vinhos, o que ele sabia que uma criança não deveria fazer. Nesse dia em questão, os três passaram o dia inteiro brincando pelas ruas da cidade, até que o rei em pessoa apareceu e levou o filho embora. Mais tarde, naquele mesmo dia, um dos guardas reais foi até a casa dos jovens elfos para levar uma mensagem do rei, que dizia que Ulissys e Lycius seriam muito bem-vindos no castelo sempre que quisessem para brincarem com seu filho.

Lycius percorreu a estrada até que Avarion desapareceu atrás do morro que ele cruzara, fazendo com que ele começasse a se sentir solitário. Enquanto Pryor caminhava, Lycius devorava as páginas do grimório que levava consigo para reforçar seus conhecimentos, até que o famoso "bosque dos assovios" surgiu a sua frente.

—Hm... Esse lugar não é muito agradável, Pryor. Acho melhor darmos a volta, é mais seguro. —Disse o mago ao cavalo.

O bosque era conhecido pelos assovios estranhos que eram ouvidos por aqueles que passavam por lá. Segundo os viajantes, parecia com que espíritos zombeteiros habitavam aquele lugar e assoviavam de forma assustadora para perturbar a quem passava pelo bosque, já outros aventureiros diziam que o lugar era a área de atuação de ladrões e goblins cruéis. Seja lá o que for que tenha dado fama ao bosque, Lycius não estava muito afim de descobrir, mas o que aconteceu a seguir fez com que ele adentrasse o bosque.

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Próximo capítulo: "Teias e Aranhas"

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⏰ Última atualização: Aug 04 ⏰

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