01| Conflitos e Chocolate

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Aurora Lovegood

Eu e minha irmã mais nova Luna, estávamos ajudando nossa mãe em alguns de seus experimentos com feitiços. Minha mãe ama fazer experimentos, e ela queria muito testar um que mudaria a cor de seu cabelo de loiro para azul. Já tinha feitiços que poderiam fazer isso, mas ela queria testar algum novo. Eu e minha irmã amamos ajudá-la, afinal, sempre somos acompanhadas de algum doce que ela faz, e dessa vez temos um bolo de chocolate delicioso, que eu e Luna comemos quase tudo.

—Mamãe, se o feitiço der certo, a gente pode pintar nosso cabelo de alguma cor também?

—Claro que podem Rora! Qual cor vocês querem pintar?

—Eu quero pintar de azul igual você mamãe! —Luna disse sorrindo—

—Eu quero pintar de rosa porque é minha cor favorita! —Falo também sorrindo— Será que o papai pinta de rosa pra combinar comigo?

Minha mãe ri e logo responde

—Não sei meu amor, acho que você vai ter que convencer ele.

Nós todas rimos e então o sininho em nossa porta toca, anunciando que alguém havia chegado, provavelmente meu pai.

—Papai! —Eu e Luna gritamos ao mesmo tempo e corremos para abraçar ele—

—Meus amores que saudade!—Diz sorrindo—Tenho uma encomenda pra você!

Ele fala entregando o pacote pra minha mãe, e quando ela abre é uma calda de chocolate que ainda está em uma boa temperatura por causa da magia.

—O querido! Muito obrigada!—Ela da um selinho no meu pai e depois vira pra gente—Meninas, quem enviou essa calda pra mamãe foi um amigo de anos que ela tem, a gente até quase foi no baile de inverno juntos!

—Se eu não tivesse chamado a tempo!—Gritou meu pai da sala—

—É...—Ela ri—Ele foi uma pessoa muito especial pra mamãe sabia? Mas nós paramos de nos falar.

—Por que mamãe?—Pergunto curiosa—

—Ah, minha princesa, é porque quando a gente cresce a gente se afasta das pessoas que a gente conhece na escola, entendem?

—E também porque ele era muito chato e respondão!—Meu pai gritou da sala de novo, mas dessa vez com um certo ciúmes na voz—

—XENOPHILIUS! —Minha mãe grita—Não liguem pro seu pai, ele está exagerando.—Ela então colocou a calda toda, já que era só um pouquinho, na última fatia de bolo— Quem vai querer?

—Pode ficar pra você mamãe, eu e a Aurora já comemos ele quase todo.

Minha mãe sorriu, e comeu a primeira garfada. Assim que ela colocou o bolo na boca ela arregalou os olhos e tomou água em uma garrafa. A calda deveria estar muito ruim.

—Rora, vai jogar isso daqui no lixo pra mamãe tá bom? A mamãe ama muito vocês duas.

Então minha mãe entregou a garrafa e o pacote da encomenda pra mim. Como o lixo era lá fora, do outro lado da casa, eu só subi as escadas e escondi no fundo do guarda-roupa pra ninguém brigar comigo depois. Assim que eu desci as escadas, vi a minha mãe fazendo o feitiço de pintar o cabelo, e logo depois caindo no chão, fazendo eu e Luna darmos um grito, e meu pai desesperado aparatar com ela para algum lugar. Depois daquele dia, eu nunca mais vi olhos da minha mãe com vida de novo.


(...)

Estou no trem indo para Hogwarts. Irá ser meu primeiro ano lá! Estou muito ansiosa! Eu tinha me encontrado com Harry Potter, o menino que sobreviveu, no beco diagonal, e ele era muito legal e foi muito gentil comigo! Isso me deixou aliviada, estava com medo de não conhecer e não virar amiga de ninguém da escola. Estava no vagão sozinha, até um garoto dos olhos puxados, cabelos pretos, e um pouco mais alto que eu entrar no vagão.

Inimigos por natureza, amigos por escolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora