Inimigos por natureza, amigos por escolha

05| Gravata

Aurora Lovegood

Estava ouvindo alguns murmúrios. Abro os olhos devagar, e por um tempo estava tudo embaçado por conta da claridade, havia meus olhos esquecido da luz? Quando minha visão volta ao normal, lá estava Luna.

—Luna! O que... o que aconteceu?—minha voz estava cansada—

—Aurora! Graças a Merlin!—a garota beija minha testa—Ninguém sabe direito o que aconteceu, você só apareceu desmaiada durante uma noite aqui.

—Ah.

Então minha memória voltou a tona. Malfoy desgraçado.

—E deixaram essa bilhete aqui. Como você odeia que leem suas coisas, eu não li e escondi pra ninguém ler.—me entrega o bilhete e eu o abro—

Eu não queria ter trancado a porta. Ela trancou sozinha.

Era um bilhete de Malfoy! Não sei se isso foi um pedido de desculpas, mas... vou levar como um.

—Aurora, como isso aconteceu? Você se lembra? Podemos expulsar quem fez isso...

—Foi...

Eu não queria falar. Mas ao mesmo tempo eu queria. Não quero que ele seja expulso, mas quero que ele pague pelo que fez. Mas será vingança a solução? Não, com certeza não.

—Eu não me lembro direito... acho que caí e bati a cabeça...

—Rora, você tem certeza? Você ficou assim por um bom tempo. O baile é depois de amanhã, sabe?

—QUE?! Mas... como que foi por tanto tempo?

—A enfeira disse que foi um ato de proteção da loucura. Não entendi direito, mas é impossível for isso se você só bateu a cabeça.

—É... quem sabe? O corpo humano é louco! Quando posso sair daqui?

—Quan...

—O horário de visitas acabou!—a enfermeira disse—Venha, senhorita Lovegood, vou fazer alguns exames e já pode ir.

—Certo.

A enfermeira então fez vários exames. De acordo com ela estava tudo certo, e que eu só deveria tomar cuidado com ambientes muito iluminados pelos próximos 2 dias.

Quando saí da enfermaria dou de cara com as minhas pessoas favoritas do mundo todo. Nathi, Elle Roy.

—Aurora, meu Deus! Você está bem!

Disse Nathi me puxando para um abraço.

—Estávamos muito preocupados, Love. Achei que você ia morrer!

—Vira essa boca pra lá, Louise!—Eleonor me abraça—Nunca mais dá esse susto na gente, tá me ouvindo? Eu vou fazer questão de ser a primeira a morrer de vocês. Não estraguem meus planos!

Todo mundo riu. Eleonor tem um trauma enorme em perder pessoas desde que seu irmão gêmeo, Jacob, foi brutalmente assassinado por um lobisomem na sua frente quando ela tinha 7 anos. Isso a gerou um trauma gigante com a morte e lobisomens. Foi um horror quando ela descobriu que seu professor favorito do ano passado era um deles.