🌸capitulo 8🌸

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Tereza acordou com o coração acelerado. A vingança fervilhava em suas veias, e a adrenalina daquela manhã era diferente de qualquer outra. Ela se levantou, vestiu o uniforme escolar e pegou o celular. O vídeo de Lucas, rindo enquanto ela cambaleava bêbada naquela festa, ainda ecoava em sua mente. Agora era a vez dele.

Com um sorriso malicioso, Tereza postou o vídeo de Lucas transando com Cristian no Twitter. A legenda era simples: “Aqui está o seu troco, Lucas. Espero que goste tanto quanto eu gostei do seu vídeo.” Ela sabia que o caos estava prestes a se instaurar na escola. As notificações começaram a pipocar em seu celular, e Tereza imaginava os olhares chocados, os cochichos nos corredores e as discussões acaloradas.

Lucas, o popular, o garoto que sempre se achava superior, agora estava exposto. Ela olhou para seu irmão que dormia na cama e sussurrou um Obrigado. Enquanto esperava o horário para ir à escola, Tereza sentiu uma mistura de ansiedade e triunfo. Ela não era de causar confusão, mas dessa vez, a justiça estava do seu lado.

Ícaro, com seus cabelos escuros e olhos profundos, ocupava seus pensamentos de maneira avassaladora. Tereza lembrava do toque suave de seus lábios, da forma como ele a segurou com firmeza.  Ela queria saber onde Ícaro estava agora. Será que ele também pensava nela? Será que sentia o mesmo desejo ardente que a consumia?

Aurora vestiu seu collant vermelho, ajustando as alças e certificando-se de que o tecido estava bem preso ao teto. Ela respirou fundo, focando sua mente e deixando para trás qualquer preocupação.

Aurora agarrou o tecido com as mãos, os dedos envolvendo o pano com firmeza. Ela impulsionou-se com as pernas, subindo lentamente. Cada movimento era calculado, cada músculo trabalhando em harmonia. O tecido deslizava suavemente contra sua pele, e ela sentia a textura e a tensão.

Aurora alcançou o topo, onde o tecido se dividia em duas partes. Ela se enrolou em uma delas, formando um laço seguro ao redor de seu corpo. As pontas do tecido pendiam, prontas para serem usadas em acrobacias. Aurora começou a girar, soltando uma das mãos e estendendo a outra. O tecido a envolvia, criando uma espiral de movimento. Ela sentia a força centrífuga, o vento em seu rosto enquanto girava.

Aurora soltou o tecido com a mão livre, deslizando lentamente para baixo. Ela controlava a velocidade, os músculos das pernas e abdômen trabalhando para amortecer a descida. O tecido a envolvia como um casulo protetor. Aurora subiu novamente, desta vez usando apenas os pés. Ela se enrolou no tecido de maneira diferente, criando uma figura complexa. Os espectadores olhavam admirados, sem piscar.

Ela se lançou no ar, soltando completamente o tecido. Por um momento, ela flutuou, livre como um pássaro. Então, com graça, ela agarrou o tecido novamente, desacelerando a queda. Aurora desceu devagar, os pés tocando o chão. Ela fez uma reverência, agradecendo ao tecido e à plateia. Seu coração estava acelerado, e ela sabia que havia dançado com as estrelas.

Tereza estava sentada no sofá, absorta em seu celular. As notificações pipocavam na tela, mas ela mal prestava atenção. A vida moderna tinha esse efeito: nos mantinha conectados, mas também nos desconectava do momento presente.

Foi quando uma mensagem inesperada apareceu. O nome era “Ícaro Moraes”. Tereza franziu a testa.

> Oi, Tereza! Lembra de mim? Ícaro, o rapaz da festa.

Tereza sorriu, ela não acreditou no que estava acontecendo.

> Sim, lembro de você, Mas como conseguiu meu número?

𝓛𝓞𝓥𝓔 𝓜𝓔 : Um Quarteto ProblemáticoOnde histórias criam vida. Descubra agora